Giovana Madalosso > Escritoras gaúchas descrevem o indescritível Voltar
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Todo gaúcho teve a alma afogada nessa tragédia. Em cada casa atingida, uma história de vida que escoa rio abaixo. Novas histórias brotaram das ruinas nas raÃzes desse povo guerreiro. Homens, mulheres e crianças que vararam dias e noites com água no pescoço a espera do resgate. Muitos se foram. Os que ficaram, em pedaços, mas vivos, entraram para a história como exemplos de compaixão e solidariedade. Que seu exemplo inspire novas e melhores façanhas daqui pra frente...
A literatura certamente terá o alu vião como cenário des olad or para muitas estórias. Um antecessor das escritoras, Mario Quintana, também deixou seu registro, assim encet ado: ¨A enc hente de 1941. Entrava-se de barco pelo corredor da casa velha de cômodos onde eu morava. TÃnhamos assim um rio só pra nós¨.
Nossas "casas", as do entorno e as de nosso Ãntimo, submergiram, desapareceram. Hora dos lutos, do ressurgir esperançoso e do difÃcil retorno para um estranho diferente . Não só nosso, mas de todos os brasileiros para quem a tragédia expôs o que já estava anunciado.
Ótimos os textos. Pena que o pano de fundo é tão triste.
Agradeço por esses relatos. Sinto pelas perdas e dores. Parabenizo pela iniciativa de ceder espaço a essas mulheres.
Pelo que ouvi de amigos e parentes conterrâneos ainda foram parcimoniosas nas descrições. Que Deus dê a todas a força e resiliência do meu povo.
Generosidade. Sobre os relatos, há uma constatação que é impossÃvel não relacionar: infelizmente, há muitos " humanos " que se alimentam do caos. Esse é um despertar de consciência que se impõe na hora do voto. E que a Literatura possa contemplar as experiências negligenciadas.
Se eu pudesse abraçava todas vocês. Não tenho o que dizer desses relatos sinestésicos que a generosidade da Giovanna tornou possÃvel. Há uma força de reconstrução atávica no RS. Gente que veio para se refazer, gente que estava para resistirÂ… desejo que vcs se refaçam e sejam um tipo de Japão depois de Hiroshima. Força, meninas.
Fico imaginando o que é acordar com o som da chuva. Aquele som constante, uma batida monótona que, de tão familiar, se tornou parte da vida dos bravos gaúchos. Mas, naquelas madrugadas, a música da chuva se transforma em sinfonia de desespero. O vento uiva como uma alma perdida, e os trovões como canhões em uma guerra distante. As ruas irreconhecÃveis, transformadas em rios violentos que arrastam tudo em seu caminho. Rios que já tinham sido fontes de vida, viraram monstros.
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