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JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO
Para muitas pessoas pode parecer estranho, mas relaxar ou meditar para mim são brincadeiras. Por isso, eu costumava dizer nas minhas aulas de meditação: "não relaxe, ao relaxar; não medite, ao meditar". Então, também diria: "não brinque, ao brincar". Na prática, agindo assim evitamos a ansiedade da busca do resultado, deixando que haja leveza ao relaxar, meditar ou brincar. Na maneira zenbudista diríamos: "ao relaxar, apenas relaxe; ao meditar, apenas medite; ao brincar, apenas brinque".
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JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO
Ao acordar pratico kinhin por 15 minutos, a meditação andando do zenbudismo. Esta brincadeira se dá assim. De pé, descanso as 2 mãos sobrepostas na direção do peito e olho a frente. Com plena atenção: a cada inspiração, dou um passo curto; a cada expiração, dou outro passo curto e assim vai. Aí vale o que disse acima: "No kinhin, apenas kinhin". Portanto, a meditação em movimento pode, então, ser uma alternativa, uma outra forma de brincar.
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JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO
Como criaturas sociais necessitamos de conexão humana tanto quanto de alimentação, sono etc., mas muitas vezes estaremos sós. É aí que podemos nos beneficiar ao incluir a brincadeira em nossas vidas usando tecnologia. Celulares podem ser empregados para brincar, seja sozinhos ou com outras pessoas. Foi o que vimos na pandemia, quando cresceu bastante o uso de jogos, adivinhações entre outras diversões por adultos e crianças no modo individual ou coletivo.
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JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO
Hoje em dia milhares de pessoas trazem seus joguinhos preferidos nos celulares, tablets e laptops para se divertirem nas horas de lazer, quando se deslocam de um lugar a outro na cidade etc. Eu mesmo tenho cruzadas e caça-palavras tanto impressas como no meu celular aos quais costumo recorrer quando não estou lendo. Aliás, toda semana jogo, presencial ou remotamente, partidas de xadrez com conhecidos e com estranhos. Muitas deles estão a quilômetros de distância.
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CARLOS ALEXANDRE PERGER
É muito terapêutico ler os textos da Mirian.
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Mirian Goldenberg
Fico muito feliz Carlos
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JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO
Sim, Mirian. Nunca é tarde para rir, so-rrir, brincar e até mesmo poetizar como salientou Roseana Murray...
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Mirian Goldenberg
Verdade, ela é um belo exemplo
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Teresa Cardoso
Rir é tudo na vida.
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Mirian Goldenberg
Difícil em momentos tão tristes
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Galdino Formiga
Não consigo rir com os adultos. Mas rio muito com as crianças.
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filipe moura lima
Aprendamos com as crianças, porque elas são genuinamente brincantes.
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filipe moura lima
Aprendamos com as crianças, com os idosos, com a Mirian e com o Alexandre.
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Alexandre Marcos Pereira
Caro Filipe, seu comentário reflete a essência da vida. Ele captura a pureza e a autenticidade da infância. A coluna da Mirian e seu comentário se complementam, lembrando-nos da importância de manter o espírito lúdico em nossos corações mesmo na vida adulta e maturidade avançada. As crianças com sua alegria descomplicada e curiosidade incessante, são mestres em viver no presente, transformando o cotidiano em uma série de descobertas e maravilhas. Parabéns!
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Mirian Goldenberg
E com os mais velhos também Filipe
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JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO
O monge zenbudista Thich Nhat Hahn dizia frequentemente que "às vezes a sua alegria é a fonte do seu sorriso, mas às vezes o seu sorriso pode ser a fonte da sua alegria". É justamente o que pesquisas científicas mostraram recentemente, pois o simples ato de sorrir pode melhorar o seu humor, diminuir o estresse, estimular o sistema imunológico e possivelmente até prolongar a sua vida. (1/3)
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JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO
Lembro do monge zenbudista ensinar que se você quiser relaxar os músculos de seu rosto, tensos, contraídos pelas preocupações, medo e tristeza, deixe um leve sorriso aflorar em sua face. Basta que surja um leve sorriso para que todos os músculos faciais comecem a relaxar. É o mesmo sorriso que você vê na face de Buda. (3/3)
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JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO
A maioria das pessoas parece ter uma ideia bastante diferente, fixadas à ideia de que a felicidade é o que as faz sorrir; mas o inverso também pode ser verdadeiro. Em outras palavras, sorrir pode fazer com que seu cérebro acredite que você está feliz, o que pode estimular sentimentos reais de felicidade. Logo, por que não rir, so-rrir e brincar para/com a tristeza, obstáculo ou revés que te desafia para então gerar leveza, alegria, felicidade? (2/3)
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Mirian Goldenberg
Verdade
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JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO
A maioria das pessoas parece ter uma ideia bastante diferente, fixada à noção de que a felicidade é o que as faz sorrir; mas o inverso também pode ser verdadeiro. Em outras palavras, sorrir pode fazer com que seu cérebro acredite que você está feliz, o que pode estimular sentimentos reais de felicidade. O monge zenbudista ensinava que se você quiser relaxar os músculos de seu rosto, contraídos pelas preocupações, medo e tristeza, devia deixar um leve sorriso aflorar em sua face. (2/3)
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Marcia Alves de Pinho
Miriam Doudadaberg, sempre um presente! Brincar, rir, divertir, parece banal, porém essencial!!! Parabéns novamente!
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Mirian Goldenberg
Parece, mas é essencial
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raul pereira
estou relacionando o texto com um filme sobre uma família de macacos. Fiz uma relação de atividades daquele grupo: a) estão sempre em usca de alimentos; b) buscam acasalamento; c) estão sempre brincando ou dormindo. Temos algum parentesco ?
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JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO
Em seu excelente livro Eu, Primata, Frans de Waal relata como primatas não humanos brincam, riem (fazem cócegas uns nos outros), dão gargalhadas, inventam brincadeiras e demonstram outros comportamentos interessantes como empatia e respeito.
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Mirian Goldenberg
Será?
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MILTON DOLL
Rir é um ato de resistência. Prometeu bem poderia ter dito ao final: eu rio. Resistência ainda maior em tempos tão mal-humorados , corretos e moralistas.
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Mirian Goldenberg
Tempos tristes
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Alexandre Marcos Pereira
Recentemente, acompanhei os últimos momentos de um familiar querido. No leito do hospital, envolto pelo zumbido constante das máquinas que monitoravam seus sinais vitais, ele olhava o teto, como se buscasse respostas nas rachaduras que o tempo esculpira ali. A luz suave do entardecer filtrava-se pelas cortinas, acariciando-lhe o rosto com uma ternura que ele já não sentia há tempos. Era um homem idoso, seus dias contados, cada respiração uma lembrança da finitude que se aproximava. Triste!
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filipe moura lima
Não estou sendo generoso, Alexandre, mas justo. Gosto de ler bons textos e os seus são ótimos. Obrigado pela atenção.
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Mirian Goldenberg
Alexandre, continue sempre escrevendo: escrever é brincar e chorar com as palavras
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Alexandre Marcos Pereira
Caro Filipe, seu comentário tocou profundamente meu coração. Saber que meu despretensioso comentário ressoou tão fortemente em você e ser comparado ao trecho de um bom livro é uma honra imensa. Seu incentivo é uma verdadeira motivação para continuar colaborando e compartilhando meus singelos comentários com os leitores da Folha. Palavras como as suas são o combustível que alimenta a paixão pela escrita e a vontade de seguir adiante. Agradeço de coração pelo apoio e pela generosidade das palavras
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Alexandre Marcos Pereira
Querida Mirian, receber seu gentil feedback foi uma das maiores honras que já experimentei. Saber que alguém com sua sensibilidade e conhecimento apreciou meu despretensioso comentário tocou profundamente o meu coração. Escrever é, para mim, um ato de compartilhar a alma com os leitores, e suas palavras me mostraram que essa conexão foi alcançada. Suas reflexões, muitas delas calcadas em dolorosas experiências pessoais, sempre foram uma fonte de inspiração para mim. Por isso, muito obrigado.
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Mirian Goldenberg
Fiquei emocionada aqui
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filipe moura lima
Seu comentário é tão forte, que até parece trecho de um bom livro. Escreva mais; escreva sempre.
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Elienai Araújo
Incrível como a leveza de humor, a sutileza pra captar nuances, a capacidade de se autoironizar e autodebochar (com o equilíbrio devido) e o cultivo do saber rir (brincar com) das próprias "mancadas" e imperfeições, bem como da vaidade humana, tudo isso faz com que alguém se destaque tanto que chega ao ponto de incomodar muita gente.
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Mirian Goldenberg
Verdade
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JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO
Escapa de muitas pessoas que demonstrar resistência a algo tem como contrapartida a aceitação de outra(s), daí ver o singelo ato de rir como uma oposição mas também como uma abertura. Mas daí surgem 2 questões: "Será que fortalecemos ou damos continuidade ao que resistimos por medo/aversão, pois isso funcionaria como uma mecanismo de defesa? Ou seria diferente quando essa resistência (reação) nasce com um sorriso, com uma certa dose de humor?"...
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Mirian Goldenberg
Acho que o mais importante é a decisão que tomamos de como enfrentar os obstáculos, desafios e adversidades: com ódio ou com amor
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Amarildo Caetano
Rir é o melhor remédio. Adriano Suassuna disse :Quando estou me levando excessivamente a sério solto o palha ço que há em mim.
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Mirian Goldenberg
Verdade, Amarildo. É preciso soltar o palhaço que existe dentro de nós para podermos rir das almas sinistras, como escreveu Marco Aurélio, dos invejosos, dos mesquinhos, dos arrogantes e dos odiadores de plantão
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JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO
Bem oportuno abordar o ato de brincar numa época em que muitas pessoas escolhem formas negativas de interagir com as outras. Essa prática bem natural não é exclusiva dos humanos, podendo ser encontrada em diferentes espécies. Nem se restringe a uma fase da vida deles, pois tanto os mais jovens como os adultos costumam divertir-se entre si. A ludicidade é tão espontânea nas crianças que elas brincam inclusive quando estão sós. Aliás, muitos adultos têm boas lembranças das suas brincadeiras...
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JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO
Acredito que todos os animais tem esse atributo lúdico dentro de si, como se fosse uma semente que em alguns pode ser mais fraca e em outros mais forte. Macacos, gatos, cães, aves brincam bastante, mas humanos são estimulados a fazê-lo apenas numa fase da vida talvez por razões culturais. Essa semente não morre, está lá dentro de cada um deles, basta regá-la para que volte a aflorar e se torne mais forte...
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Mirian Goldenberg
Estou pesquisando a importância de brincar na vida adulta e na velhice. Rir com os amigos e amigas e, principalmente, rir de si mesmo tem um efeito terapêutico e curativo, não é mesmo?
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Gabo Franca
"Rir é um ato de resistência". Nos anos 80 diria que a frase tem a profundidade de um comercial de margarina. Hoje, de um post de tik tok. Kkk, só rindo!
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Vito Algirdas Sukys
Minha netinha, de seis anos, gosta que eu invente estórias absurdas, que ela acha engraçadas. Exemplo: um menino andava pela rua quando viu uma cacatua dançando. Tentou pegá-la, mas ela soltou um pum explosivo que o lançou na Lua, porém essa estória continua. Daí ela assume inventando coisas fora do comum e dá gargalhadas. Outro dia ela me pediu: vô, vamos brincar de contar aquelas estórias loucas? Vamos, sim, você começa:"tinha uma menina passeando no parque,ela escorregou numa casca de banana
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Mirian Goldenberg
É maravilhoso poder brincar, especialmente na velhice
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LUIZ GONZAGA SILVA
Lindo texto, D. Miriam! Eu sempre advoguei essa maxima: Rir é o melhor remédio!Tenho pena das pessoas sérias, sisudas, que não acham graça em nada! A vida deve ser muito dura e tristes para elas! Seu artigo é um bálsamo de esperança e vontade de encarar a vida pelo lado mais otimista e produtivo! Parabéns!
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Mirian Goldenberg
Fico muito feliz Luiz, estou escrevendo sobre a importância de brincar em vez de brigar, de transformar em vez de destruir e de amar em vez de odiar. Vou escrever mais em breve sobre o que estou aprendendo com meus amigos nonagenários
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Amarildo Caetano
Frase de Ariano Suassuna:Quando eu vejo que estou me levando excessivamente a sério, deixo o palh aço que tenho dentro de mim dá uma cambalhota . É sempre um prazer ler sua coluna , Mirian.
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Mirian Goldenberg
Adorei Amarildo, meu palhaço interior precisa urgentemente aprender a dar cambalhotas e não dar valor às almas sinistras, como escreveu Marco Aurélio, que só existem para odiar
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Luz Heli Maria de Paiva Oliveira
Que lindo arremate para um texto fundamental. No contexto em que vivemos o que mais se prega é a alta performance e a competitividade e por isso a humanidade está ficando tão desumana. Na altura dos meus 54 estou fazendo doutorado em educação e para desestressar gosto de jogar peteca. E você?
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Mirian Goldenberg
Ler, escrever, estudar, pesquisar, filmes e seriados, caminhar na areia
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