Opinião > Algumas reflexões sobre o racismo escolar Voltar
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Errado e bem errado. Se as alunas sao expulsas, e vao para outra escola, onde esta a punicao? Onde esta o constrangimento? Vao comecar vida nova, sem culpa, sem passado. Facil assim. Deveriam sim ficar na escola e conviver com o que fizeram. Suspensao, trabalhos escolares, seriam medidas muito melhores e teriam realmente o carater educador. Em tempo, entendo que os pais nao esperaram e ja mudaram de escola. O que reforça meu ponto.
Excelente texto! Parabéns!
Imagina, uma escola por aluno a partir de hoje!! Muito inteligente, parabéns!!
Ótimo artigo!
Excelente
A vÃtima convivendo com o agressor? Jamais! Parabéns pelo artigo.
Caro articulista! Sendo alguém do meio do Poder Judiciário faço o convite para que conheça os preceitos da Justiça Restaurativa. Por sua estatura como pessoa pública, e deste meio em particular, é até injusto que não considere os valores e propostas ali construÃdas. Pelo menos não por ignorância de sua existência.
Preocupa-me muito quando um professor de direito penal, de uma instituição não raro elitista prega sanções dessa ordem, sem qualquer apego pedagógico, a pessoas em formação. Há anos militando na área criminal, entendo hoje como se forma o processo de penalização onde, logo ali adiante, esse discurso opaco vai justificar que se trate menores infratores como criminosos. Não chegamos nessa lama de graça, e eis um bom sinal.
Esse acertou em cheio. As waggaboondas tem de ser expulsas, sumariamente, do colégio, se este quiser fazer justiça de verdade com a vÃtima.
Adorei o artigo! Boas reflexões para uma sociedade que tem muito o que avançar.
"Não parece justo que a vÃtima seja obrigada a conviver com a lembrança viva de um acontecimento que fez explodir em violência um racismo latente." Este é o ponto crucial que justifica a expulsão das infratoras.
Também acho que não dá para comparar uma punição criminal à expulsão de uma escola. Dito isso, há penas intermediárias como uma advertência ou suspensão. Se as pessoas em questão já eram reincidentes, aà não tem jeito: só botando na rua. Comparando com uma empresa bem administrada, a demissão por motivos disciplinares deve ser precedida dessas medidas.
1.2. O autor me parece, de fato, representante dos progressistas de ocasião,surfando no identitarismo.Não são somente os crimes por cor/raça aqueles que causam males às demais crianças e adolescente,mas aqueles relacionados ao capacitismo, ao diferencial brutal de renda, às diferenças estéticas etc.Se a escola falha ao não educar de forma que ofensas gratuitas por qualquer motivo não sejam proferidas,há maior falha por não utilizarem a oportunidade para educá-las.
2.2. Educação é a missão fundamental dessas instituições públicas ou privadas e não o punitivismo de ocasião (com linchamento público pedindo expulsão, e.g.) como no caso aludido: verificando-se qualquer desvio em relação ao que a onda minoritária (sic) julga ser imoral em um colégio de elite, surgem aqueles que aproveitam o momento para sinalizar virtudes, sem maiores ponderações, sequer no que ocorre nos colégios públicos. Essa não é a verdade, equidade e a humanidade de Têmis, certamente...
Lendo seu artigo, mudei de opinião. A migração da culpa que está com as agressoras para a vÃtima é mais uma penalizacao. Nesse ciclo de barbárie que cresce em torno do incômodo, da raiva que a cor da pele causa em certas pessoas, a responsabilidade pela intolerância necessita ser visibilizada. Aprendendo pela ação.
Fundamental a solidariedade com as vÃtimas do racismo, mas, para enfrentá-lo, devemos utilizar somente a punição, pois, claro, que há de ter consequências, e desistir da formação para que os jovens deixem de ser agressores? Com a expulsão das meninas, o racismo delas não pode ser ampliado e exercido em outros lugares?
Trata-se da turma do deixa pra lá, basta um pedido de desculpas, um abraço, um aperto de mão que tudo será resolvido, a culpa passará para o lado de quem sofreu as agressões e fez esse estardalhaço por tão pouco. A vÃtima seguirá enfrentando o ódio contido das agressoras, que levarão outras tantas a se solidarizarem com elas. Afinal, em um bom colégio como esse, só há lugar para meninas brancas.
Poi Zé, seu Pierpaolo, tô convosco e não abro. Com muito menos espaço, categoria e substância, expressei algo semelhante em meu comentário ao texto do Hélio: a "pena máxima", no ambiente escolar, é fichinha, representa pouco mais do que uma admoestação, e pode ter cunho pedagógico. Afinal, a aprendizagem vicariante, ou por observação, é das mais efetivas; observando que a coisa é séria, pensa-se duas vezes antes de barbarizar. E não falta colégio de zelite pras meninas irem, pô.
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