As manifetações universitárias e um prenúcio que a juventude norte americana não quer participar de um novo conflito beligerante e uma mudança na mentalidade política do País .

Racismo contra judeus é algo que não existe desde o final da Segunda Guerra. Tem gente que não gosta de filmes de Woody Allen. Nenhuma dessas pessoas não gosta dos filmes dele porque ele é judeu. Existe, isto sim, revolta contra a manutenção de um Estado baseado na cidadania seletiva das pessoas nascidas em seu território. "Apartheid" é o nome que isso tem.

A verdade é que os EUA nao convivem bem com democracia, esta tolerada somente até o ponto que favoreça o acumulo do capital. Bastou uma ameaça, mesmo que pequena, a esse último e logo a polícia é devidamente acionada e os "desordeiros" vao pra cadeia. Fazem até guerra se for necessário para expansão dos lucros e ativos de suas companhias. Eleição sempre indireta e 100% paga pelos ricos. Um vies total no computo final pró dinheiro aquele q de fato manda por lá.

OS EUA se dizem terra da liberdade, mas basta surgir um protesto um pouco maior com bandeiras mais à esquerda que logo chamam a polícia e botam todo mundo na cadeia. Nao toleram povo na rua nem nada que pareça mesmo que remotamente algum tipo de desordem. Têm eleição indireta, em que se vota em delegados cuidadosamente distribuídos, com peso maior para estados mais conservadores, campanhas com doações livres e sem limite, tudo pago pelo setor privado, a fim de manter o status quo.

Donald Trump defender a repressão à liberdade de expressão em universidades surpreende apenas a quem acredita em Papai Noel e na defesa da liberdade de expressão pela extrema direita. Agora, órgãos de imprensa que se dizem democráticos fazerem o mesmo não deixa de ser estranho e consiste em um grande perigo à democracia, inclusive à liberdade de imprensa.

Ainda sobre liberdade de expressão, a matéria procura justificar a repressão aos estudantes, afirmando inclusive que ela deve ocorrer por motivos óbvios. Curiosamente, a mesma Folha costuma criticar o que chama de censura do Min. A. de Moraes, fazendo coro à tese bolsonarista da defesa da ampla liberdade de expressão tal como esta existiria nos Estados Unidos; mas esse mesmo editorial defende a truculência contra a liberdade de expressão naquele país (!?).

A elevada qualidade técnica formal faz com que essa materia expresse muito bem contradições no conteúdo da mídia ocidental alinhada com Israel: o editorial de um orgao de imprensa importante reconhece que o governo israelense é de ultradireita fascista, vertente política que impõe ditaduras em que não há liberdades, muito menos de imprensa.

Parece até brincadeira a Folha chamar os protestos contra o gencidio em Gaza de arroubos de antissemitismo. De mau gosto. Ou melhor: Péssimo.

"Ainda há juízes em Berlin", digo, ainda há estudantes com conciência em tempos incertos d internet e o domínio d fake news e direitismo racista.

Ao contrário do infeliz posicionamento da Folha não percebi nas manifestações estudantis qualquer arroubo de antissemitismo mas apenas um legítimo anseio antibelicista dos jovens e contra a nefasta e incondicionsl colaboração americana a favor do estado sio nista de Is rael.

Ha elementos externos aos estudantes causando problemas nos campi. Algumas deportações para Siria, Libano, Jordania, Irã e Iraque ajudariam a acalmar os ânimos

Havia racismo nos protestos contra o regime de apartheid na África do Sul? Alguém seria capaz de ver ali manifestações de preconceitos contra os brancos? Não seria razoável pensar que, se estudantes de qualquer país do mundo fizessem, à época, manifestações, haveria cartazes e gritos condenáveis? Será que a maioria das pessoas que queriam o fim do apartheid queriam a eliminação dos brancos, ou algo assim? Existe país democrático no qual o sobrenome seja critério para cidadania?

O 'saudoso' coronel Erasmo Dias invadiu a PUC e tirou os bagunceiros e foi execrado. O Biden pode?

Os estudantes só deram voz a muita gente que vê os EUA usando o seu veto no Conselho de Segurança e na Assembleia Geral da ONU como uma forma autoritária de impor ao mundo uma desumanidade sem precedentes!