Antonio Prata > Horas vagas Voltar
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Antônio, como é difÃcil atoar, preguiçar, num final de tarde, inÃcio de noite, lendo sua crônica e pensando nas redações para corrigir. Dá uma dor na consciência!
Ri muito nesse meu tempo livre de domingo. O mapa da Oceania em pedaços de pão é demais. Acho que vou soprar umas bolinhas de sabão, enquanto observo as formas das nuvens.
Como diria Milton nascimento: Viva a preguiça! Viva a malÃcia! Que é o nosso jeito de ser feliz!
E viva Grande Otelo, o Ótemo, de MacunaÃma!
Caro Prata, com o clandestino ato de tomar notas no celular em pleno show, sua hora livre passou a não ser tão livre assim (para ser otimista). E para milhões de pessoas que vão ao show para assistir pela telinha do celular enquanto gravam intermináveis vÃdeos que depois vão virar posts, "hora livre" é um conceito utópico e bizarro. Na avalanche ansiosa de informações em que vivemos, parar pra observar uma migalha de pão deixa um desesperado sentimento de tempo perdido. 1984 é agora.
Pratinha, PratÃculo, Pratodonte, vassuncê não gosta de reticências por que? São ótemas, têm uma vaguidão única na seara das pontuações, servem a uma certa desolação, à criação de expectativas, a tãos variados fins... Como é óbvio, eu gosto. Mas, estranho, não gosto de ficar totalmente à toa, senão pra cochilar, o que faço com frequência. Até pra KHagar, antes tinha uma banheiroteca, 'bistituÃda pelo molecular e a home page do Uol. As reticências, pobre de mim, 'bistituÃram minha à toidade...
Antônio sempre genial !
Que fofa a situação com as migalhas! Marilena Chauà defende que o neoliberalismo é totalitarista. Vale a pena, tanto quanto deprime, ver a argumentação dela.
Ai, Bena, tu é ótimo! Hehehe.
Jesus da Goiabeira, Chiara, minha clara, minha Venlafaxina tá no fim, não pudo ler a dona Marilena! Mas estou certo de que ela tem razão: tudo deve estar em favor da utilidade e do ganho. Ficar à toa é pré-liberal, embora seja uma liberação total. Eu, hein? Vou até engolir uma ciência encapsulada! Hahahah!
Obrigado, Antonio. Você sempre salva a fsp.
Esqueceu de falar do sentimento de culpa constante, escondido no fundo da mente. " Mas como eu estou aqui no sofá num sábado sem fazer nada?"
Os quécuas conquistados pelos espanhois contam uma anedota para criticar os amazônicos como preguiçosos. Um fazendeiro prpôs a um amazônico: corte esta parte do boque que te dou um machado. O Ãndio cortou e o fazendeiro, alegre, disse: agora corte um quarto do que cortaste e te dou outro machado: mas o preguiçoso respondeu: para que eu quero dois machados se só tenho um braço direito?
Num sábado, dá isso? Nossa Senhora da Maldita Folga, quarta que vem eu vou me suicidar! Hahahahah!
Boa crõnica, salvo a ingenuidade atroz de acreditar nas intenções manifestas de campanhas de RH corporativos
Era por dinheiro, Pedro...
O capitalismo é, sempre foi e sempre será totalitário. Até cair. E cairá.
Não esqueça de que pode não cair, Cristiano: explodir, capaz até de ser mais provável. A conferir..
Totalitarismo utilitarista. Certo, Antonio. Tudo tem um fim determinado, um objetivo, um propósito. Não precisamos de comunismo ou nazismo manifestamente declarados para sofrer essa silenciosa submissão. Eles já estão por aà e a gente não vê, ou finge que não vê.
Crianças hoje em teatros chamam agora de "formação de público".
A cronica, como sempre boa, e o comentario do csrlos campos foi genial. Tem futuro
Totonho, seja mais feliz! Seja o que você gosta de ser. Não o que esse meio doentio está "impondo" a você.
Pratinha filosofando, meio baixo astral e saudosista, me deixa preocupado. Só um novo amor cura um velho amor que se foi, preenchendo um vazio que estupidamente, achavamos insubstituÃvel.
Ah, Carlos, mas o exercÃcio da Pratosofia não pode ser atribuÃdo somente ao vazio miocardiano... O vazio bancário é também muitÃssimo relevante. Ah, e, escrevendo crônica, evita que o velho Pratão, de repente, se vá, deixando vazio o ninho. Oh, demasiados são os vácuos preenchidos pelos Pratósofos... Hahahah!
Parou mesmo. E anotou. Isso é pessimismo pra lá de The Wall. Mas o resultado degustei deliciosamente.
Viva suas horas vagas, Prata! Mas como alguém pode ser contra reticências?
Ah, minhas carÃssimas colegas reticenciais, bem que eu desconfiava... Alguém mais aqui seria um reticente, e pimba!, achei. Muito feliz por tê-las encontrado, viu? Ademã!
Reticência e exclamação. Por que não?
Opa, combina com o orgulhosamente citado "depois da morte eu descanso", um chiste que vai ser profético como o único direito garantido aos "não-herdeiros". No Japão já está acontecendo algo assim, com jovens desistindo de viver e a sociedade sem tempo nem para desenvolver laços, levando a preocupante baixa histórica de natalidade. E nem o estÃmulo financeiro, talvez até bem-intencionado como na coluna da revista citada, consegue evitar. Caminhamos para a extinção, com carga horária definida...
Uai, Washington, justamente no Japão há a sÃndrome da morte repentina de tanto trabalhar, nunca viu? E silenciosamente.
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