Ruy Castro > Adeus ao papel Voltar
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Os comentários alegraram meu fim de tarde de sol aqui no sul. Mas eu compro livros, leio, sublinho e anoto as coisas relevantes ou que desconheço e depois, eles vã para a biblioteca da nossa Universidade federal do rs. Sou jurássica, lia nosso amiguinho, lia clássicos em fotonovela, gente, li Manon Lescaut e Os Miseráveis em fotonovela, juro ! e vida de santos em fotonovela, na famÃlia cristã . Momentos maravilhoso que devo ao papel. Abraço, Benassi .
É, este fechamento da coluna de hoje me obriga a uma confissão. Admito que ando vendo e ouvindo muito mais - videoaulas, entrevistas, filmes, documentários, cursos, o diabo - do que lendo livros. Rendo-me aos fatos. Hoje, aprendo e atualizo-me muito mais sem documentos fÃsicos. Até Pessoa, Manoel de Barros, Drummond, consumo tudo por vÃdeo. Rendo-me.
O desaparecimento do papel-moeda tem suas vantagens, entre elas a eliminação do troco nas transações digitais (quem trabalhou no comércio sabe a dificuldade de obter moedas), etc. A desvantagem é sobretudo para os pedintes; hoje, ninguém atravessa o centro de uma cidade de porte médio sem ser abordado por gente pedindo dinheiro. Como farão no futuro? Andarão com a maquininha? Há um nefando pastor evangélico, cúmplice do Demo, que resolveu isso há tempos: tosquia o seu rebanho até com o cartão.
Livros prefiro fÃsicos ,a bateria não acaba nunca ,ainda faço anotações nele .
Por isso q continuo sendo favorável a Morte, para dar lugar a gente q venera inovações e despreza hábitos ou costumes sedimentados. Quanto mais velhos mais trabalho d luto somos obrigados a fazer todos os dias d gente, d jornal papel, d conversas presenciais, etc. Há quem finge preferir ler jornal digital. Escolas suecas estão retornando aos livros d papel, pois ler nas telas não produz aprendizagem como ler e escrever com cadernos e livros.
Li seu comentário na tela do computador, onde ando lendo jornal nos últimos trocentos anos. Advogo sem papel há anos. Acabou-se. Quanto antes nos rendermos, melhor.
Diploma já foi também. Hoje é digital com código pra validar, poucos se dão o trabalho de imprimir. Pra colocar na parede do escritório? Que escritório, que também morreu com todos trabalhando de casa rs
Que saudades eu tenho daquelas manhãs dos anos oitenta. Eu, ainda de pijamas, abria a porta de casa e lá estava ele, o jornal impresso, perfumado de tinta fresca e promessa de informação de boa qualidade. Entre uma xÃcara de café e outra, eu devorava as manchetes, franzia a testa com as notÃcias polÃticas e ria dos quadrinhos na Ilustrada. Ah, que tempos! Mas, como tudo na vida, a era do jornal impresso também precisava encontrar seu final, um pouco melancólico, é verdade, mas inevitável.
Já passei para o virtual muita coisa, inclusive a Folha. Não é o mesmo prazer, mas é mais prático e barato. Agora, livros... ainda tenho prefiro impressos. Com essa vida eletrônica ainda há uma área onde o papel vai continuar reinando e crescendo: embalagens de produtos comprados online!
Papel(?)-carbono. Talvez a IA dê um bom papel higiênico...
Então aquela NF, da compra do carro, vira relÃquia, quanto vai custar? A lauda de um programa como o Cassino do Chacrinha vai valer uma fortuna. Você não mencionou Carteira de motorista, documento de veÃculo, bula de medicamento. Esse papel higiênico o dedo fura ele quando você usa? Se for, esse ajuda na preservação das árvores.
Jornal impresso já é uma excrescência, no meu prédio todos os que assinavam agora lêem on-line. E, de fato, assim como os jornais muita coisa sumindo. Gurizada cada vez menos usa papel. Nossa geração tem lembranças que os que estão nascendo agora acharão risìveis.
Se por um lado as árvores agradecem a provável extinção da necessidade do papel em certificados, diplomas, jornais, revistas , e por ai vai, o nobre missivista esquece que o e commerce aumentou significativamente a necessidade de embalagens, resumindo, as arvores continuam na alça de mira, e piorando
Bom dia, Ruy! Existem coisas difÃceis de abrir mão, como por exemplo, mulher, cerveja , cachaça, e os de papel...Livro , jornal e o por último, mas o mais importante , Papel higiênico..alguém consegue usufruir a vida Kagado?
Nunca li tanta bobagem
"Tudo vale apenas, inclusive ler crônica como do Ruy Castro, mas se a alma não é pequena". Adaptado o poema d Fernando Pessoa. Sugestão: consultar quem foi o poeta.
Você vai se encontrar na revista Oeste ou na Gazeta do Povo. Dá uma chegadinha neles.
Sobre o papel higiênico, li outro dia que estão incentivando o uso de folhas de boldo. Dizem que limpa e deixa um perfume bom no fiofó.
Em casa tenho um pé de boldo e a minha neta batizou ele de "Pé de Remédio". 'sas crianças!
Deve ser delicado, tem penugem. Inda é capaz de ajudar na rebordosa! Hahahah!
Os diplomas já são digitais e assinados digitalmente. Sem papel. O que me preocupa é a assinatura. Não essa do diploma. Mas a assinatura por foto - a da pessoa ou a da assinatura -, aquela estranha feita no Tablet...
Ótimo. A do saquinho de pipoca é perfeita!
Eu creio que o uso do papel diminuir, mas não acabará. É notório que nas cidades, todo mundo tem celular, ou computador mas eles não substitui o papel por completo. Quanto ao papel higiênico, eu não usei ainda, mas já ouvir falar que há tecnologia para limpar o fiofó sem papel. A faxineira agradece...
Uai, Ruy, não perde por esperar: daqui a pouco sai o aplicativo ÚndaLimpa, com o qual você fotografa o Labo e ele remove digitalmente a sujeira. Daà fulano sai do banheiro de Ú sujo, mas feliz da vida. Não parece eculógico? Hahahahah!
Hahahahah, Geraldo, benza'Zeus, vamo que vamo.
Benassi...brigadu por cumeçar a semana com esse humor bão por dimais. Valeuuuuu
Putz Marcos! Vou guardar até o teu comentário.kkkkkk
Caro Ruy, esquecestes dos documentos, dos processos e petições 'on line' e do papel moeda, já que pelo celular vale tudo, se aceita tudo e se faz tudo. Putz! Tem até quem faz 'séquiço' pelo celular!
Caro Marcão, taÃ, se não inventaram deve estar quase: um telemóvel que vira vibrador, ou vice versa!
Caro Hélio, peralá: onde é que o papel entra nessa história de séquiço? Tirante, óbvio, no eventual cinco-contra-um(a) de caráter conservador, olhando fotos impressas.
Sempre li muito. Ganhei um Kindle (que jurava que nunca iria gostar) e não só gostei como hoje leio como nunca antes!!!
Adoro ler jornal papel. On line não tem graça. Assim como livros. Leio no metrô e antes lia no busão. Alguns livros peço para minha irmã encapar, porque idosinha, tenho a cara a zelar. Terminei de ler a Outra Biografia de Rita Lee,amanhã iniciarei a sua biografia.Na alcova leio livros pequenos: estou a ler um policial, Simenon, que pedi emprestado para uma vizinha. No celular? E o medo de alguém furtar?
Caro Ruy: é verdade. Quase tudo já está ao alcance dos olhos e sem papel. Leio muito nas telas de celulares, de notebooks. Mas um bom livro tem que ser lido com o calhamaço na mão. Não abro de ter o livro ao alcance da mão.
Corrigindo: não abro mão...
Quem está acabando é o leitor de livros fÃsicos.
Aprecio muito entrelinhas.
Jamais, seria acreditar na vitória da estultice.
Triste vaticÃnio que já vem se confirmando: os leitores desaparecerão antes dos livros. Sobre o papel insubstituÃvel, nem o saco de pipoca está seguro. Já existem baldes de plástico belÃssimos para comportar as pipocas - belÃssimos e carÃssimos.
Xará, prezado, quedê bidê? SubstituÃdos com vantagens pela duchinha, já Elvis. Se bem que, tempos atrás, morando em apartamento novinho em Portugal, eu tinha um bidê em casa. Que não soltava água na vertical, mas, maliciosamente, na transversal - requeria ajuste angular do fiofó.
Diante disso a esperança do papel parece residir toda no higiênico. Se não tem das tarefas mais nobres, com certeza é das mais úteis. Mas os rolos que fiquem atentos com a sabotagem do bidê - ou da folha de bananeira.
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