Este projeto tem que ser devolvido é inconstitucional, ilegal , imoral e inaceitável.

Este projeto não passará, ponto. A intenção do proponente foi razoável: tentar impedir o aborto legal após as vinte e duas semanas de gestação. O erro crasso foi penalizar a vítima do estupro e por tabela a classe médica que faria o procedimento. Entendo que a sociedade deveria refletir no problema todo, que é complexo e difícil e doloroso sempre, mas um aborto após a vigèsima segunda semana, mais de cinco meses de gestação é uma coisa horrível e que deveria ser evitada sempre.

Mesmo sem entrar no mérito desse projeto patrocinado pelos Empresários do Dízimo, causa náuseas o procedimento rasteiro e autoritário do presidente da Câmara Arthur Lira ao negar aos demais parlamentares e à sociedade civil a discussão da matéria que afeta a todas as cidadãs e cidadãos. Ao passar o trator nas comissões os intolerantes, conhecidos pelo eufemismo de conservadores, reconhecem que a proposta não resiste a um mínimo de debate sério.

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