Alvaro Machado Dias > A tecnologia está desaparecendo? Voltar
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Muito boa reflexão, além de tudo o que já foi dito aqui nos comentários, podemos dizer que : 1 - quanto menor a tecnologia se tornou aos nossos olhos, maior o consumo de recursos naturais para produzi-la? 2- A tecnologia substituiu os deuses? Imagina a adoração a um aparelho de televisão se este voltasse no tempo e fosse exibido numa praça pública!
O texto traz uma reflexão interessantÃssima! Apesar de ser contraintuitivo, o tÃtulo faz total sentido em dizer que a tecnologia está "desaparecendo". Unificar tecnologias primariamente separadas em artefatos que solucionam problemas práticos e, posteriormente, unificar novamente esses artefatos em algo cada vez mais holÃstico é o que define essa evolução tecnológica para algo cada vez mais invisÃvel. Ao passo que nossos problemas vão sendo solucionados, tudo vai ficando "de baixo do capô".
De acordo com Norbert Streitz, fundador da Smart Future Initiative, há várias maneiras pelas quais a tecnologia pode desaparecer: 1. O desaparecimento fÃsico refere-se à miniaturização de dispositivos e à sua integração noutros artefatos do quotidiano como, por exemplo, nas roupas, para que já não os vejamos.
CarÃssimo José Eduardo, muito obrigado pelas valiosas contribuições. Realmente, são todas muito boas. Um grande abraço, Ãlvaro.
2. O desaparecimento mental refere-se à situação em que os artefatos ainda podem ser grandes, mas não são percebidos como computadores porque as pessoas os discernem como, por exemplo, paredes ou mesas interativas. Assim, a tecnologia fica mentalmente em segundo plano.
Dizer que as tecnologias tendem a se tornar invisÃveis pode parecer uma coisa extraordinária ou inusitada. Mas note que hoje você aciona sua Smart TV pelo comando de voz, mas no passado era preciso pressionar o botão LIGAR para as TVs de tubo já que não existia o controle remoto. O mesmo aconteceu com carros, aparelhos de som, telefones etc., ainda mais quando poucas são as pessoas que os usa preocupadas em saber como funcionam e do que são feitos...
Dizer que as tecnologias tendem a se tornar invisÃveis pode parecer uma coisa extraordinária ou inusitada. Mas note que hoje você aciona sua Smart TV pelo comando de voz, pois no passado era preciso pressionar o botão LIGAR para as TVs de tubo já que não existia o controle remoto. O mesmo aconteceu com carros, aparelhos de som, telefones etc., ainda mais quando poucas são as pessoas que os usa preocupadas em saber como funcionam e do que são feitos...
É um ponto muito interessante. De fato, hoje, pouco pensamos na incrÃvel revolução tecnológica que foi a invenção da carroça.
MuitÃssimo obrigado, Anderson!
A grande tendência da tecnologia é convergir à cultura universal. Em algumas décadas, ou menos, será impossÃvel encontrar qualquer grupo organizado que não tome parte em sua dinâmica, e a possibilidade de existência de uma subjetividade independente de suas manifestações praticamente desaparecerá. Fico pensando o quão homogênea ela será, já que a tecnologia é unÃvoca ou quantas humanidades mais ou menos permeadas conviverão, por quanto tempo e se conflitos não serão inevitáveis entre elas.
Eu não acho que o mundo converge à homogeneidade em função do avanço da tecnologia. Veja os efeitos da Web: todo mundo achava isso e o que aconteceu foi o contrário. O que me parece provável é o desaparecimento dos tipos analógicos. Neste sentido, mas não em outros, de fato seremos todos mais parecidos. Obrigado pelo comentário!
Sim, será polarizada, dicotômica e digital. Apesar do acesso a informações, seremos incultos e superficiais. Os ricos serão. Seremos hedonistas de um lado e miseráveis do outro. O pior dos mundos.
Nesse campo, vamos todos nos tornar camponeses ignorantes da Idade Média, que não sabiam ler nem escrever (e deviam falar mal) e ficavam na dependência dos "cultos" monges religiosos e dos sub-cultos "nobres ungidos por Deus". Logo, logo ninguém saberá fazer mais nada; todos dependentes de meia dúzia de controladores dessas tecnologias todas. Ai, meu Deus.
Sei não!
A preocupação de que ninguém saberá mais nada é natural, mas como as tecnologias tendem a se tornar invisÃveis e cada vez mais intuitivas, vamos "usá-las" pelo simples pensar, duplo piscar de olhos ou movimento das mãos...Haverá a sensação de que é um mero truque de mágica...
Um momento em que a tecnologia aparece é quando dá defeito. Quem tem carro velho sabe disso. Ou quando uma pequena poça d'água se forma embaixo da geladeira. AÃ, investigando um pouco para entender o que está acontecendo, não há como não se maravilhar com a engenhosidade de tirar calor do ambiente interno mais frio e jogá-lo para o exterior mais quente.
Aos poucos, notamos que a tecnologia está se tornando tão natural para nós usarmos que não a vemos mais - percebemos a função e não a tecnologia. A nova onda de dispositivos inteligentes é bom exemplo, como aspiradores de pó automatizados e cortadores de grama robóticos, onde identificamos a função e a tecnologia é invisÃvel.
Isso é exatamente o que sinto. Quando as coisas quebram em casa é que as percebo. Isso aconteceu na semana passada com um daqueles aspiradores inteligentes que ficou burro e entalou num canto e nunca mais saiu. Interessante.
A ciência e consequentemente a tecnologia partem de um princÃpio reducionista. O objeto deve ser isolado e submetido a testes empÃricos, que demonstrarão caracterÃsticas nessa condição. O retorno ao mundo real ainda é imprevisÃvel pela sua complexidade. Sabemos hoje que as partes são infinitas, tornando o todo inescrutável, a não ser que se protocole todas as atitudes, obstruindo interações de qualquer natureza. Navegar é preciso, viver não é preciso, dito por Pompeu em 70 a.C. e assim continua.
Achei seu comentário muito estimulante. Muito obrigado por isso, Marcelo. SIgamos navegando!
Mais um belÃssimo artigo com muitas ideias que eu nunca tinha pensado, concatenadas de um jeito muito bom de se ler. Me chamou a atenção esse aumento da energia da tecnologia. É o caso de se considerar que vai chegar um momento em que vão faltar fontes de energia na Terra para o consumo humano mesmo com a inovação que deveremos ter nessa área? Fica a dica para o próximo.
Muito bom!4
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