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  1. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

    70% dos idosos sofrem acidentes dentro de casa e entre as principais causas estão: diminuição da acuidade visual e queda na massa e força muscular. Mas, em vez de penalizar o idoso por causa de tais acidentes, sua família pode fazer adaptações ambientais (reconfigurar o ambiente), realocar utensílios (evitar quebras) e garantir mais equilíbrio e estabilidade na sua mobilidade cotidiana.

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  2. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

    A discriminação contra os idosos devido a estereótipos negativos e imprecisos está tão enraizada na nossa cultura que passa despercebida. Pessoas de todas as idades não só discriminam os idosos, mas também a forma como expressam isso muda ao longo da vida, podendo resultar em diferentes tipos de violência. Na prática, são atitudes cotidianas baseadas em estereótipos desumanizantes e ultrapassados que acabam levando ao isolamento e à marginalização da população idosa.

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    1. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      A forma como o envelhecimento é retratado nos meios de comunicação — doença, catástrofe, declínio de valor pessoal — é muitas vezes desdenhosa e discriminatória. Afinal de contas, em certas sociedades ainda prevalece o padrão cultural (mito) de que os idosos são todos rabugentos, teimosos ou ultrapassados, embora muitos sejam ativos, engajados e tenham muito a oferecer em termos de sabedoria e experiência de vida, aptos a dar contribuições em todos os aspectos da sociedade.

  3. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

    Diferentes avanços parecem dar uma resposta otimista a pergunta: "O envelhecimento pode ser curado?", mas mesmo que cada vez mais pessoas atinjam e até ultrapassem o que se acredita ser o tempo máximo natural de vida humano, de 120 a 125 anos, como impedir que elas continuem a ser alvo da negligência (familiar) entre outras violências? O Estatuto da Pessoa Idosa, o Disque 100 e a campanha Junho Violeta bastam?

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    1. Mirian Goldenberg

      Se fossem respeitados, melhoraria muito a nossa vida

    2. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      O canal Disque 100 registrou aumento de 14% no primeiro semestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior. Nos 6 primeiros meses de 2024, foram registradas mais de 74 mil denúncias de violência. No entanto, há ainda muita alienação sobre os direitos desse público e como ele pode se proteger contra golpes e fraudes. Entre as diversas formas de violência, as de origem financeira e patrimonial se destacam como as mais frequentes, causando danos materiais e emocionais significativos.

    3. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Neste 15 de junho...

    4. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      No 15 de junho é celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, um ação instituída pela ONU. Diversas ações são realizadas para sensibilizar a população sobre o tema, incluindo a campanha “Junho Violeta”. No Rio de Janeiro, além da iluminação no Palácio Tiradentes e do Cristo Redentor, haverá mobilização no Largo da Carioca e audiência pública para discutir violações de direitos das pessoas 60+.

  4. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

    Para o historiador israelense Yuval Noah Harari, o avanço científico está se acelerando de tal modo que no horizonte de duas ou três gerações a espécie humana terá se libertado não só da escassez e da violência, mas extraordinariamente da própria morte, no sentido de que a reprogramação genética e a fusão entre humano e máquina virem a propiciar longevidade indefinida.

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    1. Mirian Goldenberg

      Espero viver para acompanhar esses avanços

    2. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Mirian, você disse que queria viver para ver tais avanços, mas alguns deles já são realidade...

    3. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Uma nova forma de editar o DNA humano pode corrigir até 89% de erros genéticos que causam doenças. A tecnologia, conhecida como "prime editing" ("edição de qualidade"), é capaz de reescrever o DNA com precisão. Os cientistas já usaram tal técnica para corrigir falhas genéticas que provocam anemia falciforme, fibrose cística e doença de Tay-Sachs. Além dessas 3, eles publicaram em outubro/2019 um artigo científico na revista Nature que indica outras 175 falhas que podem ser corrigidas.

    4. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Em junho de 2023, a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) testou um exoesqueleto robótico. Tetraplégica há quase 30 anos, o equipamento a fez andar novamente durante visita aos Estados Unidos e foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS), em São Paulo. Cada exoesqueleto custa por volta de US$ 176 mil (R$ 871,5 mil reais) no exterior.

    5. Mirian Goldenberg

      Queria viver para isso

  5. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

    Os avanços científicos e tecnológicos permitirão impressão de órgãos em 3D, diagnósticos e medicamentos personalizados, edição genética (CRISPR), reprogramação epigenética, uso de senolíticos, uso de próteses e exoesqueletos robóticos, cirurgia robótica remotamente assistida, medicina regenerativa entre outras inovações. Iremos conseguir reprogramar os mecanismos genéticos, moleculares e celulares que tornam a idade o fator de risco dominante para certas doenças e condições degenerativas.

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    1. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Alguns desses avanços já estão disponíveis mas custam bem caro!!

    2. Mirian Goldenberg

      Queria viver tudo isso

    3. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Será que a violência vai diminuir diante de tantas melhorias? Em seu livro, "Os Anjos Bons da Nossa Natureza", o psicólogo evolutivo Steven Pinker demonstrou como a violência vem se reduzindo nos últimos séculos, e despencou na segunda metade do século 20. No ano de 2002, por exemplo, mais pessoas morreram por suicídio (873 mil) do que a soma de mortos em conflitos armados, crimes comuns e atentados (741mil).

    4. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Inúmeros estudos indicam que os profissionais de saúde passarão a ser, principalmente, validadores das soluções propostas pela Inteligência Artificial (IA), geradas pela coleta e análise de um grande volume de dados globais, empregando algoritmos definidos por especialistas.

    5. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      A saúde de cada indivíduo será também constantemente monitorada por intermédio de "wearables" (roupas, relógios, pulseiras, óculos e smartphones), capazes de detectar anomalias antes destas serem sentidas por quem faz uso deles, acionando automaticamente centros médicos, especialistas de saúde além de prescrever soluções antecipadamente.

    6. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Todavia, esse aumento da qualidade da saúde e da longevidade populacionais exigirá que a sociedade reveja seus padrões culturais sobre o idoso, as políticas de saúde pública e de seguridade social tenham que se adequar a um perfil demográfico com idades centenárias.

  6. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

    A chegada de novas tecnologias à população, alcançando tanto às camadas mais abastadas quanto às mais pobres, causará um grande impacto na longevidade de toda a sociedade. Em vez de termos três ou quatro gerações atuando simultaneamente no mercado de trabalho, passaremos a ter cinco ou seis gerações, exigindo a necessidade de constante formação e aumento considerável dos gastos sociais.

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    1. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      A chegada de novas tecnologias à população, alcançando tanto as camadas mais abastadas quanto as mais pobres, causará um grande impacto na longevidade de toda a sociedade. Em vez de termos três ou quatro gerações atuando simultaneamente no mercado de trabalho, passaremos a ter cinco ou seis gerações, exigindo a necessidade de constante formação e aumento considerável dos gastos sociais.

    2. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Os avanços da ciência, tecnologia, saúde, nutrição e estilos de vida mais saudáveis já permitem vislumbrar uma nova fronteira para a longevidade humana, alcançando a vida centenária. No entanto, tudo isso contrasta com a violência doméstica e intrafamiliar contra os idosos que vem aumentando nas últimas décadas.

    3. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Sociedades e empresas terão de se adaptar a uma realidade com expectativas de vida tão longevas, deixando de olhar para o envelhecimento da população como uma fonte de problemas. Os avanços tecnológicos já permitem que a medicina deixe de estar centrada na cura e se volte para a prevenção de doenças e o prolongamento da vida humana. Quem nasce hoje poderá viver até aos 150 ou 200 anos, sobressaltando as estruturas sociais e governativas desenhadas desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

    4. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Embora a visão dominante das consequências do envelhecimento populacional seja bastante pessimista, o cenário atual apresenta tendências emergentes que apontam na direção contrária. O principal equívoco daqueles que projetam uma "sociedade do envelhecimento" com amplos contingentes funcionalmente excluídos, está em considerar que o aumento da longevidade levará à manutenção da mortalidade per capita e da maneira dominante de lidar com a própria saúde.

    5. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Aliás, os anos a mais que são angariados aos idosos, em função dos avanços da medicina e a adoção de hábitos saudáveis garantem uma boa qualidade de vida na terceira idade. Na prática, essa transição da sociedade do envelhecimento para uma sociedade da longevidade denuncia uma cultura de preconceitos e práticas etaristas. O etarismo, também conhecido como ageísmo ou idadismo, envolve estereótipos e uma visão discriminatória em relação as pessoas com base na sua idade.

  7. Raymundo de Lima Lima

    Mirian e todos os cronistas tem direito d escrever qualquer assunto. É o sentido d crônica. Brasileiros hipócritas é isso: não querem ler-escrever-pensar sobre idosos, sobre a condição d mulher, sobre aborto, sobre desigualdade social-econômica, sobre demonios vestidos d bons religiosos, sobre extrema-direita nazifascista, sobre guerras, sobre epidemias, sobre responsabilidade d clima, sobre trabalho escravo, sobre fome, etc. Abaixo a hipocrisia d avestruz.

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    1. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Bravo Raymundo! Sempre há aqueles que abominam o debate, ávidos em demonstrar seu desinteresse pelo pontos de vista alheios. Querem calar os que teimam em dialogar, pois acreditam que só as suas certezas são as únicas que são corretas, bem como que todo novo aprendizado deve confirmá-las. Na realidade, temem a diversidade de perspectivas, uma vez que ela poderia expor a sua vasta ignorância.

    2. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Bravo Raymundo! Sempre há aqueles que abominam o debate, que demonstram seu desinteresse pelo pontos de vista alheios, que qpois acreditam que só as suas certezas são as únicas que são corretas, bem como que todo novo aprendizado deve confirmá-las. Na realidade, temem a diversidade de perspectivas, uma vez que poderia expor a sua vasta ignorância.

  8. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

    Depois de reler os últimos artigos da Mirian empaquei numa dúvida do tamanho do Jotalhão: "A Mirian está mais Mônica ou a Mônica está mais Mirian?".

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    1. Mirian Goldenberg

      Acabei de escrever um livro sobre meu amor incondicional pelos meus amigos de 98 anos. Nele, sou totalmente Mirian

    2. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Mirian/Mônica, adorei suas respostas...

    3. Mirian Goldenberg

      Acho que um pouquinho mais de Monica, apesar ou justamente por causa da Mirian

    4. Mirian Goldenberg

      A Mirian está buscando ser mais Mônica, mas falta muuuiiiittttoooo

    5. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Pra quem não entendeu a brincadeira, ver artigo da Mirian/Mônica de 20/03/24 com o título: Como envelhecer com mais autonomia, coragem e propósito...

  9. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

    O potencial de malignidade reside no próprio agressor como veneno e o acompanha onde for. Mas as agressões não surgem do nada, existindo mais causas do que acasos. Daí a violência (contra o idoso) não se restringir as ações de quem golpeia, podendo ser encontrada nos pensamentos e palavras de quem agride. Embora os ataques contra alguém aconteçam em qualquer hora e lugar, não é difícil localizar seu verdadeiro agente: a maldade interior.

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    1. Mirian Goldenberg

      O prazer sádico de destruir, de se sentir superior, de exercer o poder de dominação. Triste ver que isso acontece dentro das próprias casas e famílias

    2. Galdino Formiga

      Você é idoso?

    3. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Como dizem os franceses: "Vive la différence!!"

    4. Galdino Formiga

      Discordo. Você já é idoso?

    5. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      O Buda disse: algo só sobrevive ser for alimentado, mantido e perpetuado.

    6. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      A maldade interior - este potencial de desumanidade - precisa ser cultivado, assim como o veneno da cobra tem de ser novamente fabricado depois de cada bote que alcançou uma presa. De modo semelhante, o agressor vai abastecer a sua "bolsa de desumanidade" para que possa atacar suas vítimas, em qualquer hora e lugar. Então, como alguém produz esse veneno? Com pensamentos (palavras e imagens)? Com ações vis? Com emoções perturbadoras? Com sentimentos ruins?

  10. Alexandre Cunha

    Parabéns Miriam, continue escrevendo e denunciando sobre nós idosos, principalmente quando temos alguma deficiência, somos quem fez este país ser o que é, com estradas, portos, moradias, indústrias, somos empregadores , somos quem transmite experiência, somos os que tem poupança, e ainda somos alijados da sociedade.

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    1. Mirian Goldenberg

      Sempre Alexandre

  11. ERMELINDA SANTANA MATOS

    Linda Mirian , muito obrigado por escrever sobre velhos e velhice .

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    1. Mirian Goldenberg

      Ermelinda, juntas

  12. Kiko Mazziotti

    Prezada Miriam, se quiser ajudar ainda mais os velhinhos e velhinhas, faça um grande barulho para que a Revisão da Vida Toda seja aprovada, ao menos para os 100 mil idosos que já ganharam as ações e foram apunhalados pelo STF (principalmente pelo advogado de Lula, Cristiano Zanin), novo partido político que faz parte da base do governo. O STF não respeita nada nem ninguém, incluindo as injustiças do passado que podem ser corrigidas. Eles só esperam que os velhinhos morram e parem de reclamar.

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  13. Ivan Zacharauskas

    Cara Mirian, não me leve a mal, mas acho que você poderia aproveitar a deixa do leitor e fazer uma enquete humorística, algo paralelo e que anime a turma, sobre o que eles e elas diriam sobre a tal da rebimboca da parafuseta. Uma tia minha já me contou hipóteses hilárias sobre a rebimboca e a parafuseta dela!... E depois dançar um tango comigo, claro! Beijão, Ivan

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    1. Ivan Zacharauskas

      Cuide-se bem, moça! Você é demais! Abraços, Ivan

    2. Mirian Goldenberg

      Adorei a ideia Ivan. Vou fazer

  14. Tadeu Humberto Scarparo Cunha

    Cara Mirian mais um ótimo texto sobre a violência contra a velhice no Brasil país este pródigo em quantidade de leis jamais cumpridas,eu lhe agradeço por escrever sobre esse assunto, pois o jovem algoz de hj será o velho vítima de amanhã.

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    1. Mirian Goldenberg

      Verdade Tadeu

  15. neli faria

    Há uns tempos, no escritório, trabalhando para o bem do Planeta, ouvi a conversa de três estagiárias: eu não quero ficar velha. E a outra nem eu.. Então respondi: que ótimo,não ficarão velhas. Em todos os cemitérios do mundo existem Jovens eternas.E certa época, passando com a Camisa do Santos na Praça da Sé, um moço: só velho torce para o Santos. Respondi de bate pronto: meu time não mata ninguém do coração. E o senhor que morrerá em seis meses!Veio a Pandemia... será que ele ficou com medo?

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    1. Mirian Goldenberg

      Será?

  16. Sinésio Brito

    Gosto quando você escreve sobre os idosos afinal estou chegando aos 60 e apesar da sociedade considerar essa idade como idoso eu não me sinto um.

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    1. Mirian Goldenberg

      Nem os meus amigos nonagenários se sentem, Sinésio. Velho é sempre o outro

  17. Vito Algirdas Sukys

    Tudo o que você faz exige coragem. Não é fácil entender a coragem. Platão e Aristóteles deram respostas. Qualquer coisa que você faça, você precisa de coragem; sempre há alguém para lhe dizer que você está errado. Há o receio de que seus críticos estão certos, mas quem tem coragem traça o mapa das ações a serem feitas até o final, isso exige a coragem de homens e mulheres valentes e corajosas. Defender os mais velhos exige coragem.

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    1. Mirian Goldenberg

      Como me ensinou meu melhor amigo de 98 anos: tem que ter coragem, Mirian, coragem.

  18. Marenildes Pacheco da Silva

    As vezes achamos que ao ignorar o tema velho, ele desaparece. Agora quero saber onde estão os cumprimentos da lei que dispõe a obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar à pessoa idosa, principalmente do poder público. Minha mãe teve Alzheimer, a casa dela foi atingida pela enchente de 2021 e nem a fisioterapia do posto médico local nem a ajuda prometida pelo governador as vitimas da enchente chegaram até ela (na bahia). Lei sem fiscalização de nada adianta

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    1. Mirian Goldenberg

      Precisamos fazer com que o Estatuto seja respeitado

  19. Tersio Gorrasi

    São palavras ao vento, inúteis. Só um desabafo mesmo, pois essa violência (não só contra idosos, diga-se de passagem), existe, sempre existiu e sempre existirá. O problema na verdade está no conflito de gerações, em que muitos idosos não conseguem evitar pq se fixam no retrovisor do passado (no meu tempo não era assim, etc). Os que evoluem e acompanham as novas gerações, com mais empatia e compreensão, se dão muito melhor

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    1. Galdino Formiga

      Argumentação absurda apenas para gerar discussão.

    2. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Acho que para quem diz serem inúteis a verbosidade da Mirian/Mônica, faltou então tomar o remédio indicado por ele: mais empatia e compreensão.

    3. Tersio Gorrasi

      Paulo, ou a própria colunista, se forem capazes citem números: Quantos casos de violência contra idosos deixaram de ocorrer após as constantes falas dela? Quantos idosos compreensivos e simpáticos com os jovens sofreram abusos comparados com aqueles que só se queixam deles? Vamos lá, estou esperando...

    4. Paulo Oliveira

      O leitor Tersio, assíduo nos comentários da Folha, propõe uma reviravolta no argumento da pesquisadora. A lógica dele é: se os idosos pensassem como os jovens, não seriam agredidos. Ou seja, sofrem violência porque se fixam "no retrovisor do passado". E ainda diz que o texto traz somente "palavras inúteis". Mas, como dizia minha avó, "antes ouvir besteira do que ser surdo". Minha velhinha sabia tudo!

    5. Francisco Vieira

      Concordo. Pessas idosas e mais esclarecidas evitam discussões e conflitos com familiares mais novos., principalmente sobre assuntos de hoje em dia. Cito, como exemplo, o "politicamente correto", de difícil deglutição para os mais velhos. Ademais, conforme pontuou o Tersio em seu comentário, quem evolui e compreende as novas gerações, tem tudo para uma convivência mais agradável com as novas gerações.

  20. João Melo

    Querida Mirian, continue escrevendo sobre velhos, como eu. Você escreve lindamente, até quando o assunto é espinhoso. A família do senhor de 77 anos lá de Santos precisa de sua pena. Obrigado.

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    1. Mirian Goldenberg

      João, muito muito triste com este crime terrível

    2. Mirian Goldenberg

      Que lindo , João. Fico muito feliz

    3. João Melo

      Eita, para qualquer efeito ou interpretação, a "pena" que me refiro é a caneta, o teclado, a escrita.

  21. José Cardoso

    Li há pouco tempo um texto sobre os 3 estágios de eliminação: aos 60 a empresa te elimina. Aos 70 a sociedade gradualmente te elimina, aos 80 a família lentamente te elimina. Depois dos 90 a terra quer eliminar você...

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    1. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Para o historiador israelense Yuval Noah Harari, o avanço científico está se acelerando de tal modo que no horizonte de duas ou três gerações a espécie humana terá se libertado não só da escassez e da violência, mas extraordinariamente da própria morte, no sentido de que a reprogramação genética e a fusão entre humano e máquina virem a propiciar longevidade indefinida.

    2. Galdino Formiga

      Bom texto. Vamos antecipar gradualmente, em dez anos, cada etapa dessa eliminação.

    3. Mirian Goldenberg

      Que triste, muitas vezes começa bem antes

  22. Cida Sepulveda

    Sim, este é um tema fundamental. Continue a escrever textos educativos em prol da qualidade dos idosos, seres marginalizados pela sociedade individualista e egoísta.

    Responda
    1. Mirian Goldenberg

      Sempre Cida

  23. Pedro Carvalho Santos

    Olá Miriam, bom dia. Tenho 44 anos e sou leitor assíduo da sua coluna, onde - graças a você e suas palavras - me lembro e relembro de que ser humano não tem idade, que todos e todas merecem respeito, amor, sonhos enfim: ser humanos. Longa vida a você e seus belos textos!

    Responda
    1. Mirian Goldenberg

      Que lindo Pedro, fico muito feliz

  24. Marcus Acquaviva

    Sou policial em Santos. O caso do senhor agredido e morto após levar uma voadora de um motorista foi dos crimes mais revoltantes e covardes que já vi em minha carreira.

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    1. Mirian Goldenberg

      Não tenho nem palavras para comentar agora Marcus, é cruel demais

    2. Marcus Acquaviva

      Não foi dentro de casa, mas queria comentar para você opinar e elaborar, professora.

    3. Mirian Goldenberg

      Nossa, fiquei chocada. Retrato da cruel realidade que os mais velhos sofrem diariamente

  25. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

    Comigo acontece muito de pessoas bem mais jovens assumirem que não sei usar as novas tecnologias. Trabalhei com muitas delas e as ensinei a vários alunos por décadas, entre eles havia leigos e até profissionais de ponta. No entanto, sempre procuro diferenciar os realmente prestativos e gentis daqueles que querem apenas mostrar-se superiores.

    Responda
    1. Mirian Goldenberg

      Verdade, meus amigos nonagenários usam o celular melhor do que eu.

  26. Beatriz Cerveira

    Querida Mirian, continue com tua bela escrita que exerce um papel fundamental, o de utilidade pública no campo das complexas relações humanas. Numa fluidez revelas dados importantes que instigam o necessário: refletir sobre realidades da natureza humana. Causar desconforto urge para mudanças de mentalidade.

    Responda
    1. Mirian Goldenberg

      Beatriz, não vou parar. Afinal, o jovem de hoje é o velho de amanhã

  27. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

    Adorei a arte do Libero...

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    1. Mirian Goldenberg

      Que bom

  28. Amarildo Caetano

    Mirian,continue escrevendo sobre velhos .Quem escreve tem que incomodar com a realidade.

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    1. Mirian Goldenberg

      Não vou parar nunca, é o propósito da minha vida, Amarildo

  29. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

    Idosos são vítimas de inúmeras práticas desumanizantes que tentam torná-lo insignificante, desimportante e invisível. De fato, o Estatuto da Pessoa Idosa (substitui o antigo Estatuto do Idoso) é desrespeitado diariamente, várias vezes no mesmo dia. Aliás, precisamos considerar o fato de que no universo da pessoa idosa há muito mais do que os direitos e garantias que tal instrumento jurídico contempla, podemos citar afeto, atenção, reconhecimento, compreensão entre outras manifestações humanas.

    Responda
    1. Mirian Goldenberg

      Abuso financeiro, xingamentos, falta de escuta e de respeito, fazer com que eles se sintam inválidos, inúteis, descartáveis e muito mais

    2. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      A violência contra idosos no Brasil é multifacetada e varia de ataques físicos e psicológicos a negligência financeira...

    3. Mirian Goldenberg

      Que triste ver como eles são tratados nas próprias casas

    4. Mirian Goldenberg

      Eles se sentem invisíveis e descartáveis

    5. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Idosos são vítimas de inúmeras práticas desumanizantes que tentam torná-los insignificantes, desimportantes e invisíveis.

    6. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

      Outro dia, almocei com a minha esposa na praça de alimentação de um shopping carioca, aí notei a dificuldade de um senhor que buscava uma mesa para apoiar seu prato, descansar a muleta e finalmente comer. Toda vez que ele se dirigia para uma mesa vazia, alguém corria para ocupá-la antes dele. Como eu e minha esposa já estávamos sentados, decidi ocupar uma mesa para então oferecer a ele. O legal dessa triste cena foi que fizemos uma nova amizade, conhecemos a família dele e já fomos ao cinema.

  30. João Teixeira de Lima

    Salve Mestra! Sugerir para não falar sobre a velhice está inserido naqueles que querem esquecer que velhos existem, mas nós existimos e vamos caminhar por essa estrada até a decisão do homem lá de cima. Os homens aqui embaixo tentam nos abolir e infelizmente em muitos casos conseguem. Às leis "falam" bontio, mas quase nada de prático. Continue Mestra, não nos esqueçamos jamais que este país foi contruídos com muitas mãos c alejadas e peles enrugadas.

    Responda
    1. Mirian Goldenberg

      O Estatuto é muito bom, mas não é respeitado, João

  31. adenor Dias

    Eu estou com 67 anos, caminhando para a velhice, espero que quando perder a lucidez e a capacidade de me locomover sozinho, que eu me vá deste mundo. Não quero depender de ninguém para viver. Eu já não acredito em Deus, mas se ele existir que não deixe eu ser um fardo para meus filhos.

    Responda
    1. Mirian Goldenberg

      Você nunca será um fardo para quem o ama incondicionalmente

    2. Paloma Fonseca

      Penso como você, Adenor: não quero ser um fardo para ninguém, não quero ficar com mil doenças que se tornam fardo para mim e para os familiares. Prefiro morrer antes. Quero uma velhice saudável e com autonomia, sem muitas complicações. É muito triste ter doenças graves, quando o corpo (doente) não acompanha a cabeça sã. O senso de humor de seus comentários aqui na Folha me faz pensar que você é um sujeito com uma cabeça mais leve, e isso é bom.

    3. José Cardoso

      Adenor, você já começou sua carreira de idoso, mas está no início...

    4. Mirian Goldenberg

      Adenor, a família, a sociedade e o Estado tem o dever de cuidar com carinho dos mais velhos. Eles não são um fardo

  32. Fabiana Menezes

    Miriam, continue a escrever sobre e envelhecimento. Há vários motivos para isso. Precisamos viver melhor o presente. Estamos envelhecendo desde que nascemos, o Brasil é despreparado para a curva de longevidade que trará uma enorme desigualdade. Há um culto à juventude que rima velhice com obsolescência. Pessoas idosas sonham, tem desejos e vontades. Pessoas idosas são hubs de conhecimento, não merecem morrer com uma voadora no peito. Acho que a cultura indígena tem muito a nos ensinar

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    1. Mirian Goldenberg

      Fabiana, acredito que juntos vamos transformar essa triste realidade