Opinião > Defender cotas raciais é compreender a desigualdade em toda sua extensão Voltar

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  1. Antonio Emanuel Melo dos Santos

    Não acho correto usar como variável de ajustamento estudante e concursado. Por que não criam cotas pra competentes na gestão da educação universal? Podemos ficar assim com nota do PISA medíocre estável por anos, mas o problema é raça? Conta outra estória.

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  2. paulo werner

    Tempos atrás, o tiozao aqui do bairro, soldado do exército amarelo, antivax, CAC, negacionista ambiental e eleitor de latifundiário, veio até o banco de praça em q eu exercitava diligentemente a arte da procrastinacao e me disse: somos todos iguais, as cotas destroem a igualdade! Percebi q era hora de me levantar e voltar ao trabalho.

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    1. Marcos Benassi

      "Desencapado"? Meu descorretor acha que desenterrar um exército é tão fácil que até um eletricista o faria. Sabe de nada, o andróide...

    2. Marcos Benassi

      Gostei foi do "soldado do exército amarelo". Refere-se àquele exército enterrado com o imperador chinês, lindo, desencapado na década de 7O? Porque célebro de terracota combina com Bozofrenia! Hahahahah!

    3. Ricardo Knudsen

      Terrível, tem gente sem consideração q não respeita a procrastinação dos outros e vem perturbar na pior hora. Tiozão CAC e "pró-igualdade" ninguém merece.

  3. Antonio Emanuel Melo dos Santos

    Direito universal, é isso que as cotas racistas querem destruir. Somos da mesma espécie. Precisamos mesmo é de educação universal de qualidade, que está longe do alcance de pobres, sem distinção de cor.

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    1. paulo werner

      Já lhe ocorreu q é exatamente a universalidade dos direitos fundamentais q as cotas buscam garantir? Uma lei q puna com mais rigor feminicidio seria uma afronta ao q o Sr. entende por Direito Universal?

    2. Ricardo Knudsen

      As cotas não são racistas, o seu ódio a elas é q é racista.

  4. MATEUS DE JESUS SILVA SILVA

    Como definir, com equidade, quem é Negro e Branco no Brasil? Filhos da união de casais Negros e Brancos pode gerar filhos de pele Branca e Pele Negra. Se o objetivo é corrigir injustiças, como um casal formado por Negro e Branco vai se sentir, caso tenha uma filho negro e outro branco, sendo que somente um deles ( o negro) tenha direito a cotas e reparações?

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    1. Ricardo Knudsen

      Marie, surpreende como vc subestima os efeitos do racismo na vida das pessoas. Vindos do mesmo meio, negros terão menos oportunidades, sofrerão mais injusticas e mais violência física e psicoløgica. Espero q vc nunca seja vítima de preconceito, mas pelo menos pergunte a quem sofreu para ver se apreende um pouco. Talvez pare de dizer coisas do tipo "A única vantagem é sentir menos preconceito".

    2. Marie Santos

      Pois é, Marcos, mas vindo os dois do mesmo meio e da mesma (falta de) oportunidades, os dois precisariam do apoio das cotas. A única vantagem q o branquinho leva é sentir menos preconceito. Fora isso, ser branco não vai torná-lo mais habilitado q o pretinho a fazer uma prova. Ou será q a política de cotas pressupõe isso implicitamente? Não creio.

    3. Marcos Benassi

      Não é má pergunta, Mateus. Somente o preto, o de pele escura, sofrerá o preconceito destinado aos pretos. O de pele clara, mais caucasiano, não é vítima desse tipo de ação, que existe em função da aparência, e não do genótipo das pessoas.

  5. CELSO ACACIOO GALAXE DE ALMEIDA

    O racismo existe e deve ser combatido, porém não é estrutural, nunca foi institucionalizado no Brasil na vigência do capitalismo, nos EUA foi, e de forma objetiva através do princípio da "gota de sangue " instituído por racistas daquele país. Os negros representam 10% da população brasileira, o restante da população se funde no processo de miscigenação difícil de separar, vide o imbróglio nos tribunais raciais da Universidade. O núcleo duro que defende cotas não quer acabar com o racismo!

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    1. CELSO ACACIOO GALAXE DE ALMEIDA

      O melhor caminho para a classe trabalhadora não é segregação institucionalizada, isso é o que é e será sempre sistema de cotas raciais, por isso tem apoio da burguesia esclarecida e teve patrocínio da Fundação Ford, dividir os trabalhadores é fundamental para seu enfraquecimento, nada melhor que as cotas para isso! Cotas sociais beneficiam todos os pobres e não divide o mundo do trabalho!

  6. antonio brito

    Certo é um país desigual e cheio de castas. As cotas no emprego não diminue esses privilégios. O que teremos é a mesma desigualdade, agora com negros privilegiados. É uma política de direita manter e ampliar privilégio. A esquerda populista em busca de votos e poder vai nesse caminho errado e contra a universalização das políticas sociais.

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  7. José Cardoso

    O colunista observa corretamente o efeito do preconceito, as barreiras invisíveis à ascensão de negros na sociedade. Mas é exatamente nos concursos públicos que não existem essas barreiras, eles são impessoais. Elas são entretanto (muito) presentes nas nomeações e promoções. Basta ver os recentes ministros do STF, ou a troca feita ontem na Petrobras: sai um presidente branco e entra uma presidenta branca. Só o petróleo é negro.

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    1. CELSO ACACIOO GALAXE DE ALMEIDA

      O emprego público, não pode ser benesse para nenhum funcionário público, ele é voltado para que se atenda da melhor forma possível o "público", toda sociedade! Um concurso com critérios objetivos é a forma mais racional e honesta de atingir atingir essa meta .

  8. Marcos Benassi

    Prezadíssimo Seu Mário, não adianta fazer um texto claro, bem arranjado e amarrado, haverá quem não queira entender e, portanto, não entenda. Uma ou outra metáfora - tipo dizer que a ação afirmativa é o "pé no batente" que impede que a porta feche completamente. "Abertura de porta" é até exagero - pode ser melhorada, revivescida, mas é isso. É baldado dizer que as cotas étnicas na educação, p ex, são *precedidas pelas econômicas*: "preto rico", essa meia-dúzia, não se beneficia. Não se quer ver.

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    1. paulo werner

      Perfeito. A resistência às avoes afirmativas concentração seus argumentos na apresentação das cotas sociais como alternativa mais justa. Por isso mesmo lamento tanto quando intervenções no debate público não informam claramente a precedência do critério social sobre o étnico na política de cotas. A exposição dos resultados tbm.deveria ser mais frequente.

  9. Paulo César de Oliveira

    Cotas raciais são inconstitucionais. Tratar pessoas de forma diferente(notas de corte diferentes) conforme a cor da pele é a própria definição de discriminação racial.A Suprema Corte americana proibiu a adoção de critérios raciais nos processos de admissão para universidades justamente por isso. Pior do que serem inconstitucionais, são injustas. Um candidato mais pobre, branco e que tirou nota maior poderá ser preterido em favor de um negro, com renda maior e que tirou nota menor. Injusto.

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    1. Ricardo Knudsen

      O q é inconstitucional nos USA não o é necessariamente o Brasil. Ações compensatórias foram consideradas constitucionais no STF. E os USA nunca foram referência de igualdade de direitos, até os anos sessenta havia leis discriminando negros. Injusto é aceitar racismo sem fazer nada.

    2. Marcos Benassi

      Quando se fala em cotas, Paulo, o sentido é de "justiça reparadora ", e isso não pode ser perdido. Outra: para alcançar *equidade*, na prática social, é necessário ir além da "justiça pros dois lados, a partir de agora". Não dá pra levar mais cem anos pra equalizar a sociedade em termos étnicos. Talvez nem haja mundo em cem anos.

    3. Paulo César de Oliveira

      Errado, Marcos. O simples fato de alguém com nota maior ser preterido em favor de alguém com nota menor já eh uma injustiça, independente da renda ou da raça. Todos os cidadãos devem ser tratados da mesma forma, sem discriminação e sem privilégios.

    4. Marcos Benassi

      É, Paulo, nos três casos em que um "preto com renda maior" avance sobre o direito de um branco, será uma injustiça. Nós três mil casos em que isso não acontece, puxa, só se encontrará seu oposto, Justiça. Considerando o trabalho da pretalha na constituição da riqueza desse país, sem dela se beneficiar, por uns 3OO anos (maiomêno, né?), acho que tá valendo.

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