Muniz Sodre > Na gaiola patriarcal, as mulheres são culturalmente anuladas Voltar
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Só muito recentemente, no século 19, houve o abolicionismo. E apenas no século 20, a igualdade civil entre homens e mulheres. As duas coisas estão realmente conectadas, e essas conquistas são fruto do liberalismo, iniciado com mais força a partir do século 18.
Bem... O mais sensato deveria ser dizer: fruto do interesse do liberalismo na liberação de mão de obra e também de novos consumidores. Além disso, aquilo que se convencionou chamar liberalismo no Brasil tem nuances muito particulares e dialoga muito mais com o escravismo do que com a ideia de expansão de direitos
Conheci uma mulher, que vivia um relacionamento superabusivo com um marido psicopata. Quando queria mostrar seus desejos de vingança terceirizada ela dizia: "na próxima encarnação você vai ser mulher, preta e pobre." Ou seja, para ela mulher, preta e pobre, tinha mais era que se lascar.
leia, Desafio poliamoroso, de Brigitte Vasallo. imprescindÃvel!
A diferença sexual não se restringe ao sexo, vai além, se situa no campo psÃquico. A via para a revisão dessa cultura patriarcal não é pela negação das diferenças, mas de afirmá-las em um outro lugar, que não seja a da submissão de um em relação ao outro. A cada conquista, surge um retrocesso, uma imposição, no campos social/polÃtico, pela manutenção dos seculares princÃpios religiosos. Uma luta que passa pela posse do corpo, frente aos constantes abusos e estupros e ao direito ao aborto.
Aliás, sêo Muniz, feliz menção à cloaca, que serve muitÃssimo bem ao texto: como denominação de parte do aparelho excretor de diversos bichos, a cloaca é de onde esses organismos vieram, maledettos; como nome alternativo do ponto final do esgotamento sanitário, é excelente destino pros estrupÃcios criadores dessas leis ineptas. Fossa, e não a sanitária ou o biodigestor, simplesmente o buraco dos dejetos. Vão que vão, e não retornem.
Sêo Muniz, carÃssimo, eu só lamento que a reação social seja somente - ao menos nos decibéis da grita - à leniência com os estrupadores: há variadas barbaridades que também mereceriam barulho, muitas referentes à nossa sobrevivência como espécie, que malemá atingiram o volume de uma conversa na rua. E recentes retrocessos na polÃtica acerca das drogas ilegais. A liberada de armas, na Era Bozozóica; falando nesse perÃodo (pré)histórico, as inúmeras boiadas que passaram. Bando lazalento.
Ao longo da história o homem se mostrou um eterno fracassado no entendimento da mulher ,como não consegue fazer a leitura ,oprime !
Aqui não há vulcões mas as cinzas do passado tendem a desabrochar e a encontrar adeptos. Assim é com o terraplanismo apaixonado e com as mitologias religiosas. Também temos ineditismos, mas nada que seja motivo de orgulho nacional: no Brasil há mulheres misóginas, defensoras de estupradores.
Ah, meu caro Enir, creio que você, em seu rigor acadêmico, procurou vulcões no sentido estrito, produto de atividade tectônica. No Brasil os há, sim senhor, mas de natureza diversa da usual: produto da atividade fiofônica, tá cheio de vulcão de Herda pelaÃ. Aliás, sorte nossa, porque se expelissem lava na mesma proporção do estrume mental que produzem, Pompéia e Herculano seriam pouco, pouquÃssimo. Tamos recobertos da Josta que exuda desse legislativo horroroso, legislabóstico. Haja escafandro.
A jaula do patriarcado aprisiona até mesmo seus opressores - homens e mulheres.
Sempre uma aula!!! Obrigado professor por compartilhar seus conhecimentos e nos permitindo a chance de evoluir como homens e, especialmente, como seres humanos.
É isso!!! Sempre bom ler Muniz Sodré. Os machistões ignorantes que vivem a postar asneiras nem chegam a entender um texto de Sodré. Por essa incapacidade mesma é que são ignorantes.
Está certa, sim, Marli ! É importante ajustar os termos, porque a briga é longa e os recalcados não se conformam com o que já não poderá voltar atrás.
Lembrei da história do Rei nu
Fica claro que em textos de mulheres abordando este tema a turma de misóginos envelhecidos ou não tanto cai de pau. Já aqui, onde eles estão? Perdem a oportunidade de aprender sobre o que realmente importa. E se escondem. Que seja de vergonha, de uma vez por todas. Este texto deveria ter espaço permanente na FSP, para que haja identificação e mudança de pensamento. Onde ainda for possÃvel.
Sim!. É cansativo explicar o óbvio, boicotado desde sempre, aos ignorantes. Homens, mulheres. Por isto que proponho não mais os termos "machismo, machista" - que já causa olhares irônicos de tão gasto - por "misoginia, misóginos e ... misóginas". Que mulheres também não gostam de mulheres deve se tornar claro. rs
Assustador é perceber que este movimento machista, que tem na extrema direita o seu porta-voz polÃtico, está vivÃssimo, não apenas nas teocracias medievais citadas no denso artigo, mas nas democracias, como a França, Alemanha, Itália, Holanda, Portugal, apenas para citar alguns europeus, e, claro, nos EUA com o retorno da vÃbora alaranjada com chances de voltar ao poder, superando o caduco Biden.
E eu, que acho tão belas as cobras e os lagartos, até me dói o "vÃbora" personificada no TrAmp, caro Marcelo. E também as lagartixas e sapos, que nunca mato aqui em casa. Aliás, as primeiras, quase cultivo, pra vê-las existindo e se alimentando ao redor das luminárias da sala. Bem, desculpaê a delirada, que o TrAmp é mesmo venenoso à beça.
A FSP "comeu" meu comentário. Aà vai, de novo: reparou que em 2 paÃses citados a ex tre ma di rei ta é representada por duas mulheres? Alertando. Vai passar, FSP? O seu comentário tem termos que quando eu os uso, não passam sem "moderação".
Reparou que citou dois paÃses cuja extrema direita está representada por 2 mulheres? Alertando.
O Biden não "congelou", como falam as más lÃnguas. E como tem isto. Ele, em um lampejo de muita lucidez, parou ("congelou") e se perguntava o que estava fazendo ali tendo que "dialogar" com aquela coisa que chamam de candidato. O seu "caduco" se chama etarismo e eu denuncio quando vejo isto. Já o meu "aquela coisa" nem sei onde se encaixa.
Perfeito!!!
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