E um absurdo manter privilégios fiscais para a Zona Franca de Manaus. Todos pagamos pelas ineficiências e assimetrias econômicas por esse sorvedouro de dinheiro público. E os bilhões de incentivos lá despejados até agora não serviram para melhorar o padrão de vida da população local.

Olha a bola tocada, virou passeio!

É um absurdo, um escândalo inominável. Depois de quase sessenta anos e de fortunas incalculáveis despejadas ali o País todo segue carregando a região nas costas, em prejuízo de todos os demais brasileiros. Era para ser provisório e virou permanente, definitivo. Jamais conseguiremos tirar o pé da lama e do atraso enquanto este tipo de benesse gerada na e herdada da ditadura militar permanecer.

Inacreditável não acabarem com esta trapizonga. É mais barato pagar salário diretamente aos funcionários do que manter o incentivo tributário.

Aconselho a leitura do art. 1º do Decreto Lei 288/1967, para , depois, analisar o "desenvolvimento" da região do "interior da Amazônia" (vide decreto) tendo como base o IDH (índice de desenvolvimento humano, criado em 1990 e publicado anualmente desde 1993 - PNUD da ONU). Quem, sem desonestidade, compara a evolução das condições na região, sabe que pouca coisa mudou. Ou seja, o incentivo ao desenvolvimento da região deveria ser diverso (pesquisa em meio ambiente e biotecnologia, p.ex.)

E a Sudan? e a Sudene?

Seria mais interessante se cada estado pudesse definir sua própria zona franca. Assim, o governo e a iniciativa privada poderiam captar recursos para o desenvolvimento dos modais de transportes de cada região, aumentar a competitividade entre os fabricantes. Apesar de ter votado no Lula, sou contra o aumento de impostos e somente países que reduziram a carga tributária e sanearam contas, é que se tornaram desenvolvidos.

Existe coisa mais estúpida do que conceder benefícios fiscais para indústrias longe dos mercados de consumo e sem ligação rodoviária com o restante do país? As peças percorrem uma grande distancia para chegar a Manaus, os produtos são montados e fazem outra longa viagem até os mercados consumidores. Tremenda ineficiência.