Ào mesmo tempo que se estabelecia o tegime de metas, também havia superavit primário. Na minha opinião esse é o fundamento. O BC faz ajuste fino, mas não tem como segurar a inflação só com taxas de juros.

'como aquelas ideias poderiam ter estado ocultas quando eram óbvias' - citação descarada de 'Um Índio' de Caetano Veloso, que recomendo ouvir na versão de Zé Ramalho.

Sim, começava lá a nobreza dos proprietários de expectativas. Sabe a história dos maiores juros reais sobre inflação de 3,7% (o assombro teatral sobre 0,7%) na oitava maior economia do mundo? Então, estamos todos convidados a comemorar!

Sim, devemos lembrar! Não há registro de financeirização tão desastrosa como a q se viu por aqui entre 1992 e 2002. A paridade deveria ter acabado logo em 95 ou 96, após um grande plano d investimento e regulamentação padrão OCDE sobre mercado financeiro. Mas àquela altura não havia ainda o grande acordo pela reeleição. Vejam o q foi preciso elevar d carga tributária em.8 anos FHC e digam se aquilo foi sucesso. Em 3 anos de Lula o país era outro. Djavu?

Episódio também.conhecido como financeirizacão descuidada. Foi aí calango virou mistura e cacto fez as vezes da guarnição. Entre 92 e 2002 reduziram a pó um dos maiores parques industriais do mundo. Até hj China e Índia dão os últimos passos na abertura estratégica (conversão e sofisticação dos setores menos competitivos antes da exposição completa), mas aqui somos convidados a comemorar o niver do cavalo de pau mais trágico da história econômica mundial. Compare médias d inflação de FHC e Lula.

O preço disso é renunciar a uma parte substancial do controle democrático sobre os rumos da economia. Um "deficit democrático". O mercado financeiro, na prática, assume o controle da situação. Os instrumentos do Estado para induzir o desenvolvimento ficam mais limitados. Ninguém quer a inflação de volta. Mas não estamos crescendo, temos juros estratosféricos e o jogo democrático ficou esvaziado. Talvez seja inevitável. Mas não vamos brincar de Poliana. Há um preço, sim.

Exato! Arminio Fraga é um homem de visão. Ao implementar essa política de transferência de renda dos pobres para os mais ricos, sabia que estava criando uma casta de famintos e miseráveis. Como sempre soube que pobre fica doente e que no Brasil a saúde tem um orçamento de quase 10% do PIB, criou uma empresa chamada IEPS que explora a datificação da saúde, última moda de como ganhar muito dinheiro dos pobres, através da transformação das doenças em ativos. Belo artigo!