Wilson Gomes > Conservadores e identitários querem censurar a literatura Voltar
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no episódio-piloto de "the west wing", um pastor pergunta ao presidente bartlett se criancas podem pagar 5 dólares para lerem pornografia não é um preço muito alto a se pagar pela 1a emenda - para dele ouvir em resposta que não, muito embora 5 dólares seja um preço muito caro pra se pagar por pornografia. não sei porque essa coluna me fez pensar nessa cena.
Essas restrições absurdas sobre livros e autores vem de quem quem não lê. Em geral também não ouve, não vê e não sente.
Claro, Domingos, bem pensado. Vamos usar as já escassas horas de estudo de alunos de 8 a 12 anos para humilhar as crianças negras, mostrando como a elite branca as vê como inferiores. Já serve tbém de inspiração para crianças com tendência a bullying e q venham com influência racista de casa. Gênio! Eu, q sou limitado, prefiro uma obra q ensine igualdade em vez de estereótipos racistas.
Pode ser usado como fonte histórica, no âmbito escolar. Em casa, pode se servir de leitura mediada, para adequada contextualização.
Leia o livro infantil em quadrinhos "Tintin na Ãfrica". Depois me diga se vc considera q o livro incentiva o racismo e defende o colonialismo, e se vc o recomendaria para crianças de 8 a 12 anos. Dependendo de suas respostas, saberemos quem não ouve, não vê e não sente.
E eu que pensei que os pais não estavam nem aà para a escola dos filhos. Bom saber que se preocupam com o material escolar e estão vigilantes com relação à sua qualidade.
Reconhece o valor desse argumento, quando pensamos no debate entre privado e público, entre federação e governo local. Entretanto, há o problema de fechar o mundo dos alunos a outros olhares, inclinando-o a se distanciar na criticidade (isso também pode ser aplicado a escola, a depender de como proceda). Problema adicional: usos polÃticos e picareta dessas questões.
... os objetivos destes Anhangueras Sao tornarem-se os únicos a publicar as interpretaçoes dos glossários sagrados! Eles objetivam eliminarar todos os contadores de estórias sagradas!... Somente aceitam estórias sagradas contadas stravés de seus puppets operados pelos puppeteers, lideranças visÃveis e invisÃveis!
Tem a ver com controle, construção de verdades; noção de realidade. Deve dar boas análises no âmbito da linguÃstica.
Ray Bradbury no livro Fahrenheit 45hum, temperatura de queima do papel, imagina sociedade em futuro distópico, onde o material das casas não queima, cabendo aos bombeiros apenas a tarefa de encinerar livros. Perseguidos, amantes de livros se refugiam em uma ilha onde passam de geração para geração os grandes livros, em forma oral. Cada um é um livro. A alienação imposta só permite imagens e TV. Com a absurda velocidade de mudanças, o futuro distópico é hoje. E só pode piorar.
Seu pessimismo só tem um problema: diverge da realidade. Apesar da grita e do recolhimento do O Avesso da Pele de escolas em estados governados por bozistas, não há livros censurados no Brasil, exceto por decisão judicial após o devido processo segundo a lei vigente.
Uma coluna semanal impõe dificuldades ao escriba decidido a enfrentar assuntos complexos. Mas tbm não justifica o empilhados d superficialidade q acabo de ler, especialmente numa terça-feira inocente como a de hj. Veja, q tal iniciar por dizer se toda censura é reprovável? Depois explore argumentos apresentados, avance expondo eventuais inconsistências e, entao, respeitadas a dignidade dos criticados e a inteligência do leitor, arrisque o floral d adjetivos na tese dos opostos equivalentes.
Acho importante a reflexão: um dos meus livros preferidos é “E o Vento Levou” de Margaret Mitchell. É a romantização da derrota do Sul. A autora era racista? Não sei, mas o livro traz elementos do pensamento tradicional sulista dos séculos XIX e XX. O livro da lista da Fuvest: “Poemas Escolhidos” de Gregório de Matos que se sentia melhor que os outros por ser homem, branco, católico, hétero e português, também é importante. Precisamos ler criticamente as coisas.
O colunista ignira uma questão de princÃpio. Livros q tragam mensagens racistas ou homofóbicas, de ficcão ou não, ferem a Constituição. Livros q falem de outros temas, mesmo q desagradem pessoas com determinados valôres, são protegidos pela liberdade de expressão, pela mesma Constituição. A comparação na coluna é obviamente exdrúxula.
Concordo, Domingos, certas obras tem valor histórico e sociológico. Mostram, por exemplo, ideologias tÃpicas do passado. Mas deveriam ser estudadas nesse contexto, com visão crÃtica e estudantes mais maduros. Senão, vira propaganda racista, homofóbica ou machista. Um exemplo é Casa Gde e Senzala, q tem valor para entender a cultura da época, da valorização da ideologia do "branqueamento", e muito pouco para explicar a evolução social do Br.
No contexto americano, não deve ser válido. No Brasil, dado a expansividade das leis e da própria CF de 1988, sim. Mas como tem a questão do contexto, nas questões de época (p. ex. para uso em estudos históricos), é provável que dê para relativizado. Se for atual, no contexto Brasileiro, desde que inequÃvoco, creio que sua perspectiva procede.
Luiz, cite um exemplo em q ocorreu censura de um livro escolar por racismo ou homofobia, como ocorreu com o livro O Avesso da Pele, recolhido pelos governos do Paraná e Goiás. Lembrando q o livro foi escolhido e solicitado pelos professores de lìngua e literatura. E a razão da censura foi mencionar sexo entre uma mulher branca e um homem negro (sequer se descreve o ato). Ah, e tbém por usar a palavra "pau" num texto para adolescentes de 15 a 17 anos!
Ricardo, certamente obras com mensagens racistas ou homofóbicas ferem a constituição, o problema é a interpretação do que é racismo ou homofobia. É claro que em obras óbvias ou grosseiras isto é fácil, mas há algum tempo há pessoas e grupos que "descobrem" tais caracterÃsticas em quase tudo e exigem cancelamento imediato, condenando o autor à infâmia antes que ele possa falar algo. O ambiente cultural se tornou de alto risco, é mais seguro não fazer nada ou só bobagens inócuas.
Paulo, essa é a única crueldade q pratico de forma consciente. Espero q não represente um transtorno grave de personalidade.
Se vc retirar do colunista o mote da equivalência antidemocrática entre esquerda e direita, se lhe roubar a régua da moralidade democrática, se destruir o diapasão liberal q toda semana suaviza a agressividade conservadora, aà alguns poderão te acusar de crueldade analÃtica.
Identarismo é só um narcisista querendo que o mundo gire ao redor do próprio umbigo. Não comente, guarde o ódio do bem para você.?
O Sr conhece os diversos movimentos, as pautas , as diferenças internas, as linhas de pensamento e de pesquisa? O identitarismo NAO é e nunca foi um bloco monotemático e de pensamento único. O Sr não tem conhecimento suficiente para acrescentar ao debate. Apenas pré-conceitos... Bons tempos em que escrever aqui pressupunha conhecimento de causa e o mÃnimo de rigor intelectual.
Victor, veja bem: eu sou espÃrita em uma famÃlia católica e evangélica. Quero que as pessoas me respeitem sem que eu tenha que me esconder. Uma pessoa trans, seja por exemplo um nascido homem que se identifica como mulher. Você não tem que concordar com nada, pois não é sua vida, você é todos têm unicamente que respeitar. Qual sua dificuldade de respeitar quem é diferente de você?
Tire esse ódio do seu coraçãozinho, reze pro pneu pedindo paz pro seu espÃrito. Mesmo q seja pra um esprito de por co.
Infelizmente essa birra infantil e identitária atinge em cheio as universidades. Não se reduzindo a crÃtica, já tive que escutar aluno dizer que a obra Casa Grande e Senzala - um dos grandes clássicos das ciências humanas e sociais brasileira, ao lado de Buarque de Holanda e Caio Prado Jr - deveria ser retirada do currÃculo por causa de suas passagens impróprias e ultrapassadas, isto em um curso de história, onde se deveria reconhecer e importância da obra em relação ao seu contexto histó-social
De fato, obra essencial para analisar interpretações sobre o Brasil. Em História ter ojeriza as fontes é "blasfema". Tem que ser analisado em seu contexto, consoante instrumentos próprios da História e ciências que lhe possa ajudar, atentando-se à semantica.
Vasco, caso seu comentário se refira ao meu, note q eu não defendi censurar Casa Grande e Senzala, apenas o critiquei como um livro q relativiza o racismo. Não defendo a censura de nenhum livro, a menos q fira a lei e a CF de algum modo, como calúnia ou difamaçaão.
Realmente, a militância passa muito dos limites.
Pode ser asqueroso, mas não pode ser censurado. O articulista tem razão.
Casa Grande e Semzala hoje tem de fato valor histórico e sociológico, a demonstrar a tolerância de uma certa elite branca com a escravidão e a adesão pouco disfarsada à teoria fascistóide do branqueamento populacional via miscigenação. O trecho em q Freyre descreve com alegria como os filhos da Casa Grande perdiam a virgindade estuprando escravas é particularmente asqueroso.
Explicações simples ou simplistas e distorcidas para questões complexas. Assim age a extrema-direita. Roberto Gervitz
Ultra esquerda disseminando fake News .
O Sr poderia aterrisar no Brasil e aprender algo? "Ultra esquerda", stricto sensu, refere-se à s posições rebeldes que divergiram da linha central maoÃsta, identificando uma contradição entre o próprio partido-Estado (o PCC/RPC) e as massas de trabalhadores e camponeses, concebidos como uma única classe proletária separada de todo controle significativo. Sr Mauricio, eu lhe rogo, consulte fontes fidedignas antes de escrever. Dá trabalho? Dá. Mas é muito mais correto.
Desconheço grupos pertencentes e/ou envolvidos com PolÃticas Identitárias que pedem a censura de livros, por se sentirem mal representados. Desconheço.
É isso, Ricardo!
Vale lembrar q, ao contrário das acusações contra as "esquerdas identitárias", as tentativas de censura não são limitadas e esporádicas. São ações institucionais autoritárias. O livro O Avesso da Pele foi recolhido ou sofreu algum tipo de restrição pelos governos bozistas de tres estados. Aulas de educação sexual, q ajudariam e evitar gravidez precoce, foram suspensas em várias regiões pela ação de deputados e polÃticos locais. Não se vê isso nas ações da esquerda dota identitária..
Faz parte da desonestidade intelectual do colunista fazer generalizações a partir de casos isolados para demonizar e ridicularizar a esquerda ou quer pessoa q busque ações afirmativas contra o racismo, homofobia, misoginia etc.
O identitário é um conservador enrustido. A fantasia de um é a nudez do outro. Ambos se merecem. Literatura não é feita por anjos nem bichos papões. Até hoje, pelo que sei, foi feita por pessoas, com todas as contradições que existem nelas.
O Sr conhece os diversos movimentos? Conhece as diversas pautas , as diferenças internas, as linhas de pensamento e de pesquisa? Preste atenção: o identitarismo NAO é e nunca foi um bloco monotemático e de pensamento único. Trocando em miúdos, o Sr não tem conhecimento suficiente para acrescentar ao debate. Apenas os seus pré-conceitos...tempos difÃceis esses em que se ataca o que for, sem o mÃnimo rigor intelectual.
Quantas frases de efeito, a gente até tem a ilusão de q elas tem algo de inteligente.
O articulista articulou mal o seu texto. Este Sr compara a extrema direita a qual grupo da esquerda? Quem faz parte de uma "esquerda" que proÃbe livros? Como se fosse possÃvel agrupar inúmeros grupos de pensamento no velho chavão da "esquerda". Me arrepio quando leio um texto coalhado de lugares comuns e generalizações. Não me acrescenta em nada.Só perco meu tempo.
Voltaram a velha ideia da queima de livros como solução para a miséria mental que assola o paÃs. Porém o debate crÃtico sobre o uso de celular e das redes sociais continua submerso. Vale o tempo de tela infinito que substitui muitas conversas. Afinal, muitos desses pais querem também beber qualquer coisa ditada por um influencer.
Segundo o colunista, se vc se opuser a que o livro infantil "Tintin na Ãfrica" seja leitura escolar, livro q mostra os africanos como caricaturas (todos são idênticos) e os apresentam com os estereótipos racistas do colonialismo belga, vc é tão ruim qto um bozista q defenda livros q ensinem Criacionismo como alternativa cientÃfica. Viva a presença de luminares de direita na Universidade, qta sabedoria nos trazem!
Dudu acha q humanidade é seita! Se eu entrar para sua "humanidade", vou ter q rezar pra pneu? Dispenso. A propósito, não me importa se vc gosta dos meus comentários, escrevo pensando q outros assinantes possam entender. Seu caso é perdido.
Nunu, você é um doce. Adoro seus comentários. Deixa te perguntar. A iluminação que você gosta é a base de livros e bruxas? Essa saiu muito cara na história da humanidade. À propósito, por falar em humanidade, te convido a participar dessa seita.
Dudu, parece inteligente pq é. Mas não espero q vc ou os membros de sua seita entendam. Reze pro seu pneu pedindo iluminação (pede lâmpada LED, é mais econômica).
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É necessário combater os extremos e colocar de novo a universalidade no centro. Se você troca a palavra negro pela branco nos textos de alguns colunistas da folha, vira folhetim nazista. É abominável essa regressão cognitiva operada no Brasil.
Segundo o colunista, se vc discorda q o livro "Minha Luta", aquele escrito pelo austrÃaco do bigodinho, seja recomendado para adolescentes de 14 anos, vc é tão ruim e fascista qto um bozista q não aceite um manual de educação sexual para adolescentes, q os ensine a evitar doenças sexuais e gravidez precoce. Ainda bem q temos pensadores de direita na Universidade, como o colunista, para fazer uma análise equilibrada das coisas.
Não sei se é desonestidade ou indigência intelectual do colunista igualar identitários e ultraconservadores. Lendo o trecho em q ele elenca as razões de cada lado, vê-se q identitários, certos ou errados, se opõem a obras q acreditam violar leis existentes (contra racismo, homofobia etc), enquanto os ultraconservadores tentam violar a lei, suprimindo a liberdade de expressão e a democracia laica. Quem disse q faltam pensadores de direita na Universidade? Esqueceram-se do colunista?
Não importa se ele cita um livro polÃtico-biográfico como Minha Luta, ou outro qquer. A discussão é de princÃpio. Livros q tragam mensagens racistas ou homofóbicas, de ficcão ou não, ferem a Constituição. Livros q falem de outros temas, mesmo q desagradem pessoas com determinados valôres, são protegidos pela liberdade de expressão, pela mesma Constituição. A comparação na coluna é obviamente exdrúxula.
Rodrigo, vc sequer abordou o ponto levantado neste comentário. Há diferença de princÃpio, do ponto de vista legal e moral, entre se opor a textos racistas ou homofóbicos (as duas coisas são crimes) e censurar livros q divergem dos princìpios de uma certa religião (o q não é crime)? Deve a educação em uma democracia laica se submeter aos princÃpios de um determinado grupo religioso?
Ricardo. Há uma tese cental de que há uma intolerância à literatura, tanto de parte da direita como da esquerda. Ele cita como exemplos Ziraldo e Monteiro Lobato. E não obras pseudocientificas como Minha Luta. A propósito, Monteiro Lobato virou o novo villao da esquerda.
Tenho preconceito e admito: sou contra esses pais que censuram livros (a maioria não lê ou lê pouco) que subestimam crianças e adultos; não tive censura (meus pais tinham preconceito contra o que na minha infância chamavam de gibis, leitura de, aspas, moleques, livros, tudo bem. Li cedo Marquês de Sade ( vendidos lacrados na ditadura), achei meio chocante mas não me fez mal; tinha Golden showers e coisas assim mas hoje em dia todo mundo leu nos jornais que Trump e Bozo são fãs.
A bitola da insensatez não possui lado polÃtico.
Tem sim, a direita sempre foi censora, esqueceu da ditadura militar? Nada do tipo ocorreu em governos de esquerda no Br. Mostre um exemplo de governo estadual de centro ou esquerda q censurou livros como ocorreu com o O Avesso da Pele, recolhido pelos governos bozistas de Goiás e Paraná. Se não tiver um exemplo, sugiro morder o dedo antes de digitar bobagens grandiloquentes e fazer uma pesquisa no Google.
Censura é inconstitucional
Os crÃticos são daquelas 'galeras do fundão', quando em salas de aulas, que apesar das orientações dos professores em aprenderem a ler e interpretar textos, simplesmente balbuciam a leitura SEM SABEREM LER O MUJNDO no qual vivem.
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