Hélio Schwartsman > Liberalismo como modo de vida Voltar
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Os antigos tinham o modo de vida mais acertado ao se esforçarem para respeitar a ordem natural que atua de forma indiferente ao querer humano. O que é a ordem natural? Olhe para a natureza e para as estrelas. Veja o sol, tudo é movimento impulsionante da vida. Cabe ao ser humano buscar o aprimoramento de tudo gerando beleza, mas em vez disso cria muita sujeira e teorias forjadas na obscura oficina do cérebro desligado da intuição.
Um excelente debate para ser desenvolvido. O liberalismo iluminista trouxe possibilidades inauditas ao indivÃduo, mas padeceu de se submeter ao capital como forma de manter os padrões de poder e submissão do trabalho. Já a radicalização do liberalismo financeiro propõe o aprofundamento dessa submissão humana até o nÃvel de neoescravismo. Não seria o socialismo distributivista o caminho da perfeição do liberalismo?
Sim, o liberalismo molda a maneira como os indivÃduos vivem e se relacionam uns com os outros. Porém, como explicar essa liberdade encantadora apenas para uma minoria mundial? ou seja, liberdade para uma minoria no topo da pirâmide à s custas do resto da humanidade vivendo na escravidão da fome e da desigualdade econômica e social? Essa é a ilusão mágica que o liberalismo produz através de sua ideologia do mercado e da mÃdia.
No que, prezado Ademir, não é muito diferente das antigas Grécia ou Roma, não?
Eita, meu caro Hélio, como digressão-recheio de uma boa prosa, acho que é bom pacaramba. Mas, uma vez que, olhando ao redor, nóis encontremo mêmo é desigualdade, assimetria e variados sabores de desrespeito, restam-me não poucas dúvidas acerca da efetividade da "crença liberal" na guianca do comportamento de nossos pares, sabe? Talvez, como o Churchill qualificou a Democracia, seja a menos ruim entre as opções disponÃveis. Nesses termos, até que vai.
Ótimos pontos, Hélio, mas os conceitos de liberdade e liberalismo foram tão deturpados, avacalhados e achincalhados por essa névoa obscurantista travestida de direita que temo não sobreviverem nos seus significados mais elevados. Pena!
No Brasil temos que tomar muito cuidado quando alguém fala "liberalismo" . Aqui muitos que dizem apoiá-lo veem o John Rawls como extrema-esquerda.
Hahahahah, eu não li o Rawls, prezado Neber, mas parafraseando a blague de alguém (que minha leseira não me permite lembrar quem), ultimamente, qualquer um que não sente no colo do Hayek é comunista!
Acho que o autor da coluna esqueceu o significado de Ocidente, termo politicamente utilizado para referir-se à nações desenvolvidas, coisa que claramente não descreve o Brasil. No Brasil há o exato contrário: Não há valorização da equidade, igualdade e respeito, o autor claramente tem uma visão imaginária de onde vive.
Há quem diga que a constatação de que os corpos celestes "boiam" no espaço, em vez de estarem presos a esferas girantes como acreditavam os antigos, impulsionou o liberalismo. Isso teria sugerido a Galileu o princÃpio da inércia, de que o movimento não exige uma força. Coincidência ou não, uma instituição milenar como a escravidão (considerada natural por Aristóteles) desapareceu à medida em que esses novos conceitos fÃsicos se espalharam pelo mundo.
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