Sérgio Rodrigues > Das fake news aos falsos cognatos Voltar
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Não sei. Desacreditar de polÃticos me parece mais velho que andar para frente. Talvez seja apenas o advento dos novos meios de comunicação, que abriram um canal direto entre virtualmente cada um e todos. Pode também ser uma insatisfação com a orientação de esquerda (que acaba se refletindo em toda ação estatal), que visa o coletivo, e a afirmação do interesse individual. Pode ser uma crise geral da democracia liberal... não me parece fácil de diagnosticar.
Você pode controlar o conteúdo da educação formal mas não deve controlar opinião. A opinião hoje também é formada por não especialistas. O que deve ser feito é a educação para identificar o grau de confiabilidade de uma informação. PaÃses nórdicos ensinam crianças a separar o joio do trigo na internet. Não podemos aceitar censura. Vai que um doido entra no poder e resolve usar a censura pra si. Atenção aos precedentes. Depois é tarde pra reclamar.
Infelizmente, acho que se dá muito mais crédito para a crise na democracia brasileira do que a extrema direita merece. O centrão, com seu "fazemos qualquer negócio" e que existe desde que os portugueses desembarcaram em pindorama, é muito mais responsável por esta perda da confiança na polÃtica e polÃticos. Tanto quanto derrotar os extremos, o centrão também precisa resolvido no paÃs. É muito pueril acreditar que isto vai acontecer, mas não haverá democracia no Brasil sem isto.
É isso aÃ!
Sempre sintética até o caroço!
Mmmmm... Serjão, cê jura que jornalismo e filologia são sua formação e exercÃcio intelectual? Podia ser ciência cognitiva, fácil. Olha, o outro lado desse seu raciocÃnio é o do uso perverso da cadeia compartilhada de confianças. Comentei hoje no artigo de ontem do Wilson Gomes: a velocidade e disponibilidade, no caso conunicacional, das redes digitais, transforma a interação interpessoal. O tempo e a simplicidade do clique unem-se a disfunções afeto-cognitivas e à confiança em quem enviou o blá.
Só fechando: esse amálgama é esxpertissimamente (com xis e ésse, ambos) explorado pela direita pppiicareta, maliciosa, com uma eficácia aterradora. Deram um paw na velha mentira polÃtica, fazendo de seus "antepassados" uns amadores. Bagúio lôko, sô. (Hoje a folha tá ótima na reflexão, carÃssimo, coisa fina)
Podemos começar tirando o rotulo de extrema direita, ou mesmo esquerda, a toda mentira. Quem mente não tem ideologia polÃtica tem sede de poder. Todos mentirosos soh querem o pider, ser direita ou esquerda eh soh cortina de fumaça, eles são apenas cruéis e necropoliticos
Só querem o poder. E, para tirar proveito polÃtico, constroem na mente das pessoas a ideia de que a mentira é verdade, como dissera o governante, em vÃdeo, caso não seja uma aspfakeasp.
Aliás, pode-se ver no texto, quem lançou a mentira sobre a Mary Antony foi o povo left raiz.
A ultra left também, os ultra center também...não esacapa nenhum e todo mundo insiste em rotular. Isso nao vai acabar bem, para ninguem
Pode até ser, João, mas a ultra-destra têm se esmerado no exercÃcio eficaz e perverso da mentira.
Se não formos cientistas de ponta, apenas proposições que descrevem nosso entorno imediato são aceitas com base em evidências diretas. O descobrimento do Brasil, a data do meu nascimento, as enchentes no RS, as mudanças climáticas, etc. - tudo isso é aceito por nós com base na autoridade de alguém. Os algoritmos fizeram as autoridades se fechar em cÃrculos gramaticais impermeáveis. O insulto é a forma lógica das comunicações entre um cÃrculo gramatical e outro. Censura não vai resolver isso.
Hahahahah, prezado João, excelente o postulado do insulto. Todavia, não creio necessário o "cientificismo de ponta" pra que a racionalidade se imponha; na verdade, entendo que devamos ser "cientistas de raiz". Veja, venho de uma casa de professores secundários, uma famÃlia modestamente intelectual. Mas meus pais criaram três cientistas: duas irmãs pesquisadoras, ora aposentadas, e eu, que larguei o labor cientÃfico. Mas funciono, em tempo integral e densamente, como tal, sem ponta alguma, sabe?
Emissor e receptor não são mundos morais diferentes. São complementares. Se no emissor (leia-se o mentiroso contumaz e polÃtico perverso) há uma atitude deliberada de produzir corrosão social, no receptor há uma má-fé conivente que gera um efeito deliberadamente agregado e de desagregação dos laços sociais. O neofascismo atualizou a fórmula de Goebbels e transformou cada um dos mentirosos em seus filhotes.
Caro Dimas, se inevitavelmente co-responsáveis, os receptores não são, necessariamente, cúmplices. Parte deles são vÃtimas, incapazes da distinção informacional necessária ao desmascaramento e interrupção da cadeia melÃflua de mentiras. Nem todos os "filhos" seguem o eventual mau-caratismo dos "paÃs", lembremo-nos disso.
O Brasil sempre foi fértil na disseminação de mentiras e falsidades na sociedade. Mas não é exclusividade do povo inventar a desinformação. Os meios polÃticos fazem isso com frequência. Os governos mentem até no noticiário oficial. O populismo trabalha com discurso enganador. As redes sociais substituem o sucesso dos jornais sensacionalistas e o jornalismo marrom. Quantas mentiras foram contadas pelos ministros do STF para mudar de posição em assuntos da maior gravidade? Quem atira a 1ª pedra?
o que é mais repulsivo na fake news, é a capacidade de transgredir as leis do bom senso. como já disse, creio eu, Einstein a inteligência tem limite, a estupidez não!
Antes de Einstein, Descartes ironizou q o bom senso foi a coisa mais bem distribuÃda por Deus aos seres humanos. Ironizou. O extremismo-direita suspende o bom senso e se orgulha da estupidez.
Duas coisas não tem limites. O universo e a ignorância. Acho que é por aà rsrsrs. Boa noite a todos
Caro Sérgio R.texto preciso e excelente sobre os descaminhos produzidos por uma linguagem que pode ser td menos um pacto entre emissor e ouvinte, levando a um grau de desconfiança insuperável.
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