Com certeza o estudo deve priorizar a construção de barragens na bacia hidrográfica do Guaíba, serra gaúcha e vales , e reavaliar o projeto das obras de diques e esgotamento em Porto Alegre feito anteriormente.

70 anos depois da última grande inundação do RS, ainda se fala em projeto... Lembra o tal do trem bala, que ainda mantém a mesma estrutura de pessoal, apesar de não fazer nada...

O canal não pode ser algo aberto, senão vai acontecer como aconteceu no rio ribeira do Iguape com o canal conhecido como "valo grande". E também só resolvera o fim do problema, mas antes de chegar no guaiba e na lagoa dos patos as águas já causaram muito estrago. Tem que ser feitas represas de contenção para armazenar essa água ainda na região de planalto.

Um ponto a considerar é o assoreamento do fundo dos lagos. O escoamento fica bem mais lento quando o fluxo de água perde energia para arrastar a areia do fundo. Só para comparar, se o leito do lago Guaíba fosse sólido como de uma piscina, os 4 metros de nível acima da laguna dos Patos, que foram atingidos há uma semana, seriam escoados em menos de um dia em vez de 2 semanas.

Primeiro coloquem as bombas de sucção para funcionar. Depois pensem.

O instituto de pesquisas hidraulicas da Universidade Federal do RS explica que, sem um estudo detalhado das alterações que a enchente fez nos leitos dos rios e das lagoas, a abertura de um canal pode trazer outro desastre para o RS. Essa ânsia de trazer empresas de fora para soluções rápidas - Melo prefeito de Porto Alegre já contratou uma dos EUA - sem levar em conta a expertise dos pesquisadores locais, soa a oportunismo na tragédia.

O que parece acontecer é o represanento do rio pela lagoa, através de circunstâncias hidrográficas e hidrogeológicas eventuais. A lagoa é enorme e praticamente estagnada. Será um estudo interessante de se acompanhar.