A vida é apenas um espaço de tempo entre o nascimento e a morte. Se longo, não se completou. Curto, foi eterno. Carpe diem....

Carolina, sua decisão é o mais humano e ao mesmo tempo divino gesto de amor à vida. Tenho sempre esperanças de que a medicina encontre um meio de amenizar a dor. Tenho sempre a esperança de que amanhã será melhor do que hoje... mas nem sempre a esperança é o mais racional dos sentimentos, por isso admiro a sua força, o seu amor pela vida. Siga em pais em sua decisão. Ela te faz gigante.

Ao proibir a eutanásia e o suicídio assistido no Brasil, condenamos quem encontra razões para morrer a uma espécie de inferno na Terra. O titular da própria vida é quem deve decidir. As procurações morais deveriam ser caçadas. Respeitar a decisão do outro em morrer, quando encontra justificativas para isso, quando estas justificativas indicam um caminho incontornável de dor, deveria, racionalmente, indicar também a ajuda em encontrar a morte digna. Dignitas in moriendi est bonum inalienabile.

Sem entrar nos méritos, são R$ 80.000,00 para eutanásia. enquanto Conceição Geremias, atleta medalhista de ouro olímpico, tem um pé e parte da perna amputados e precisa de R$ 50.000,00 para recomeçar a vida. Repito, cada uma na sua, R$ 8O.000,00 já dá para morrer com dignidade mas R$ 50.000,00 não bastam para próteses, fisioterapia, cuidadoras por anos a fio. A atleta ainda não tem R$ 30.000,00. Procure pelo nome e verá a indicação de como ajudar. Força e fé, Conceição!

Como ela possui o livre arbítrio, não seria menos dispendioso uma decisão unilateral?

Todos temos direito sobre nossos corpos, nenhuma religião ou código penal deve interferir neste direito. Simples assim

Na década de 80 sofria com dores no nervo trigêmio,quando conheci um neurocirurgião no Hospital da Beneficente Portuguesa em SÃO Paulo,(Dr.Pagura)que fez uma microdescompressão do nervo,foi muito dificil mas as dores ficaram suportáveis.Ele tinha um tratamento inovador de congelamento,mas no meu caso ele disse que não se aplicava e fez o procedimento acima citado.

Ainda não descobri o que há no meu texto para ser barrado para análise. FOLHA explique-se.

Cada um sabe da sua dor, da sua vida, do seu fardo. O ser humano tem direito de decidir sobre isso e acho que o Brasil como país L-A-I-C-O deveria ter organizações similares a da Suíça.

A ciência médica tem muitos avanços, eu defendo a vida sempre e sempre buscar uma ação de prolongar, o canabdiou surte efeito, aumente a dose, o fim traz sensação de derrota pra ela e pra nós uma sensação de fracasso em não dar uma solução a vida plena e sem dor.

Esqueci de mencionar o cirurgião Guilherme Carvalhal Ribas no comentário abaixo. Desculpe me intrometer. Carolina.

Sempre no final deste tipo de matéria a Folha coloca CVV e outras entidades. Mas nunca disponibiliza na página entidades como a q existe na Suiça. Onde está a empatia e compaixão deste jornal? Deve existir uma forma mais barata de obter morte-digna.

Carolina , Deus te abençoe e termine com as dores. Cumpra a Missão na Terra.

Se realmente não tem jeito, estou absolutamente de acordo. Por muitas vezes e por muitíssimo menos já pensei em ir para a Suiça. Tenho a documentação e o contato da Dignitas comigo. Condição para Digniitas é a capacidade de decisão. Por isso, observo bem minha saúde mental. Nos últimos tempos tenho estado melhor. Faltava diagnóstico médico que, enfim, foi feito por mim mesma. Por enquanto, bola prá frente.

Sou ateu, portanto, não acho que seja falta de Deus como vc, Carolina, comenta sobre pessoas que não te entendem. Peço apenas que reflita sobre a sugestão. Minhas depressões são severíssimas, mas eu sei que o seu problema deve ser ainda maior.

Eu queria poder comentar com mais detalhe, mas a FDS não deixa. Sofro de TAB e tenho depressões recorrentes. Não quero comparar a sua dor com a minha, Carolina, mas eu indicaria urgência psiquiátrica e cirurgia com o médico Paulo Niemeyer, maior especialista do Brasil.

Vida digna até o fim. Viver com dor, sem solução é se acostumar com a quase morte. Vá em paz espero viver para ver essa pauta no Legislativo

Tatuagens lindas. Pelo jeito, ela amava o próprio corpo, amava a vida. Mas a doença transformou a vida num inferno, e ela está tomando a decisão mais racional possível nessas circunstâncias. É o que qualquer pessoa normal faria. A morte não tem nada de trágico. Determinadas formas de vida, sim. Farei uma contribuição generosa.

Neuvralgia

Faltou explicar o que é neuralgia do trigêmeo. No mais a reportagem é bem objetiva.

Desculpem-me a ignorância, mas neuralgia do trigêmeo nao comporta ressecção do feixe nervoso?

Ninguém merece o que esta moça está passando. Viver é poder se movimentar , rir , andar, correr, chorar, gritar, brigar, ficar de bem, comer, sentir tristeza e alegria de vez em quando, e não estar sofrendo toda hora por uma dor física insuportável. Se eu estivesse na situação dela, teria o mesmo desejo q ela.

O direito à dignidade não deveria ficar abaixo de nenhuma moralidade.