Se for para humilhar o candidato pardo, porque o colocar nas cotas? Na minha primeira carteira de saúde, em mil novecentos e sessenta e oito, o médico me olhou e apontou eu ser parda. Nem sabia o que era! Em casa perguntei e uma das irmãs: o pai ou a mãe preto e o outro branco. Respondi: o pai é loiro dos olhos azuis, mãe morena, então não sou! Meu sobrinho neto Pedro, é pardo: pai era preto . Solidarizo-me com o professor.

Seria mais simples acabar com cotas por cor. Aí a judicialização deixaria de ser um problema.

É a farra da judicialização. Outro exemplo é a área da saúde. O indivíduo tem sua solicitação de benefício no INSS ou algum tratamento negado. Recorre à justiça, e um juiz, por algum critério de sua cabeça (como nesse caso das leis raciais), dá ganho de causa ao reclamante.

A existência de cota em função da cor da pelo já é um instrumento discriminatório, pois somos um só povo e, nesse sentido, todos deveriam ter os mesmos direitos e deveres. Utilizar cotas pela cor da pela sugere que os negros são menos inteligentes e capazes, o que não é verdade. Ao priorizar um cidadão pela sua cor da pele, discrimina outro cidadão de outra cor de quem o priorizado tomou o lugar. Isso não é razoável. Estudando, se esforçando e trabalhando bastante, todos podem progredir.