Opinião > O papel de educador já não pertence ao professor Voltar
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Faculdade de Medicina virou commodity para filho de papai cuja famÃlia tem 20k sobrando por mês para formar o pimpolho. Não tem absolutamente nada a ver com competência ou, muito menos ainda, vocação de qualquer espécie. Pobre não entra. Simples assim.
Análise suscita e direta ao ponto da perda da qualidade de ensino em todos os graus. Ótima análise, volte com outras. Obrigada.
"A universidade deve ser para todos, mas não é para qualquer um". Soa-me paradoxal. A universidade deveria ser um local de excelência, referência na relação com a evolução na sociedade. Para tanto precisamos da diversidade, com a presença do contraditório. Um professor, titular, com mais de trinta anos de exercÃcio no ensino, na pesquisa e na extensão; com um espaço de fala conquistado com muito suor, ter um aluno sem qualquer empatia com suas teorias: uma apatia. Resta-o a conquista!
O exercicio da medicina é para poucos, devido ao alt[issimo e injustificável preço dos seus cursos. Vai que os futuros "médicos" ingressam na universidade, não por talento ou dom, mas por poder econômico e busca de status ou continuidade das carreiras de seus "papais" endinheirados que podem custear a universidade com 15mil por mês. O filho do pobre, mesmo que tenha talento, inteligencia e postura adequados, não pode frequentar esse meio, nem chegar a ser médico, um bom médico, de verdade.
Artigo consistente,corajoso, p enfrenta o espirito-d-corpo dpoderosa classe médica, principalmente daqueles q colocam a Ideologia politica ou religiosa acima da Ciência. Com a pandemia dCovid-19, sou radicalmente cético em consulta médica. Nunca me foram quase-deuses, mas jamais pensei existir tantos charlatães, alguns-a até queriam ser ministro-a dSaúde dgoverno Bolsofrênico.Quanta gente morreu p atos destes médicos ch, q nunca tiveram aula-formação ética-deontologia?Mas tinham pedigree.
O governo FHC e Lula expandiram universidades em detrimento da qualidade. No âmbito da educação, são populistas. A deterioração começa com o ensino médio.
Permitam a mim, um reles professor do baixo clero, fundamental I e II, emitir opinião: o problema começa lá em baixo, já que a escola deixou de ser local de aprendizado, de alfabetização, para ser apenas creche; local em que boa parte dos professores, além dos baixos salários e precárias condições de trabalho, sofrem assédio moral de pais e patrões, inclusive quando o patrão é o estado. Fatalmente isso tudo chegaria as (com crase) universidades.
Tem mais: o emburrecimento também atinge os professores, num ciclo vicioso em que o professor finge ensinar, os alunos fingem saber e a universidade finge que está tudo bem, desde que a roda do lucro não pare de girar. Foi o tempo que a educação estava acima de tudo; hoje ela está a serviço, pura e simplesmente, do business. Em relação aos alunos, estes deveriam aprender, já no ensino médio, que a universidade não é para qualquer um e, para a maioria, um curso técnico cairia perfeitamente.
Isso mesmo Eric.
A medicina vive hoje o que o Direito experimentou ontem: cursos pipocando em todo paÃs sem a mÃnima qualidade. Some-se a isso a constante e perturbadora queda na qualidade do aluno, que chega à s portas da universidade sabendo cada vez menos, num processo de emburrecimento constante. Resultado: formandos que estão cada vez mais longe do padrão mÃnimo aceitável para exercer a profissão. A OAB criou uma barreira contra os maus profissionais, com o exame nacional. E o CFM, fará o que?
Mas é culpa nossa. Fomos nós que cedemos aos congressos festivos e espetaculares, fomos nós qua ajudamos a digitalização e a ganho de escala. Perdemos o foco no semelhante para assumir o púlpito e descrever a doença, como se ela existisse sem o doente . Assim, nos tornamos intermediários de protocolos gerenciados pela indústria. Não foram as redes sociais, foi o uso que fizemos dela, visando maior lucro para nós e para as empresas que trabalhamos. Nenhum de nós é isento.
Seu Raymundo, PrezadÃssimo, como hepatologista é capaz do senhor sentir ainda mais visceral e dolorosamente esses destemperos da formação médica no paÃs. A esteatose hepática da medicina, pelas razões elencadas, é preocupante. No nÃvel da prática médica, eu adicionaria a consulta fastfood, pela quantidade de pacientes (especialmente na medicina pública) e baixa remuneração de convênios. O próprio modelo de clÃnica, que prescinde de relacionamento e se apóia num monte de exames, é desvirtuador.
Poi Zé, meu caro, a remuneração e modo de funcionamento dos convênios resulta numa prática bem pervertida de diagnóstico e tratamento.
Consulta fastfood também acontece nas Unimeds, principalmente nas clÃnicas cheias e consultórios d psiquiatras.
Artigo com ideias importantes.
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