Assédio é falar nisso o falecido diretor Antunes Filho era considerado um dos grandes adaptadores de Nelson, não é.

Dá para escrever sobre o mundo em geral, mas explicitarei sobre o Brasil. Nasci e entendo que até hoje se nasce em uma cultura machista e patriarcal. Exige esforço para que nossas ações estejam a todo momento passando por filtros para que se desvencilhe dessa cultura construída por variáveis negligenciadas pela sociedade. A arte, cabe esse lindo papel de tirar o lixo debaixo do tapete. Parabenizo a todos os envolvidos por trazer à baila um tema de imensa importância.

a adaptação para o cinema foi humilhante para uma artista brasileira famosa, com a cena de estupro, extremamente preconceituosa, por ter sido feita por negros. Dá para falar do tema sem ofender a dignidade da atriz e de seus proximos, tomara que tenham tomado cuidado com a montagem da peça.

Com certeza o tema dessa peça é sensível e essa questão de assédio é nojenta, porém vou fazer uma reflexão sobre assédio. Vou na academia e me sinto assediado pelas mocinhas que lá vão. Ou, short enfiado, mostrando até as dobras e ficando em posições pornográficas a 1 m de distância de mim. É uma pouca vergonha.