is the end

Realmente é o fim da picada sugerir que nós leitores recebamos as análises produzidas com imparcialidade. Vou experimentar na próxima coluna do Pondé...

Para mim, ele disse que a crítica é como o corte da tesoura é a junção dos dois gumes. Hoje está muito difícil ver críticas saudáveis, a maioria é mentira, maliciosa ou violência. Triste! Não existe ética e nem respeito. O todo não é a sinergia das partes. Eu só aceito eu e os que pensam igual a mim.

Sugiro algumas atitudes ao Sr. Wilson:1-saia do debate público, assim ninguém mais ousará contestar as suas divinas críticas políticas, que são sempre isentas, que fique bem claro;2-caso não aceite a sugestão anterior, não leia mais os comentários em seus artigos;3-Caso nenhuma lhe sirva, procure melhorar suas análises e proponha discussões realmente relevantes, e não mais fale sobre sua angústia e incapacidade de lidar com o contraditório, afinal, este é um espaço para a crítica "neutra".

Como esse cara reclama, né não? E como é dramático! A crítica política é impossível! Noticiaram a ida da primeira dama ao show da Madona e governo negou, foi o que encontrei no google, ela foi não foi? Não foi? A noticia foi dada de boa fé? Sei lá! Posso desdesgostar de uma obra de arte mas considerá-la valida, ou posso ter boas razões para achar que não presta, como o Me Too sobre a obra de Gustave Courbet.

Extrema esquerda e direita perderam a capacidade de escutar, entender ou mesmo só analisar qualquer idéia que seja diferente da sua. Tudo que não for a favor de seu político preferido é repelido. O excelente articulista Wilson Gomes atira pérolas aos porcos em cada artigo escrito, lamento, nunca será ouvido.

Pagou de isentao e mandou todo um lero lero só pra atacar a primeira-dama. E tem gente que aplaude.

Totalmente diferente por ex da moça q fala de vinhos e enxerta uma critica politica na tragedia gaucha

Prof eilson, sempre brilhante. Mesmo quando, e faz isso frequentemente, eu nao concordo com ele

"Não é razoável imaginar que a primeira-dama não poderia se conceder o luxo de ir ao show de Madonna enquanto um estado brasileiro vive uma tragédia?". seria esta uma questão puramente acadêmica (um exercício de pensamento sobre como articular valores e ações, no contexto da percepção política) ou se é juízo hipotético sobre o mesmo problema, mas agora situada em presunções acerca de coisas que aconteceram? sendo o segundo caso, diria que o colunista pisa em terreno no qual pode se afundar.

Estamos em tempos de realidades artificiais

Ah, e com requintes de fragilidade típica do ego de macho hetero. Quando essa vacuidade aí mente e distorce as posições dos outros, isto é 'crítica'; quando alguém aponta que ele é um racista desonesto, isto é 'insulto'. Patético demais invocar a ideia do 'mal' para rechaçar os próprios críticos.

Tese típica do liberal privilegiado que enxerga a política como uma brincadeira, um joguinho entre pares, por que não vê as pessoas que têm que engolir as consequências como pessoas.

O diagnóstico é correto, mas talvez não seja justo atribuir como regra "profissionalismo" ao crítico e "partidarismo" ao leitor. Mesmo em meios tradicionais, como esta Folha, colunistas supostamente profissionais de fato passaram a utilizar o espaço destinado à crítica política para marcar uma posição partidária militante. Em outros meios - vide a Jovem Pan - essa confusão é ainda maior.

As vezes é só uma crítica ruim, um crítico ruim, uma insistência ruim. Veja, a própria ideia de que a crítica política escapa ao Reino dos afetos já é vem ruim. A oscilação entre desidratação e superlativacao do papel da primeira dama é bem ruim tbm. Dizer do bom e do ruim não é diferente de dizer do justo e do injusto. Logos é tbm foné. O lamento pelo fim da plateia distinta é muito ruim. A crítica ruim sempre foi possível, o preço é q mudou.