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Se chover igual no ano que vem? Ou se chover assim só daqui 50 anos?
Recentemente me interessei pela história do sul da Itália, por causa de um vÃdeo da capela palatina de Palermo. A cidade era maior que Londres e Paris na época de Frederico II, que a partir dali reinava sobre todo o sul da Itália (acumulando também o sacro império). Depois dele se intensificou a polarização entre Gelfos e Gibelinos. Meu palpite é que isso foi especialmente ruinoso para o sul da penÃnsula, que entrou numa longa decadência relativa.
O Brasil precisaria revogar as leis que permitiram a ocupação de áreas de preservação permanentes em áreas urbanas. São os municÃpios que decidem o que é APP ou não. Nossa maior tragédia foi a revogação do Código Florestal de quarenta e quatro. O Rio Taquari deveria ter 100 metros de mata ciliar. Ao invés disso teve casas até a sua borda.
Exatamente, Fernanda. Resumiste muito bem o problema.
Espero que as instituições e prefeituras passem a ouvir a ciência e parem de licenciar e tolerar ocupações de Ãreas de Preservação Permanente, e apliquem o Código Florestal em todas as suas ações. Proteger o meio ambiente evita gastos extraordinários. Mas parece que alguns prefeitos preferem o caos, para poderem atuar em crises com dispensa de licitações.
Eu acabo tendo essa mesma percepção que você. Infelizmente o ser humano só se meche quando desastres como esse acontecem.
Alteraram as leis. O Código não se aplica mais a áreas urbanas. Além disso, o Rio Grande do Sul alterou seu próprio Código Ambiental para permitir mais devastação e o desmatamento dos Campos Gerais.
Eu também espero... sentado.
E, caso isso não ocorra, que os MPs atuem.
No Brasil só dá Irpinia! Vejam o que aconteceu com o dinheiro federal que foi despejado na serra fluminense depois das tragédias de 2011.
Que pérola. Torço para que seja Friulia -Venezia. Que repitam a saga dos seus ancestrais quando se reinventaram por cá
As enchentes do Rio Grande do Sul tem impactos devastadores em várias áreas. Em muitas localidades, a infraestrutura foi destruÃda. Estradas, pontes e sistemas de comunicação foram severamente danificados. Quase um milhão de pessoas ficaram sem eletricidade e água potável, enquanto quase uma centena de municÃpios tiveram serviços de internet e telefonia interrompidos. O custo de reconstrução foi estimado em dezenas de bilhões. O setor agropecuário sofreu enormes perdas (meio bilhão de reais).
Frente a tragédias como esta no Rio Grande do Sul, creio que a sociedade e o governo federal estão dando um belo exemplo de apoio e estÃmulos, o que deve se refletir nas etapas de reconstrução e retomada da economia Rio-grandense. Espero que alguns aprendizados, especialmente no campo da preparação e mitigação à s mudancas climáticas, sejam aplicados nesta nova oportunidade, bem como replicados em outros estados, visando o aperfeiçoamento das polÃticas socioambientais.
Friul, sem dúvida.
Percebem qual é a causa disso tudo? A água ainda nem desceu e já estão falando em PIB. Penso que a coisa mais útil que os economistas poderiam fazer agora é ajudar a limpar toda a lama...
Bem, é trágico. Afinal os gauchos estão vivendo uma exeri~encia má e única. Mas por outro lado abre uma oportunidade de rever conceitos, e inegavelmente a reconstrução levará a um aquecimento na demanda, ou seja, obrigatoriamente algumas coisas ficarão em um segundo plano, como o lazer, prazer em excesso. As crianças que estão vivendo isto, poderão formar uma sociedade gaucha mais solidária, dando valor ao que de fato vale a pena> As pessoas
As crises tem o poder de fazer com que sejam estabelecidas prioridades. Isto leva a priorizar a sobrevivencia frente ao lazer e prazer em excesso.
Por que o lazer ficará em segundo plano? Lazer é vida, e ainda aumenta o PIB!
O Rio Grande do Sul é dos mais notáveis em produtividade, e dos mais sofrÃveis em instituições públicas. Apesar da pujança da Economia, o Estado vive no vermelho. Acho, porém que o exemplo de Ação Civil na tragédia, e a ajuda enorme e imediata do Governo Federal, vão fazer do Rio Grande, muito maior e mais forte. Força gauchada. Força indiada velha!
Economistas como esses são “órimos” cientistas, tão bons q fazem comparaçiões estatÃsticas só com uma amostra de cada tratamento! Fantásticos!
Luiz, concordo com suas colocações, q abordam as causas do desastre e tem muito a ver com má administração, como no caso das bombas q não funcionaram. Meu foco no entanto foi sobre a pseudo-ciência do artigo e dos inúmeros trabalhos q comparam N vs S da Itália. O estudo qdo muito sugere q investimentos em regiões ricas e com mais estrutura dão mais retorno. Trazer essa pseudo-ciência para o caso do RS é um exercÃcio sem sentido.
Ah! Eu quase esqueci da bandidagem comum, os "enesimos comandos" que estão saqueando geral. Num paÃs onde os militares estão loucos para "salvaro paÃs do caos e da anarquia", ninguém sugere o estabelecimento da lei marcial ou algo semelhante para conter os saques, algo comum em situações como está em outros paÃses, o que diz muito sobre os nossos militares.
É por isso que a noção de ciências humanas é problemática. Há variáveis demais, e a tentação de isolar algumas para basear conclusões que rendam uma tese 'interessante' é grande.
Ricardo, seu raciocÃnio é lógico e muito bem desenvolvido, mas lembremos que os gaúchos elegeram um governador que não usou um centavo da verba para prevenção de eventos naturais e fragilizou tremendamente a legislação ambiental, assim como um prefeito que não gastou um centavo na manutenção das bombas que poderiam ter minimizado as enchentes. Nem vou falar na votação para presidência... Os polÃticos e empresários como o véio da Havan farão a festa enquanto os eleitores culparão o Lula.
Paulo, não se faz ciência com o q vc esperaria, se faz ciência com o q se pode medir e dar significância estatÃstica. Caso contrário vc vai sempre acabar concluindo o q seus preconceitos já sugeriam, como aliás já está claro na sua questão sobre o q esperar.
Vamos ampliar o foco, Ricardo. Onde vc esperaria encontrar mais corrupção e menos organização? Holanda, norte da Alemanha e Escandinávia ou Grécia, sul da Itália e sul da França?
Os autores certamente seguem o racista Banfield e teoria racista moderada de Putnam, q atribui o atraso do sul da Itália à falta de capital social (significando q sulistas seriam intrÃnsecamente corruptos e egoÃstas, sem espÃrito público). Economistas sérios já esmagaram essas teorias, mostrando q as diferenças N-S são históricas (o S foi devastado na guerra de unificação) e geo-econômicas, dados os recursos naturais e a integração do N com as ricas economias de Suiça, Austria, Alemanha etc.
Irpinia fica no pobre sul da Itália, con nÃvel de educação e industrialização baixos, comparativamente pobre em recursos naturais, isolada de grandes regiões econômicas e q sofre de "brain-drain" pois os jovens educados migram. Friul fica no rico norte, pleno de recursos naturais (particularmente hÃdricos) e integrada com as economias de Austra/Alemanha e do trio rico Lombardia/Ligúria/Piemonte. Compararam oranges and Apples.
Devo acreditar que não houveram outras variáveis interferindo? Sinceramente, é difÃcil.
E gaza ?
Sem pé e nem cabeça e mais não dá para comparar as culturas do povo Italiano com a nossa
Não dá pra comparar mesmo? Certeza? E o que dizer da cultura de corrupção aqui e lá? Isso pra ficar em um só exemplo. De resto, a resposta das sociedades às tragédias é similar no sentido de que os seres humanos têm em comum a capacidade de empatia e de construir coisas juntos.
Boa anedota, Adonay. Você deve ter lido o Reader:s Digest dos anos 60.
Verdade. A polÃtica italiana é um caos, ainda maior que o nosso. Há uma anedota que diz, que no ParaÃso, os cozinheiros são franceses, a polÃcia inglesa, os mecânicos alemães, os amantes italianos, e a organização dos suÃços. No Inferno, os cozinheiros são ingleses, a polÃcia alemã, os amantes suÃços, e a organização dos italianos. Por isso, amo a Itália.
Não se o sujeito nos enaltece, ou nos denigre!
O artigo ficou muito incompleto, a quase totalidade dos leitores não terão acesso ao papers citado, portanto, fica ao leitor, a ideia que as correlações sugeridas possam ainda ser afetadas por outras variáveis não identificadas, como, uma região é historicamente mais atrasada que outra, etc.
Eu me preocupo com a religião que reza para os pneus que acho que não é o seu caso
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