Blogs Cozinha Bruta > Açaí de São Paulo invade a Amazônia Voltar
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Essa é a área mais turÃstica de uma Manaus cosmopolita. Generalizar os costumes da região Norte é um erro, como afirmar que Rio e SP não os mesmos por estarem no Sudeste. No AM o consumo do açaà é com tapioca e, à s vezes, açúcar. A diversidade reflete a capacidade da cidade de acolher diferentes culturas e adaptar-se a elas, mas sem perder suas tradições. Portanto, não é uma "colonização", mas sim um exemplo de como abraçar sua identidade cosmopolita enquanto preserva suas tradições regionais
O açaà pertence a pessoa que o vai consumir, logo tudo vale. Porém de fato no Pará nem açaà congelado se compra. É comprado pela manhã, tirado na hora para ser consumido no mesmo dia. Em geral a coisa acontece da seguinte forma, o habitante da cidade o consome com tapioca e açúcar. Já o ribeirinho o consome sem açúcar, com farinha acompanhado de peixe frito, camarão seco, charque, etc. Um não compreende o outro. Granola/guaraná ainda é heresia (por enquanto).
Sou amazonense e manauara e aqui o açaà sempre foi consumido gelado, com açúcar e farinha de tapioca. Jamais ouvi falar de açaà acompanhando peixe. Isso deve ser hábito dos paraenses. E é quase um creme, denso e maravilhoso
Poi Zé, Marcão, valia a pena aquilatar o quanto esse "ricochete" substitui a forma tradicional de consumo - parte importante da cultura local - e o quanto acrescenta, sem matá-la. Agora, quanto à exportação do produto, bem, não vejo mal em adaptá-lo à cultura do recebedor: em se respeitando o local de produção/extração, sua população e modos de vida, vamo que vamo. Por que é que o paulista ou gringo deve comer o ingrediente da mesma forma que o amazônida? Era bom conhecer, verdade.
NotÃcia velha. O açaà “frozen” convive com o açaà à moda tradicional há muitos anos em Manaus. E o “frozen” do Norte nem se compara com o aguado que vendem nas outras regiões do Brasil. Além disso, em Manaus não há a tradição de comer açaà com peixe. O “tradicional” é comer com farinha de tapioca e, muitas vezes, adoçado com açúcar. É diferente de Belém.
O Amazonas não tem a mesma cultura e tradição de açaà que o Pará. Desafio a fazerem uma matéria semelhante em Belém. Dar um açaà à moda do Sudeste para um paraense é o mesmo que dar um chimarrão com açúcar para um gaúcho ou um tereré. A exceção são os paraenses do sul do estado.
Tudo vai se massificando e plastificando até que tudo não tenha gosto de nada e a origem desconhecida.
Essa é a distopia, né, Luis? Aquilo que faz a grande indústria alimentÃcia quando "pasteuriza" um ingrediente. Mas não precisa, necessariamente, ser assim - daà a discussão.
Na minha infância em Manaus o açaà era consumido em temperatura ambiente, com farinha e açúcar. Era muito bom.
Açaà com banana em calda deve ser mara.
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