Michael França > A Universidade de São Paulo e os seus tribunais raciais Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Gosto como suas argumentações são inspiradas sempre por canções. O problema de alguns acadêmicos com as cotas, a exemplo do negro e infelizmente baiano Wilson Gomes, não se resolve com argumentos, ele sabe bem que papel cumpre e o porquê. Nada o removerá desta posição! No mais, surpreendeu- me o fato de um pesquisador negro admitir que não se interessava pelas relações raciais pois é não se interessar por si mesmo e fazer uma da vida pelo " brilho" da exceção negra. Ainda bem mudou!
1.4. O autor do artigo omite várias informações a respeito dos artigos de Wilson Gomes e Lygia Maria. Primeiramente, não foi o caso de um pardo, apenas. Foram, só na USP, 204 recursos de candidatos que tiveram a autodeclaração racial negada no último certame. Há milhares de casos em outras universidades e concursos públicos, no qual o movimente identitário prega menos discriminação e maior igualdade (sic) e fabrica mais discriminação e desigualdades.
2.4 Calor do momento? O autor é extremamente reativo quando,e.g., outros colunistas como H. Schwartsman et alii, utilizando de argumento racionais e embasamento criticam polÃticas públicas baseadas exclusivamente no pertencimento racial. Que tal reler o que escreveu sobre as crÃticas que o escritor Itamar Vieira Júnior (IVJ) recebeu de pessoas das artes e literatura sobre o último livro??
3.4. Relembrando...basicamente, o que foi afirmado é que toda a crÃtica a não brancos possui um viés racista. Enquanto para IVJ não se pode criticar corpos historicamente subalternizados (sic) para o autor qualquer crÃtica tem viés racial, ou em outros artigos, o branco mesmo tendo consciência das desigualdades reproduz vieses raciais.
4.4. Deixo um desafio ao autor: que tal mostrar a partir dos microdados que tem acesso o desempenho dos alunos por diferentes tipos de cotas...Testes de hipóteses: o salário médio/desempenho médio/taxa de sucesso em concursos (etc) no mercado de trabalho/universidade/certametes por tipo de cotas está relacionado ao pertencimento por grupos de cor/raça ou à capacitação absorvida pelo graduado (por experiência, performance ao longo da graduação, etc)? Onde estariam os asiáticos nesta análise?
Estudei na Poli, nos anos 1970 e fui colega e amigo, com quem morei durante algum tempo, do único, repito, único estudante negro daquele perÃodo; para que possam ter ideia do que isso significa, quantitativamente, naquele tempo entravam 600 estudantes por ano na Poli, dos quais 200 iam para o curso de Engenharia Civil; numa conta simples, 200 estudantes por ano vezes 5 anos do curso e temos a vergonhosa fração 1/1000!!!!! Abraço Fred, que precisou desistir do curso, mas sobreviveu, bem, na vida.
Michael, carÃssimo, num 'dianta argumentação de boa qualidade, infelizmente - não quer dizer que eu desista do método do debate, é só uma constatação: nego virá com arju-mentos os mais diversos, inconsubstanciados, que gritará mais alto, como se isso lhes desse a faltante consistência. Talvez o pior seja "isso é discriminar entre pobres", porque tem validade aparente. Enfim, bonÃssima sorte pra nóis tudo.
Olha, Michael, se "não quer dizer que eu desista do método", digo que dá uma preguiça... É soda.
Não seria justo a cota ser baseada na renda do estudante? Existem muitos negros com uma vida financeira muito melhor que a de brancos pobres, porém irão conseguir entrar na universidade com mais facilidade. Não seria uma injustiça, por exemplo, com uma pessoa branca de periferia que cresceu observando todos como iguais, chegar lá e se deparar com seus amigos, devido a uma tonalidade de pele diferente, ter mais oportunidade de acesso ao ensino superior do que ele?
As cotas são um método "em camadas", prezado Fernando: tanto a camada econômica quanto a étnica são consideradas. Aliás, primeiro a econômica e, só depois, a étnica.
PolÃtica que emula um princÃpio sombrio do século XX, o conceito de raça a despeito do fato bem estabelecido que somos todos Homo sapiens. Procure algum texto que explore o método de educação de paÃses avançados e como eles ensinam com qualidade independente da raça. Não acha! Só texto obsessivos sobre raças. Sintomático da degeneração das polÃticas públicas.
Essa matéria é uma verdadeira idiotice. Tem muita gente querendo ficar bem na fita .
Já dizia um sábio chinês : Quem não lê jornal não está bem informado. Se você lê jornal aà agente fica mal informado.
É mesmo, João? Em não dizendo os porquês de tal assertiva, parece-me que a idiotia repousa noutro canto, não no texto do articulista.
PolÃtica que emula um princÃpio sombrio do século XX, o conceito de raça a descrito do fato bem estabelecido que fomos todos Homo sapiens. Procure algum texto que explore o método de educação de paÃses avançados e como eles ensinam com qualidade independente da raça. Não acha! Só texto obsessivos sobre raças. Sintomático da degeneração das polÃticas públicas.
Por que o autor não opina sobre o caso em questão? Tem receio de magoar os que discriminaram um aluno pardo?
O articulista nada contribue para debater o assunto, apenas repete o que já foi amplamento discutido. Notem que ninguem fala em uma Educaço básica de qualidade, Saúde Pública, Saneamento e Habitação. Não podemos estender eternamente o programa de cotas, pois o desenvolvimento depende de profissionais preparados. Uma pós graduação em ciências ou engenharia, por exemplo, o candidato tem que produzir conhecimentos, concorrendo com pesquisadores internacionais.
As cotas têm funcionado tão bem, que vão sendo ampliadas. Como os alunos cotistas, embora tenham se formado em ótimas universidades públicas, ainda não conseguem concorrer com não-cotistas, necessárias se fazem as cotas para a pós-graduação. Nos concursos públicos, não têm bastado as cotas, porque cotistas não conseguem ser aprovados. Aà é necessário reduzir as notas de corte. Por isso, já sugeri sortear vagas para cotistas, evitando esse constrangimento da nota mais baixa…
Não é achismo, Luciana. O CNJ, por exemplo, estabeleceu nota de corte mais baixa para cotistas, nos concursos para a magistratura. Cotistas são aprovados se obtiverem nota até 20% inferior à nota do não-cotista. Se o desempenho é igual nas universidades, porque o concurso público exige menos do candidato cotista?
Não há diferença no desempenho acadêmico de alunos cotistas e não-cotistas da USP e estes resultados já foram publicados. Precisarão de outra desculpa para continuar com o posicionamento anti-cotas, a não ser, claro, que continuem baseando seu achismo em mentiras.
Bom dia, muito bom o texto, agora, você teria o artigo Racial Discrimination in Grading: Evidence from Brazil traduzido ?
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Michael França > A Universidade de São Paulo e os seus tribunais raciais Voltar
Comente este texto