João Pereira Coutinho > Realidades e fantasias Voltar
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Ao ler o texto bem elaborado do autor, me ocorreu que eu tenho uma Paris ou uma França desenhada pela Sétima Arte do Novelle Vague e o de Hollywood, ambos fiés ao "modo francês de se viver" na mesma tradução para o 'American Way Of Life' dos yankees. Por outro lado surgiu nas últimas décadas um cinema mais underground dos subways dos subterâneos de Paris, que continuo assistindo no streaming, diga-se bem mais confortável que os cinemas com pipoca e pessoas conversando alto...
Mais uma belÃssima análise.
Gostei de seu texto. Pesa na balança a degradação dos serviços públicos. É nÃtida a degringolada com hospitais que fecham, cidades que ficam sem escolas e correio. A escola que já foi melhor. A inflação foi a cereja do bolo. Pode haver empregos mas não há mais aquela abundância precedendo a epidemia que foi agravada pela guerra na Ucrânia. Os eleitores estão punindo.
Trump, Biden, Macron e Le Pen, são a mesma coisa, o ruim e o ainda pior, um grande faz de conta, do vamos mudar para tudo continuar como está, nenhum deles representa o povo, somente as bilionárias elites que financiam ambos.
Olha quantos Silvinhas que esta turma produz, latem, mas quando ameaçam com as grades, fazem pipi : )
Toma seus remedios e sossega
Ia até mais ou menos no texto, até citar o Ham as, que nada mais é do que subproduto dos genocidas, inclusive com mãozinha na fundação, por sinal, Macron e Le Pen apoiam os genocÃdas. Equiparar Melenchon com Le pen é mesma bobagem que comparar Bolsonaro com Lula, colunista mostrou a que veio. Le Pen é subproduto de Macron, primeiro a promessa do arrocho com o neoliberalismo, depois o fascismo para conter as massas revoltadas. No fundo, Macron e Le Pen atendem ao grande dinheiro e não ao povo.
A falência do sistema capitalista e das teorias neoliberais. O Mercado Financeiro acima de tudo e de quaisquer suspeitas, para o bem de uma minoria avarenta. O restante dos mortais sem perspectiva, sem nenhum alento, vendo calados seus direitos constitucionais serem subtraÃdos, partem para a descrença, o tudo ou nada, em conexão com o que é dito pelo não dito da extrema direita fascista. Nosso calvário iniciou com Temer. O mundo inteiro passa ou está passando por esta mesma ameaça.
Como sempre, enquanto o Coutinho teoriza, dá para ler, pois ele escreve muito bem, mas quando passa para a análise polÃtica, é um desastre. A Rússia de Putin não é perfeita, mas é melhor do que a Rússia da OTAN, que seria um "Brazilzão" dividido e saqueado pelas "grandes democracias"; tampouco a Palextinna do Rammaz, mas a opção é a Palextinna de Yzrraeu, destruÃda e com os sobreviventes expulsos. O mesmo para a Pallextina da Autoridade Pallextina, que não ataca, mas é mais e mais ocupada.
Caro João P. A ,a perfeição da fantasia está um passo a frente,coincidência lá está o abismo tbm,boa sorte humanidade.
O Coutinho é um "liberal" empedernido que se recusa a aceitar que seu sistema favorito foi tomado pelo capitalismo financeiro que gerou um punhado de bilionários e uma pequena minoria de muito ricos de um lado, e muita miséria do outro. As populações dos paÃses europeus vivem numa permanente "malaise": o seu entorno é muito bacana, a tal maravilha descrita pelo colunista, mas eles nunca "chegam lá", com este sistema não tem como. O tal "desejo de morte" é apenas o desejo de uma alternativa.
Essas posturas de supostos cientistas polÃticos, ou de polÃticos travestidos de cientistas, que defendem o senso comum, reproduzidas acriticamente em tablóides alhures, é o principal motivo para a ascensão da extrema direita aqui, na Europa e Estados Unidos. Já não há mais simpatia por esses discursinhos do tipo "em cima do muro". A população espera soluções e já sabem que não vem de espaços e atores como esses aqui dos meios de comunicação tradicionais.
Quando Berlin e Paris não falarem mais o mesmo idioma e Europa, como UE, acaba .
Aron grande intelectual e pensador que debateu com Sartre e os defensores da esquerda influenciada pela transformação do mundo pelo ideal de revolução. Não era essa a senda de Aron. Contudo, o ideal liberal de progresso contÃnuo, levado ao infinito também produziu um desejo infinito, sem barra, sem noção de limite que permitiriam levar a melhores acordos para se viver numa sociedade plural e mais equânime na distribuição das riqueza e dos direitos. Um sonho de verão que virou pesadelo.
Eu conhecia essa piada nos anos 70 com os presidentes militares: Castelo - o Brasil está à beira do abismo, Costa e Silva - demos um passo à frente, Médici - ninguém segura esse paÃs.
A história da França é cheia de tragédias, não podemos esquecer da tal revolução francesa, endeusada pelas direita, mas que não passou de uma carni ficina generalizada, só não pode ser comparada ao oloc austo, porque não existia crematórios à época, sem contar a histórica e esquecida ridÃcula deusa da razão. Uma foi a real revolução, outra é a vendida pela direita nos livros e filmes.
Antônio, a Revolução Francesa é um marco histórico essencial que não pode ser reduzida a uma "carnificina". E quem criou esta imagem foi exatamente a historiografia dos vencedores, as monarquias europeias, principalmente a do Reino Unido e seus sucessores, os EUA. Se você acha que a direita a endeusa, você não entendeu absolutamente nada.
Muito bom. Lembrar q extrema-direita francesa tem duas influências: o protecionismo:o agronegócio deles exige proibir produtos d paÃses como d Brasil. Nossos fazendeiros direitistas vão adorar ver seus produtos encalhados. Dois: franceses temem imigrantes não-brancos, islâmicos. Submissão,livro d Michel Houellebecq,alerta p futuro hiperepressor à s mulheres. Mas como França sobreviverá sem imigrantes, visto a baixa tx natal?
A liberdade de ter acesso ao básico é reconhecida pelo autor do livro, mas tratada como fantasia pelo colunista. Como sempre, extrema direita pinçando trecho de texto para se justificar. Ninguém sério seria louco de defender as ideias dessa gente, então eles precisam distorcer as ideias dos outros para fingir apoio de intelectuais.
Talvez o motivo de maior descontentamento não esteja na democracia e sim no capitalismo. Vejamos o que o tempo nos dirá.
A Liberdade guiando o povo para o abismo.
A prisão joga o povo pra onde?
O nome desse "compromisso entre liberdades rivais" é "solidariedade", ou mesmo "fraternidade", mas muitos liberais tem um problema enorme com esses termos. Evitam esses termos, talvez por considerar que soam muito antiquados ou pior, eivados de progressismo, quando, na verdade, são apenas decorrência racional da assunção de responsabilidade. Para muitos, a responsabilidade só cabe aos outros.
MagnÃfico comentário. Parabéns.
Bom traço do Ângelo Abu! Será que Marianne e toda sua representavidade será reduzida à parede de museo?
O ocidente é vitima do próprio sucesso. O progresso material e a paz do pós guerra criou uma geração que vive na fantasia. A obsessão com espaços seguros, palavras machucam, tentativa de supressão de qq manifestação de agressividade, a ideia saida do marketing de que tudo é possivel, basta querer (até o sexo é uma escolha), são sintomas de uma sociedade incapaz de lidar com o principio da realidade, que não tolera ser contrariada. Crianças. A demanda por paternalismo estatal é outro sintoma
Linda paz que começou no pós Hiroshima e Nagasaki, com Vietnã, Iraque, Libia, SÃria, Pales tina e muitos golpes. Paternalismo estatal? Prefere o madrastismo da cada vez mais bilionária mão invisÃvel do mercado, que entra no nosso bolso, tanto quando está bem, quanto quando está em aperto? Possibilitando aos mais ricos, mais que dobrarem a fortuna nos últimos 4 anos?
Me desculpe, mas ter arrogância de se achar mais ao lado do "principio da realidade" do que toda uma geração a partir de grandes diagnósticos simplistas é que me parece infantil. É inocente comprar esse tipo de grande narrativa, que vem sempre aliada ao clichê da denuncia do "paternalismo estatal", sem critica alguma sobre ela, mera repetição. Mas o buraco é muito mais embaixo, as coisas sao beeem mais complicadas do que reza a cartilha popular neo liberal, feita para inocentes uteis...
Um texto que busca o caminho do meio. Muito bom.
Mais um intelectual apegado a aparência. Para alem dela a coisa do Aron não é tao brilhante. Agora, é certo que essa aparencia nao pode ser mantida quando o sistema entra em crise. Ou quando e gerido autoritariamente.
Com todo o respeito ao articulista, muito bem dotado intelectualmente, podemos afirmar que os dois primeiros parágrafos são tÃpicas piadas de português, embora tais tipos de citações sejam extremamente comuns entre os nossos jogadores, técnicos, locutores e comentaristas futebolÃsticos, tanto no passado como atualmente.
Como de hábito, um texto brilhante.
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