Enquanto não houver uma educação pública e básica de qualidade, esse quadro muda muito pouco.

É o tal livre arbítrio, que não existe.

Quando se trata de desigualdade no brasil e meritocracia se tem a impressão de que aqueles que estão na parte mais baixa da hierarquia não são merecedores e que ali estão por falta de mérito. Um exemplo disso foi a epidemia, onde as camadas mais pobres da população tiveram que se expor ao vírus e nem por isso tiveram algum mérito ou reconhecimento. Falo dos motoboys, dos motoristas de ônibus, dos enfermeiros, e por ai vai.

A meritocracia, em tese, premia o mérito - algo que varia significativamente de situação a situação, nação a nação, bolha a bolha. Na bolha universitária a que pertenço, há a valorização do mérito, mas esse valor perde, com frequência, para o afeto interpessoal, para a filiação política, para a fidelidade à "academilícia" (grupo unido para usar a universidade para seus particulares proveitos). Não existe mérito sem sacrifício moral?

O principal fator para explicar a desigualdade são os genes com que cada um nasceu, e isto está totalmente fora do controle do indivíduo.

Estão pensando na cereja do bolo que solou, no piso da casa sem teto. Brasil tem que prover escolas de nível mundial. Sem isso vai continuar vendendo matéria prima e comprando produtos de alta tecnologia. Brasil não tem política educacional para ser um país com população rica, mas tem muitos oportunistas eleitorais exportando raça para jogar o assunto crucial pra baixo do tapete. Lamentável.