Mas a democracia brasileira morreu no dia seguinte a sua promulgação em 1988, qdo brilhantemente foi elaborada e aprovada com a liderança do Ulysses Guimarães. Nos arriscamos em apontar a degradação com as costuradas ao longo do tempo, sempre objetivando altissímos ganhos pessoais e blindagem dos cargos que ocupam, esquecendo das funções de aprimoramento da Carta Magna. OBS, SE FAZ NECESSÁRIO TESTES DE "CAPACITAÇÃO" AOS PRETENDENTES A CARGOS PÚBLICOS COMO FORMA DE INSTRUIR OS FUTUROS POLÍTICO

Ôôô Seu Samuel, melhor e mais convidativa resenha desse livro que pude ler. Agora sim, acho que se explorou direitinho a estrutura e as ideias dos autores, ainda que rapidim pacaramba. Eu só tenho a agradecer.

Estamos numa falsa democracia. Se estivéssemos numa democracia verdadeira grande parte dos parlamentares e o governo já teria sido cassado por usar dinheiro público para comprar apoio como aconteceu em 2005. No tempo dos governos militares os cidadãos honestos e trabalhadores tínhamos muito mais liberdade do que nestes governos civis. Agora os políticos vivem em completas orgia enquanto a metade do povo está vivendo a custa de auxílios.

Parece uma análise mais realista. Sempre achei uma forçação (dois cedilhas mesmo?) de barra a teoria de que o medo da lava jato precipitou o impeachment.

Samuel, no Youtube: No Senado, ex-diretor do FMI mostra o perigo da PEC que deseja 'privatizar' o BC, e Kakay desossa a Lava Jato em sessão na Câmara que relembra os 10 anos da operação.

Enquanto estiver agradando a elite e os miseráveis jamais morrerá.

O livro não é, como é se ver hoje, uma mera narrativa dos autores sobre o desempenho da democracia brasileira porque escoram suas análises em exemplos históricos e, sobretudo, na literatura institucionalista. Apreciei a cutucada que deram no colega Fernando Limongi. É um livro essencial.

A palavra democracia vem do grego demos(povo) e Kratia(poder). Não há qualquer referência ao poder do povo em lugar algum dessa resenha. Aí se esconde o grande problema, pois metade da população tem renda mensal de algo em torno de 100 dólares, mas paga impostos, trabalha e carrega nas costas esse país desigual. O governo reserva 800 bilhões de reais, os maiores juros do planeta, acrescido de 600 bilhões em isenções fiscais aos bilionários. Alguém acredita em democracia?

Não li o livro, mas pela excelente resenha percebo que os autores se dedicaram a analisar a democracia para os rentistas. Me parece que subtraíram os trabalhadores e os pobres. Dizer que um país vive uma democracia ampla com um rendimento médio mensal de R$ 17,90 por dia, da metade da sua população, ao mesmo tempo que paga os maiores juros do planeta entre os países em paz é no mínimo bizarro. Os pobres trabalham, pagam impostos, carregam o país nas costas mas são invisíveis. Bom livro!