Antonio Prata > No aeroporto Voltar
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Pilotos não são abordados no salão por passageiros com suas perguntas e insegurança, diferente dos médicos no ambiente hospitalar. Há médicos arrogante? Certamente; mas também muita inconveniência por parte dos impacientes...
Que texto gostoso de ler, Prata, como sempre! Me senti mais confortável viajando em suas linhas do que em um pacato voo de cruzeiro.
Aeroportos estão entre os meus lugares preferidos no mundo.
Sensacional, Prata. Aeroportos e rodoviárias são sempre locais riquÃssimos para esse trabalho de observação quase antrologico. Local de chegadas e despedidas. Rostos alegres e desalentados. Há um ambivalência nesses espaços: excitação pela partida e melancolia. Quantas histórias. Já diria Bituca, o trem de chegada é o mesmo da partida. É a vida.
Muito bom. Concordo que o avião é mais seguro que a viagem de carro. Mas acho que as companhias gostam de cultivar a sensação de perigo do voo. Por que eles pedem uma pessoa de contato e telefone...?
Os jovens, cheios de vida, correm como se o mundo fosse acabar amanhã. Dormem tarde, entulham o dia de compromissos, festas, redes sociais, academia, trabalhos, estudos. Tudo parece urgente, vital, Os velhos que já acumularam tantas histórias, amores e desilusões, andam devagar, apreciam cada pôr do sol como se fosse o primeiro e o último. Considerando a proximidade do limiar da morte, deveria ser o contrário. Mas caminham juntos na mesma estrada, que leva todos ao mesmo lugar, jovens e velhos
“Ando devagar porque já tive pressa”
Sobre o chão; sob o céu.
Quando vc ficar nervoso durante a decolagem, não olhe para as freiras, olhe para as comissárias de bordo. Se elas estiverem tranquilas, vc pode ficar tranquilo também. As freiras são muito dramáticas.
Quanto às freiras, são humanas, Cristo que o Filho de Deus pediu "Pai, afasta de mim esse cálice" e na cruz bradou "Meu Deus, Meu Deus, por quê me abandonaste". Mistérios humanos e religiosos.
Crônica boa é assim. Fala sobre nada e ao mesmo tempo fala tudo. Obrigada, Prata!
Sugiro que este artigo se multiplique aqui, formando um conto ou até mesmo um romance, pois material imaginativo e verÃdico há para tal. O que mais me impressiona nos aeroportos é a educação dos passageiros. Lá é o único lugar no Brasil em que se respeita e dá prioridade aos idosos, sendo respeitadas as filas dos "velhos" maiores de 60 e de 80 anos tão desprezada pelo INSS e outras instituições neste paÃs de tanta ordem democrática e direito.
Aeroportos e rodoviárias são como buracos negros, vazios no espaço-tempo, sÃtios sem nacionalidade onde as regras parecem afrouxar um pouco - tanto as da fÃsica como as da sociedade. Lugares onde somos todos estrangeiros, exploradores, ETs.
Marcos Benassi, o Florentino tá bonzinho, né? Também tô arrependido de já ter brigado com ele.
Hahahahah, só agora que eu vi essa. Dói-me, porque é tudo uma implicância só. E nada mais. Hahaah!
DelÃcia de crônica. Que olhar e sensibilidade para o comum da vida! Viva Prata!
Ôôô, Pratinha, que lindeza de crônica puro-sangue, rapá! Fiquei de cara, Pratônito, como se o Rubem Braga desse uma fantasmada pelaà - moderno, ligado e ainda craque. Só não entendi , porque tô por fora do mundanismo, que tênis Vert e colete XP são esses; não dá nádegas, acostumei a assim estar. Dia desses, meu tênis, com pedacinhos de sola caindo, riu de um branquelo, sem graça, e dei-lhe um pito: hiiddiota, é um Prada, deve custar dez de você. O Nike, mais por fora do que o dono, calou a boca.
Muito bom.. atrapalhou meu sono.. mas valeu a pena.
Ah, Antonio, levanta: já passa das cinco, vamos pro dia. Até amanhecer, dá pra ler uma meia-dúzia de bons artigos. Viva os que madrugam!
Antonio Prata é um Ãcone da crônica. Escritor jovem e já tem lugar na história da literatura. Natural que alguns leitores tomem por obrigação "gostar" - ou elogiar - tudo que ele escreve. Ou sou apenas eu o burro? Por que ele não teria o direito de, vez por outra, escrever um textos assim, nada a ver?
Belo texto. Me lembrou uma passagem do livro Na Patagônia, do célebre Bruce Chatwin.
Vc está cada dia melhor. Excelente txt.
Maravilha de crônica. Obrigado
Muito bom o texto! Tenho medo de andar de avião e lhe entendo perfeitamente! E também já viajei ao lado de uma freira! Que também sacou o terço sob o hábito assim que o avião começou a decolar...
Isso, sim, é o que podemos chamar de crônica.
Né não, meu caro? Hoje, Papai Pratão vai ficar feliz da vida!
Já fiquei uma noite inteira no Carrasco, em Montevidéu. Emburrachada, sem dinheiro, sem cartão de crédito.Sorte que quando o álcool se foi, tinha um livro sobre a vida de Santa Teresa de Lisieux, na mochila e apelei para Ela.Disse que ficaria , se ela me tirasse da enrascada, uma semana sem beber uma gota de álcool na boca...! No dia seguinte, a companhia aérea me deu um voo para São Paulo. Quando cheguei em casa, narrei a aventura, sem a companhia do álcool, para a famÃlia.
A duvida de sempre : leio agora correndo ou guardo pra ler no domingo? Sempre uma delicia
Também fico com essa dúvida toda semana! Hahaha
Verdade, Benassi! Florentino tá livre, leve e solto hoje! Só tenho medo de elogiar muito!
Já me ocorreu de deixar a crônica do Prata pra depois, como aquela sobremesa dos deuses. Hoje , não mais. Eu a devoro quente mesmo, queimando os beiços.
Aos caros Florentino e Inez, tô convosco. Mas sempre leio no domingo, por que sou conservante, quase um picles, de tão conservador. Hahahahah! (Ô Florentino, cê sabe ser simpático quando quer. Dei um chute em seu azedume nalgum lugar, por causa do "ad-hominem", injustificável...)
Pensei que só eu tinha esta dúvida. Com a leitura no sábado, sinto que é a traição final ao jornal de papel.
Perfeita a comparação entre médicos e pilotos: gosto ainda mais qdo vejo uma pilota andando pelo aeroporto. E, certa vez voei pra Roma ao lado de um padre e pensei exatamente a mesma coisa que vc ao lado da freira. Mas, o "meu" padre ficou quietinho...
Uai, Daniela, naturalmente, mesmo que apavorado, o padre não podia dar bandeira: indo pro Vaticano, ao encontro do Chefe em seu território, não teria como explicar a pouca fé. Deus tem olhos em tudo... Hahahah, 'tadinho, nem medo podia ter.
Quer dizer que freiras viajam bastante? Talvez o articulista tenha razão! Já vi várias em aeroporto! Quem paga? A irmandade é rica?
Essa crônica me fez pensar outras coisas. Não posso fumar durante o vôo. Está certo. Nem ouvir som alto. Está certo. Nem tirar a camisa. Está certo. Há tantas coisas que não posso fazer e acho tudo certo. Mas a Madame pode levar dois cachorrinhos que latem durante toda a viagem, sem um minuto de descanso. Isso ocorreu domingo passado, em que viajei de Fortaleza para Guarulhos. Isso é certo? Tenham dó. Por essa eu não esperava...
Bem, Francisco, até que não foi de todo má a coisa, a depender de como olhemos: a madama tem que güentar os dois insuportáveis todos os dias. Eu acho que é uma vingança de bom tamanho, né não? Hahahahah!
Que crônica gostosa. Sou tão sua fã que lembro das suas crônicas na minha vivência. Por acaso, viajei de avião esse fim de semana e lembrei da crônica em que estava o time de vôlei feminino e suas crianças estavam agitadas no vôo. Daà fui lavar as mãos e lembrei daquela em que a torneira sempre para muito antes.
Hahahahah, minha Clara Chiara, tá compretamente viciada no Pratinha, hein? Viciada nem é o termo, enviesada é melhor: "o mundo por Tonico Prata", nenhuma experiência lhe é alheia - nem as alheiras. Nada mais honroso pra um escritor.
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