Triste notícia. Reforça a cultura de um país destinado a poucos. Ao invés de investimentos na estruturação do bem comum, usado por muitos… vemos mais uma vez a desigualdade se materializando e “exclusividade”… ou melhor, “exclusão”. Além do aspecto simbólico, em processos complexos como a gestão de um aeroporto, tais “exclusividades” atrapalham o desempenho dos fluxos comuns, por colocarem etapas desnecessárias nos fluxos comuns. Gostaria muito que meus filhos vissem um país mais inclusivo.

Ou seja, o novo terminal será destinado apenas para os clientes VIP diamond platinum exclusive prime black plus gold prime premium

3.000 reais para ficar esperando em um aeroporto? Acho que seria mais barato, e inteligente, ir para um hotel.

Quem é o proprietário desse Terminal Aéreo?

Quem é o proprietário do espaço (Terminal Aéreo)?

Brasil merece muito melhor que tal espelunca como aeroporto. Um novo espaço VIP e como passar batom em um porco e não engana ninguém.

Alfândega e imigração sem fila implica em estrutura superdimensionada, com maior relação de servidores públicos (PF e Receita Federal) por passageiros no novo terminal. Isto é possível?

Do Aeroporto Tom Jobim ao terminal BTG. Que tristeza de país!

O espaço é público. Não sei que adjetivo dar à iniciativa. O dinheiro efetivamente distingue as pessoas. A concessão do espaço privilegiado e do povo para bancos e para ricos, no mínimo, bate de frente com a Constituição (art. 3. III e art. 5. caput). Fazer distinções entre as pessoas num espaço de todos, utilizando o critério do vil metal, é muito triste.

Enquanto isso, os demais mortais continuam a contar com um péssimo e bagunçado aeroporto (filas enormes para tudo, ambientes escuros, sujos, mal ventilados, sem espaço, entulhados de comércio, com poucos banheiros, poucos elevadores e escadas rolantes, ridículos acessos entre os terminais, etc). Os responsáveis tem que esforçar muito, mas muito mesmo, para torná-lo comparável a outros aeroportos.