Ilustrada > Filme mostra abusos contra Maria Schneider no set de 'Último Tango em Paris' Voltar
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Na época desse filme, outro filme fez grande sucesso. Quem lembra ou já assistiu Emmanuelle?
Pitbull só sabe rosnar, espumar e morder.
O Chico Buarque com sua genial Geni, já descreve essa situação, na verdade e segundo a música os que repudiam a Geni , no caso o povo a repudiam após ela se sacrificar por eles , hipócritas e ingratos, assim é o povo, assim é a sociedade, no mais balela para boi dormir !
O mais irônico é que esse filme, agora demonizado, era considerado o supra-sumo, genial, imperdÃvel, etc. Hoje posso ver claramente que essa geração utilizava o 'cinema de arte' para realizar suas perversões, sempre associadas à percepção estética - uma arte sem ética. Bertolucci tem outro filme onde colocou de Niro se masturbando junto com o Depardieu, eram ainda jovens na época. Era comum, personagem mulher tirava a roupa também sem motivo algum na trama. As pessoas pagavam para ver isso
Provavelmente o comentário mais = tapado = e, também, o mais interessante de todos. Por que havia manteiga num apartamento desocupado? Pelo mesmo motivo em que, numa ditadura – e não há nenhuma razão gramatical ou moral para a capitalização da palavra - há um cassetete dentro do olho de atrás de um ou uma estudante, não importa – gramatical ou moralmente considerando - o gênero.
Resposta curta e grossa, grosseira até, para todos os comentários e questões aqui levantadas, a meu ver: não é porque há manteiga, há um dos maiores atores que o mundo já viu (mas um sem luz como ser humano?), um dos mais famosos diretores que o mundo já viu (e que, vez ou outra, realizou filmes magnÃficos...), que uma outra pessoa pode ser inadvertidamente levada a fazer ou permitir que se façam coisas que, se advertida fosse, consultada fosse, não faria ou, até mesmo, faria.
Diverti-me com os comentários sobre O Ultimo Tango em Paris, sobretudos dos pittbull raivosos que só querem morder. VivÃamos em plena DItadura, que tentava controlar muitos aspectos da nossa vida, entre os quais a sexualidade. Daà o sucesso do filme. E quem já frequentou set de filmagem sabe da multidão que ali trabalha. Cinema é fantasia e indução. Mas por que havia manteiga num apartamento desocupado?
Os leitores que acusam Maria Schneider de procurar promoção ignoram que o próprio Bertolucci admitiu em entrevista, em 2013, que ele e Marlon Brando tiveram a ideia de fazer aquela cena e não avisaram a atriz para que a humilhação dela fosse real. Também disse que ela passou a odiá-lo e que ele se sentia culpado.
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Eu denunciei o comentário dela.
Denunciei seu comentario
O filme demorou para ser exibido por causa da ditadura. Eu gostei muito, principalmente da trilha sonora. A cena em si não é chocante, mas o personagem de Brando é pesado. É difÃcil crer que tudo foi feito sem o consentimento de Schneider.
Em depoimento Brando afirma que não se excitou em nenhuma das cenas, pelo contrario. Assim, acho essa conversa bem estranha.
Pura propaganda woke fora de contexto. A atriz pelo que me lembro fez propaganda de manteiga algum tempo depois do sucesso do filme. A época não parecia nada traumatizada. O trauma veio depois quando a falta de talento condenou-a ao esquecimento.
Irreversible com Monica Belucci é infinitamente mais chocante, com suas cenas de violência e sexo e até sofreu protestos em Cannes. .
A Maria subiu o morro com corrente de ouro, anel de bilhante, carteira recheada de dolares. Tem o direito de ir e vir, mas reclamar de ter sido assaltada não!!
eu denunciei o Raul por intolerância
Raul, denunciado também
Denunciado!
Está claro que a maioria dos comentantes nunca viu o filme. A obra retrata uma relação doentia. E até mais de uma. Pois a ex do personagem de Brando se suicidara, certamente como consequência da relação abusiva em que estava metida. Dou logo o final pros preguiçosos: Paul, personagem de Brando, é morto por Jeanne, personagem de Maria. O macho abusador está longe de ser retratado como herói. E até recebe um fio t... de Jeanne, não sem antes pedir à jovem que cortasse as unhas.
Ao sr. José Rubens Barbosa: Prezado senhor. Em português também não existem outros tantos estrangeirismos, quais usamos frequentemente. Comentante em espanhol significa comentarista.
Não há a palavra "comentante" em português; o correto é comentarista.
E o pior de tudo é que o filme é um li Xo.
Quem tem filha fica horrorizado, absorto, triste, num paÃs destes.
A qual paÃs você se refere? À França? Afinal, o filme se passa em Paris. Não tem nada a ver com o Brasil.
A internet até já publicou sobre o assunto: Bertolucci admitiu não ter avisado a atriz MS sobre cena de estupro no filme. O diretor planejou a cena com Brando. O intuito era filmar a reação da Maria, e não da personagem. Uma ONG resgatou um vÃdeo de 2013 em que o Bertolucci conta em detalhes o que aconteceu. “Me comportei de uma maneira horrÃvel com Maria, porque não disse a ela o que iria acontecer”, confessa no vÃdeo. Ele diz se sentir horrÃvel, mas que não se arrepende.
Dois velhacos abusando de uma mulher jovem. Alguma novidade?
Se tem algo em abundância nesse mundo é corneteiro, pra mim este assunto pertence a sociologia, psicologia e até psiquiatria, entender o comportamento, valores daquele tempo, não sendo eu ligado a nada citado a cima, me manterei em silêncio. Ps: em tempo algum violência deveria ser aceita, isso é inegociável pra mim.
Rosângela Lopes, acho que vc não compreendeu meu texto, mas o que penso está na última frase. Abraço, seja feliz.
Independente do valor daquele tempo! A vÃtima não esquece e sofreu por isto. Qual seu problema?
Esse comentário é criminoso. Defende e justifica o estupro pela normalização da violência, com culpabilização da vÃtima. Já denunciei o abuso, espero que a Folha aja. O que impressiona é que todo comentário sobre Is a Hell e os se onanistas é bloqueado pelo jornal, mas isso passa.
Vc é desses que acha que a vÃtima é culpada, conheço muito bem gente como vc
e irreversÃvel, com monica bellucci?
Se ela fez com consentimento, topando atuar, problema nenhum. Aliás, a cena de IrreversÃvel causa ojeriza, o "clima" é muito mais uma denúncia contra a violência sexual do que qualquer coisa. Inclusive há um justiçamento no final, e o filme cria um sentimento de legitimidade da violência contra o agressor. É diferente em o Último Tango em Paris.
É interessante observar que os comentários polarizam em direções opostas: os que não acham nada demais e os que acusam estupro. Os primeiros, insensÃveis. Os segundos, histéricos, acusatórios. A verdade é que não cabe a nenhum comentarista dar o veredito justo, por sorte.
Victor é tão cheio de soberba que projeta a sua (ridÃcula) soberba em quem nem conhece...
E agora, com esse comentário, temos outra direção: a dos insentões. Já que nem a vÃtima pode dar um veridicto justo, sobe-se em cima do muro cheio de soberba e finge que não é consigo
O que mais tem nos comentários é um bando de machão tentando desmerecer a vÃtima. São os frustrados de sempre, red pills que se sentem ameaçados por mulheres. O nÃvel desses comentários por si só já demonstram que tipo de pessoas eles são. Tenho pena das mulheres que fazem parte da vida desses caras, todo es tu pra do res em potencial, afinal, nenhum deles viu nada demais no que aconteceu
Boa. Tem toda razão.
A cena é de mau gosto e desnecessaria na trama. O que não entendo, é por que a atriz sentindo-se ultrajada, não levantou e mandou todo mundo tmnc? Ao invés disto terminou de gravar o filme como se nada tivesse acontecido. Este revisionismo tardio, tão normais nos dias de hoje me causa desconfiança.
Gregorio Amarante, te pergunto outra coisa: porque o ator Marlon Branco, ao ser informado da intenção do diretor, aceitou isso? Porque ele não disse NÃO? É fácil perguntar porque uma jovem atriz de 19 anos, diante de dois "monstros" consagrados do cinema, que entra num set para gravar uma cena e acaba se vendo numa simulação de estupro de forma VIOLENTA, não deu um basta naquela situação, né? Mas os homens, ah esses homens bonzinhos e civilizados!, esses são de comportamento acima de suspeita!
Se ela tivesse parado o filme e denunciado a violência seria execrada como conservadora, má profissional, retrógada. Qual a força de uma menina diante de dois Ãdolos (com pés barro)? Pra se identificar é só pensar se fosse o seu na reta. E se fosse sua mãe? Empatia tá em falta.
Ele não ta exatamente culpando a vÃtima Marcelo
Ah, o macho brasileiro e sua mania de culpar a vÃtima. Se conhece um es tu pra dor em potencial só pelo que escreve. Na cabeça do cidadão acima, se a mulher não reage, ela simplesmente quer. Tenho pena das mulheres com quem o sujeito aà se relaciona...
Porque 50 anos atrás as relações eram diferentes, diretores faziam o que queriam e o elenco tinha muito pouca voz. Ela era jovem, novata e além disso foi pega de surpresa e só depois entendeu a correta dimensão do que aconteceu.
Ahhhh não. Se o abusado tivesse capacidade de fazer isso, não existiria abuso. É uma questão de poder. O estupro ocorre quando alguém usa de poder, seja fÃsico, econômico, ou de coerção, para obrigar alguém a fazer algo que, se tirarmos o poder coercitivo, não faria. No caso, ou você faz ou sua carreira acaba. Explico didaticamente partindo da premissa que você realmente não saiba.
Que bom que alguns rapazes aqui não deixaram passar comentários tão machistas de alguns misóginos. Bom saber que boa parte dos leitores não enaltece o diretor nem o ator pela falta de profissionalismo que tiveram com uma jovem que não tinha como se impor frente a eles. Tudo de bom que os dois tivessem feito se perde muito ao não respeitar uma atriz, tratá-la como coisa dispensável. São tidos como grandes, mas tb são desprezÃveis.
Leonilda, até agora não sou ator. À vista disso, não há chance de acontecer comigo uma situação como a que você sugere na resposta ao meu comentário abaixo. Todavia, sua observação me fez pensar sobre a necessidade de ser cuidadoso caso eu decida abraçar a arte da interpretação de personagens.
Poucos anos após "Ultimo Tango em Paris", Maria Schneider trabalhou bastante bem -ao lado de ninguém menos que Jack Nicholson- num grande filme até hoje muito cultuado e estudado: "Profissão: Repórter", de Michelangelo Antonioni. Só isso já revela ser no mÃnimo duvidosa a ideia de que a polêmica cena da manteiga tenha comprometido definitivamente a carreira e a vida da atriz. As causas dos complexos infortúnios dela parecem ir além de reais ou supostas atitudes machistas de Brando e Bertolucci.
Nossa, ela seguiu em frente, por isso deve ser mentira. É impressionante o nÃvel red pill dos comentários aqui
Puxa eu estava quase acreditando nela mas, agora que li seu testemunho, que assistiu a um filme, mudei de idéia. Ainda bem que temos você para dizer o que ela sente e como foi sua vida. CI.
Como você viveu a vida dela é fácil deduzir, não? Bertolucci admitiu que não informou a atriz sobre a cena manteiga, combinou com Brando que seria uma "surpresa". Que profissional de prima, não? Seria legal se alguém o surpreendesse assim também, do mesmo jeito, para ver se ia gostar. Nunca se desculpou, como costumam fazer os ca fa jes tes. E Brando, que defendia os indÃgenas, explorava as mulheres.
Hoje em dia a palavra estupro serve para denominar qualquer abuso sexual. Mas no filme “Último tango em Paris”, a cena que mais atraiu atenção foi uma cena de sodomia, em que o personagem de Marlon Brando lança mão de um tablete de manteiga como lubrificante Ãntimo.
“Filme escandaloso? Último Tango em Paris é uma Obra prima onde tem uma cena de Marlon Brando improvisando por 15 minutos sobre a desgraça de sua infância, se rasgando pras câmeras. Era 1972, o mundo era outro. Não condeno nem Beetolucci nem Brando, apesar de me comover com A história de Meia Schneider. Esse assunto é um assunto sociológico, não existe mover montanhas com o que era o mundo há 50 anos atrás. Existe sim, aprendizado sobre o que foi, e o que não pode mais ser.
Há 50 anos atrás se alguém fizessem sex0 com a sua mãe ou avó a força, seria estupro do mesmo jeito, como é hoje, você não condenaria o estuprador por ser uma pessoa repugnante, não por ser algo aceitável para a época
Acho que sim, dá pra dizer que nos anos setenta o estupro era mais aceitável. Mas ainda era estupro, e todos sabiam disso.
Alguns argumentos são tão inaceitáveis quanto dizer: em 1972 não era legal ma tar, mas a gente matava, fazer o quê? A história de Meia? O nome dela era Maria. Muitos dizem: era assim, piadas sobre mulheres, apalpar, estuprar como se não tivessem mãe, irmãs, amigas. A vida da atriz foi ultrajada. Quem não tinha humanidade em 72, não tem hoje. Quem era misógino e machista segue sendo. O diretor, o ator, a equipe não a respeitaram, têm de ser apontados, sim. Não é sociologia, é uma vida devastada.
Sophia Loren, que não era uma atrizinha qualquer, declarou num talk show americano, há anos atrás, sem negar o enorme talento de Marlon Branco, o quanto foi difÃcil trabalhar com ele, sugerindo que ele era um assediador! Imagina diante de uma atriz novata de dezenove anos!
Alguns homens não conseguem imaginar nada que não seja atacar a mulher e defender o assediador. Parece que não têm mães, irmãs, amigas, ou não gostam delas, vai saber. É o machismo impregnado e eles não querem fugir disso, crescer interiormente, evoluir como seres humanos.
Quando a carreira nao decola, atores se voltam para as drogas. Ai comecam as desculpas e especulações: pouco provavel que a cena fake de “estupro” tenha relacao com o declÃnio da atriz. Decadas mais tarde, Trata-se de revisionismo feminista.
Esse é 11 + 11 até o ultimo fio de cabelo.
Vergonhoso.
Como alguém pode fazer um comentário desses e assinar? Por isso sou a favor da liberdade de expressão. Para essas pessoas poderem mostrar suas cores.
Quanto machismo e misoginia juntos sem a menor preocupação em expor assim, abertamente. Triste que alguém vivendo neste tempo tenha tão pouco respeito pelos outros e se exponha sem pudor nem vergonha.
Que cara de pau ter a desfaçatez de comentar algo nessa linha em um jornal!! Falta educação, noção e desconfiômetro - falta quase tudo que importa...
Cidadão, você não sabe nada sobre como foram os bastidores desse filme e a vida da atriz em questão pra vir aqui afirmar uma coisa dessas. O depoimento dela tem infinitamente mais peso que o seu palpite. Para de passar vergonha na internet.
A gente sabe que Deus não existe pela existência de pessoas como você. Que a vida te trate da maneira que você trata os demais.
oui !!!
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