Opinião > Sobre os ataques a Monteiro Lobato Voltar
Comente este texto
Leia Mais
O povo, por não saber pensar, Julga o Passado com o Olhar do presente. O que o povo deveria saber é ensinar no presente o que ocorreu no passado para que jamais se repita no futuro. O que era normal nos anos mil novecentos e sessenta, hoje não é.O que era normal no passado remoto, hoje não é.Até nas letras das músicas. Monteiro Lobato escreveu para o seu tempo, dentro da normalidade de seu tempo.
Essa polêmica em torno de Monteiro Lobato já deu. É falta de assunto o jornal explorar. Quem quiser, leia Lobato. Quem não quiser, continue vendo a telinha do seu smartphone e se instruindo com as redes sociais.
" Não faz sentido banir Monteiro Lobato das leituras escolares. Basta contextualizar as passagens racistas e criticar.". Será que é preciso desenhar?
A obra, uma vez publicada, adquire vida própria e nem mesmo o autor poderá dominá-la ou extingui-la.
Como é essa história? Lobato, amante da KKK, incorporava um.santo quando sentava pra escrever? E o fato de ele.ter dito q sua literatura estava a serviço da Eugênia? Ah, ali ele escreveu acordado, né? Quem acha pouco, q o faça mestre de seus filhos
História do Mundo para as Crianças (década de 40) foi uma obra de gênio a ponto de me tornar um professor de história, obviamente seria anacrônico fazer uma análise de Lobato, levando em conta os valores de hoje, cabe decodificá-lo, no sentido de não institucionalizar o racismo como era em sua época.
Excelente comentário. Pena que boa parte dos que comentam não possuem visão de como era o Brasil na época. Querem fazer de Monteiro Lobato uma exceção. Não era.
Parabéns pelo artigo. Fui uma fiel leitora de Monteiro Lobato na infância. Nunca mais deixei de ser uma ávida leitora. Tia Nastácia era para mim quem mandava na cozinha; a única que enfrentava EmÃlia; aquela que punha Rabicó na linha; respeitada por Dona Benta e pelo Visconde de Sabugosa; conhecedora dos segredos da roça como tio Barnabé. Como não li só Lobato, como conversava muito com meu pai sobre história, polÃtica e as injustiças do mundo, Lobato não me tornou racista. Mesmo que o fosse.
Certos autores gozam de grande prestÃgio em vida e depois caem no esquecimento. É algo muito natural. Lobato é um autor paradoxal. Continua mais lembrado do que lido. O texto propriamente dito de Lobato não tem mais apelo ou função como leitura escolar. O que salva Lobato são as releituras literárias ou televisivas da sua obra. Lobato está morto, mas os seus personagens ganharam vida própria. Isso não deixa de ser uma espécie de glória póstuma. Mas ninguém poderá salvar Lobato de si mesmo.
O apego afetivo da bran qui tu de é tão emocionante quanto a broderagem de maxo tóxico. Lobato é um eugenista confesso que é resgatado afetivamente por quem não é alvo das mesmas "piadas" escritas contra Tia Anastácia.
A personagem não é "Tia Anastácia", mas sim "Tia Nastácia", nome que aparece centenas de vezes na obra. Parece que o colunista não leu os livros de Lobato, o que não o impede de fazer crÃtica feroz ao que não conhece.
Consta que Hitler gostava de crianças e de pintar, mas não vamos julgar o artista por sua biografia, não é mesmo? EmÃlia é ótima, me diverti muito com ela. Adulto, pedagogo, descobri q o autor de EmÃlia escrevia cartas e, numa ocasião, inclusive escreveu que sua literatura era um projeto de Eugenia. A personagem me remete boas lembranças, mas não vou expor crianças de hoje ao projeto eugênico desse autor, pois sou consciente de suas intenções subjetivas.
Perfeito!
Toda produção literária é fruto do ser social, obedecendo, é claro, a potencialidade artÃstica de cada um. A censura não deve existir. Mas ao trabalhar Lobato em escolas, por exemplo, é imprescindÃvel dizer que ele era racista. Simples.
isso, destruam estátuas, queimem livros. estarão, obviamente alimentando a gula de seus futuros algozes, que não se identificam com vocês.
Brilhante!!!
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Opinião > Sobre os ataques a Monteiro Lobato Voltar
Comente este texto