Juliano Spyer > Conservadorismo não é fundamentalismo Voltar
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O dia foi meio zoado, caro Juliano, mas não posso deixar de dar um pitaco aqui. É verdade, a questão é "conservadorismo", não discordo disso. Mas a forma como ele se manifesta e se inbrica na identidade religiosa, e como isso foi e é cooptado pelas lideranças polÃticas, é peculiar aos evangélicos. Boa parte do congresso sempre foi católico, e a religiosidade não era continuamente tema, critério ou sarrafo. Fez-se assim de uns anos pra cá. Aos evangélicos cabe desenergizar eçe peçoau.
Para criticar a generalização sobre os evangélicos, faz se uma generalização sobre a esquerda... O melhor meio de se evitar generalizações como essa seria aqueles dentre os petencostais que não se alinham ao fundamentalismo religioso, o uso polÃtico e a mercantilização da fé levantarem sua voz contra essa turminha do barulho (Malafaia, Feliciano, Damares e Cia Ltda)
Do jeito que está, acabam deixando esses picaretas falando (e gritando) sozinhos, em nome de todos os evangélicos, levando infelizmente a uma generalização por muitos de fora deste meio, que é a queixa do articulista...
"Mas a ideia de "falar com os evangélicos" pode, às vezes, querer dizer "domesticá-los", convencê-los a deixar de ser quem eles são." Ué, não é exatamente o que os proponentes, grande maioria evangélicos, da "cura-gay" querem: fazer com que pessoas homo ssexuais deixem de ser que são?
Não me sinto capacitada para tratar do assunto, mas uma dúvida me persegue, Juliano, a saber: como muitos evangélicos e cristãos de outras religiões podem apoiar, e muitos apoiam, o bolsonarismo e sua polÃtica de armamento? Seguidores de Cristo com fuzil em punho me parece uma contradição absoluta. Poderia nos explicar, baseando-se apenas no Novo Testamento, já que no Velho a violência é evidente?
Esta é fácil, Debie: os evangélicos em geral seguem o Antigo Testamento, o seu Deus é o de Yzrraeu, não o de Jesus Cristo. Este é um convidado pouco ilustre em suas pregações cheias de ódio e violência contra os que não seguem seus preceitos. Há muito percebi que eles não são cristãos e que adorariam ser yddeuz, mas estes, muito sabiamente não querem saber deles, só querem usá-los, o que não requer o menor esforço. Já viu o Edir Macedo no "Templo de Salomão" paramentado como um sacerdote hebreu?
Pois é, João, em nome de Deus quantas atrocidades têm sido cometidas, mas minha dúvida continua: há no novo testamento alguma passagem de incitação à violência? É válido alguns evangélicos da atualidade posarem com fuzis?
Pode até ser contradição, mas ela é bem antiga. Nossos antepassados que expulsaram os mouros da penÃnsula ibérica usavam uma cruz na armadura. Não tinham a menor dúvida que lutavam em nome de Cristo. E o Papa dava a maior cobertura.
todos, todos mesmo, vendilhões dos templo. claro alguns apenas compram indulgências como se fosse possÃvel um lugar num lugar que não existe. ootháriooos!
Para mim vale o mesmo princÃpio dos paÃses árabes. Quando derrubaram a ditadura no Egito, o povo de lá elegeu um ... fundamentalista islâmico. O mesmo ocorreu em Gaza nas últimas eleições. Ou seja, esses lÃderes fundamentalistas, sejam islâmicos lá ou cristãos cá, são perfeitamente representativos de seu povo.
Porque são paÃses pobres com povo sem instrução. Veja SuÃça, Noruega, DinamarcaÂ…
Ou não teriam o naco de poder que tem.
O ódio da atual esquerda brasileira a verdadeiros cristãos de qualquer templo se deve ao fato de ela ter grande apreço pelas seguintes bandeiras: aborto, liberação das drogas, invasões de terra, discursos identitários segregadores e apoio a ditaduras de tendências socialistas. É por isso que precisam ser vistas com bastante cautela as ações de figuras interessadas em incentivar igrejas sérias a aceitar a influência de tal campo polÃtico-ideológico. Os tementes a Deus não podem se deixar enganar.
Não senhor, o aborto é permitido pela lei brasileira em casos de estupro e risco de vida da mãe e você deve respeitar isso, não obrigar mulheres a ter filhos de estupro ou a morrer no parto. Outra coisa: você não mencionou o casamento igualitário. Os evangélicos na politica querem proibir pessoas LGBT de se casar. Basta né?
Divergimos, Sr Zizas. A esquerda no Brasil respeita, sim, a diversidade de religiões. Atualmente, o que me parece é que alguns lÃderes evangélicos é que não têm respeitado essa diversidade.
Debie, esquerdistas não são a favor de uma efetiva diversidade de religiões. Eles só as apreciam quando encontram uma chance de aproveitar alguma(s) delas para finalidades nada piedosas.
Felipe, está descontextualizada a discordância por você manifestada. Meu comentário menciona as causas mais apreciadas pela atual esquerda brasileira. Quanto a mim, penso que quem quer consumir cigarros de tabaco e/ou bebidas alcoólicas deve ter o direito de fazer isso livremente. Sobre o aborto, é necessário observar que tal ato não envolve só a vida da grávida. Ele é, na realidade, consequência da decisão de eliminar de modo covarde um outro ser humano na fase mais inicial da sua existência.
Sr Paulo, sou admiradora de Marina Silva e tbem sou contra o aborto, mas me vejo no campo da esquerda, sobretudo na defesa de minorias, na luta pela justiça social, inclusive na questão agrária, na proteção do meio ambiente, no respeito a diversidade de religiões, na luta contra privilégios de classe e desigualdade social etc. Assim como Juliano diz que há muitos e diferentes ramos evangélicos há tbem diferentes matizes na esquerda. Mas Bolsonaro e bolsonarismo, nunca.
Eu sou cristão, espÃrita e discordo totalmente de você. Eu não bebo álcool, não uso drogas, não gosto de tatuagem, não concordo com o aborto (mas eu não tenho útero para decidir), etc. Entretanto, eu não quero proibir as pessoas de beber, de fumar maconha ou cigarro, de decidir se levarão ou não uma gravidez adiante, sabe por quê? Porque eu decido sobre a minha vida! Não sobre a vida dos outros! Até o casamento LGBT os evangélicos querem proibir. Cristo disse que seu reino não é deste mundo.
Acabou com a tentativa de reconciliação. Não há como conversar com os que se dizem verdadeiros cristãos.
O Pentecostalismo que criou raÃzes no Brasil atual é fundamentalista. André Valadão disse em culto esses dias que muito centro de Umbanda seria fechado e diversos ataques foram desferidos a terreiros. Um pastor traficante no Rio, no Complexo de Is ra el, está ameaçando padres e fiéis católicos. Na polÃtica, perseguem LGBTs e apoiam Bolsonaro e depois nós progressistas que somos intolerantes?!
Se as pessoas do culto que eu sigo apoiam em peso polÃticos que fazem apologia ao estupro e defendem a tortura e assassinato de adversários, indo totalmente contra a doutrina cristã, o melhor que posso fazer é buscar um lugar em que eu consiga seguir de verdade os preceitos ensinados por Cristo. Passar pano e fazer vista grossa é pura hipocrisia religiosa e de princÃpios.
Não adianta fazer esses esclarecimentos - muito bem colocados, por sinal - em tom de um convite racional, educado e realista. O pessoal da esquerda já tem o seu Deus na Terra e só se move em favor dele e por interesses ideológicos e oportunistas. Já disseram, inclusive, que para alcançar o poder fariam aliança até com você sabe com quem. E, na primeira oportunidade, traem, pois é próprio dessa gente fanática trair, mentir, falsear...se é para adorar/adular seu santo e suas pautas.
Comentário vergonhoso. O Deus desses pastores é o dinheiro. Tome tenência.
Os evangélicos são úteis no mundo polÃtico. São importantes instrumentos de controle social.
O Spyer deveria falar mais sobre "aqueles que, de dentro, resistem ao sequestro polÃtico de suas comunidades de fé". Ele vive mencionado fulanos e beltranos que agem neste sentido, mas nunca se vê nada a respeito na imprensa: é boicote ou estes são irrelevantes? O artigo é finalizado com a manjada inversão do ônus da intolerância: são os progressistas que maltratam os pobres evangélicos! Conta outra, Spyer!
Pra definir posturas preconceituosas, não existe “os evangélicos” (no que concordo); mas existe “a esquerda”?
Bem colocado. Nada como desumanizar os outros, um hábito carinhosamente cultivado tanto pela esquerda como pela direita.
Qual seu problema?
Felipe, humanos perseguem todos os que discordam deles? Pois é. Largue de generalizações.
Os evangélicos perseguem todos os que discordam deles.
Falar com os evangélicos, pastor luta quando malafaias ou FelÃcianos são homofóbicos etc acontece que eles representam o pensamento da maioria dos evangélicos, caso contrário não seriam eleitos a baciadas e nem teriam estes discursos. Juliano você só é colunista deste jornal porque a folha virou pentecostal, e hoje somos 30% da população evangélica, tipo malafaia e felÃcianos
Queria ver sua opiniao. A opiniao do beto. O lule falou q é contra
Essa conversa de criar pânico moral para eleger reacionários travestidos de meros conservadores já deu muitos frutos, todos podres. É tudo justificado pela liberação generalizada do aborto (que não veio nem virá nesse governo, até porque é tema da alçada do legislativo), doutrinação homossexual, ditadura comunista, venezuelização, etc. Na prática, só elege um bando de falastrões inúteis e estridentes, com a missão de nos fazer retroceder 50 anos em 5...
Estupro e anencefalia? Ou acham q o aborto é direito da mulher em qq momento?
No meu ponto de vista a qualquer momento, mas isso não deveria ser problema para quem é contra essa hipótese, já que a maioria esmagadora dos congressistas jamais aprovaria tal possibilidade, ao menos enquanto o perfil dos nossos representantes não mudar significativamente. Dito isso, querer proibir nas formas já permitidas pela lei é um retrocesso absurdo!
Juliano, a esquerda tergiversa pra avançar. O pbjetivo é liberar o aborto so nessas condiçoes?
Essa é a mesma técnica da direita X extrema direita. O autoproclamado direitista moderado está sempre fechado com polÃticos de extrema direita, vota em todos, apoia ou aceita todos os projetos deles e quando alguém crÃtica "ain, eu sou de direita, mas não sou extremista, não aceito crÃtica". O Spyer e seus "evangélicos moderados" são iguais. Na hora de falar bem "somos 30% do paÃs". Na hora de receber crÃtica "eu não sou igual a eles".
Julgo que o autor do artigo deveria explicar isso aos adeptos da tal teologia da dominação ou da prosperidade, o quer que seja esse amontoado de falsidades religiosas ...O Brasil, repita-se, é uma republica laica...os cidadãos não podem ser compelidos a seguir a religião a ou b, ou abraçar valores pregados por a ou b...religião , como disse sabiamente o teólogo H.Kung, não pode se constituir em um fardo! Além do mais, é questão de foro intimo e não pode ser imposta a ninguém!
Se um homofóbico ou misógino justifica sua atitude preconceituosa invocando Deus e a BÃblia, o que eu deveria pensar sobre a relação entre a religião que ele professa e o preconceito que ele manifesta?
Acontece que tem muita coisa nos livros sagrados que praticamente nenhum fiel das religiões monoteÃstas segue mais, a exceção de ultra fundamentalistas... Até onde sei, adúlteros já não são mais apedrejados (talvez no Irã ou Afeganistão). Os cristãos foram dispensados dessa lei por conta de uma breve passagem dos evangelhos, mas tem outras que deveriam continuar valendo mas praticamente ninguém mais segue...
OK, mas perceba q isso vale para todos os cristãos, católicos ou protestantes, muçulmanos e juddeus, caso de fato sigam o q está em seus livros sagrados. Não é exclusivo dos evangélicos.
talvez pensar que ele é um estúpido.
No BR isso não é claro. Se não são fundamentalistas, pq abraçaram o bozismo, q é um movimento autoritário de extrema direita e ultra-conservador nos costumes? Na França, os não-fundamentalistas não votam em Le Pen, a extrema-direita jamais chegou à metade dos votos. Claro q há conservadores democráticos no paÃs, mas parecem ser uma infima minoria.
Perfeito! Parte da intelligentsia progressista coloca todos os evangélicos no mesmo balaio de Malafaias e Felicianos.
O problema é que geralmente quem fala pelos evangélicos como um todo homogêneo são justamente os mais estridentes entre os petencostais, enquanto aqueles que discordam dessa politicagem e comercialização da sua fé tendem a silenciar sobre o assunto. Sugiro aos evangélicos incomodados com a generalização que se pronunciem mais, para evitar essa impressão de fundamentalismo generalizado.
Bem, se não são todos, certamente um percentual enorme está pingando o dÃzimo e votando nos candidatos apontados pelos Malafaias e Felicianos. "Todos" ou "a maior parte", na prática dá no mesmo.
Artigo muito ponderado. Gostei
Juliano Spyer é o maior humorista brasileiro em atividade.
Seu livro "Povo de Deus" mudou completamente minha maneira de ver a questão. Muitos comentários refletem apenas um "pensamento-reflexo", que reage com frases prontas. Mas tenho certeza de que um número imenso de leitores está aprendendo a enxergar essa realidade sem preconceitos. Maravilha!
João, cada crente segue o guia espiritual ou intelectual que merece. Eu não li esta obra reveladora, mas acompanho a coluna do Spyer há tempo bastante para saber o que esperar. Ele só convence aos já convencidos ou aos que estão loucos para sê-lo, o que parece ser o seu caso. E quem tem "pensamento reflexo" são os que seguem gente como os Malafaias e Felicianos.
Marina. Deus Salve a Amazônia.
"A Igreja precisa parar de cair na armadilha de falsos evangelhos, sintetizados na seguinte frase: 'ame mais, julgue menos' " - Nik. F. Esse é apenas a ponta do iceberg do evangelho per vertido dos adeptos da teologia do domÃnio.
Se os evangélicos são só conservadores como defende o antropólogo Juliano Spyer hoje na FSP – álias, ele parece mais um defensor acrÃtico e dogmático na defesa dos evangélicos do que um antropólogo, um cientista social – porque eles aceitam a liderança de Deputados, Ex- pastores, que vão além, muito além, do mero conservadorismo, buscando poder polÃtico e econômico para impor suas crenças religiosas fundamentalistas toscas em todo o mundo.
Jorge, está é a primeira vez que você lê o Spyer? Lhe pareceu que "ele parece mais um defensor acrÃtico e dogmático na defesa dos evangélicos do que um antropólogo, um cientista social"? Jura? Só contaram prá você? Este é o Spyer, o responsável pela venda dos evangélicos como gente boa, perfeitamente racional, em nada manipulados por bispos e pastores picaretas, respeitosos com os diferentes etc. e tal.
Leia o livro dele ("Povo de Deus"), Jorge. É uma pesquisa fascinante. Falar em "evangélicos" faz tão pouco sentido quanto falar genericamente em "cantores populares", ou em "padres". É um universo muito, muito diferenciado. Tem de tudo. Inclusive no interior de uma mesma igreja.
Sugiro que, ao invés de generalizar chamando todos de evangélicos, devesse apontar o indivÃduo, dar nome aos bois. É mais fácil e mais sensato. Assim evita-se colocar todos os cristãos no mesmo balaio.
Quais evangélicos? Eu e mais alguns milhões de evangélicos nunca votamos em ninguém da bancada evangélica. Não nos generalize. Eu não posso concordar com a tentativa de implementação de um estado "cristão" porque estado cristão não existe, está fora do escopo de Jesus Cristo.
Quem quiser conversar com os evangélicos deveriam mirar os adeptos da "teologia da domÃnio" adotada pelo Silas, Michelle Bolsonaro, etc...a qual eu também combato.
Quem quer conversar com os evangélicos e sobre o que? Vão querer tentar me convencer de que a BÃblia é uma "fairy tale" e que o Êxodo não aconteceu? Se sim, não percam seu tempo. Essa gente só generaliza os evangélicos. Nada resolve a gente dizer que somos um grupo heterogêneo, que a maioria é a favor do estalo laico.
Você pode crer no que quiser. Os hindus crêem naqueles deuses zoomórficos ou de vários membros. Eu falo sobre o Êxodo porque sou formado em História pela USP e te digo que todo o narrado naquela parte da BÃblia não tem fundamento histórico ou arqueológico algum. Cobra que fala, dilúvio universal, mundo criado em sete dias. Os egÃpcios eram o maior império da terra e os hebreus eram apenas uma tribo canaanita; acha que os hebreus eram o motor econômico do Egito? Moça, você quer acreditar, só isso
Me pergunto - e pergunto a quem interessar possa - se é possÃvel acabar com a laicidade do estado democraticamente? Se, sim, é possÃvel, não há o que conversar. Se não, não é possÃvel, de igual modo não há o que conversar. Então eu não entendo, porque me parece que ou quem não é cristão deve se tornar um, mesmo desses fakes que todos conhecem, ou não tem salvação porque os eleitores evangélicos tem "maioria" de votos.
Glauco, ninguém diz que os "cristãos" não devem ter opiniões baseados em suas crenças, o problema é que tais opiniões se concretizadas em legislação implicam em negação de direitos fundamentais para a maioria da população, inclusive pelos que não se sentem atingidos. Decididamente, o nÃvel de poder a que chegaram os evangélicos constitui grave perigo.
Glauco, a solução para isso também passa pela laicidade, que é uma garantia de autonomia do Estado perante a Igreja, mas também da atividade religiosa contra a polÃtica. Evangélicos tem o direito de defender que hossexualidade é pecado e espÃritas de crer que o espÃrito se conecta à matéria no momento da concepção. Mas esses são argumentos religiosos, não polÃticos. São opiniões ou crenças garantidas no púlpito da igreja, mas vedadas na tribuna do Parlamento.
Perdoe-me entrometeter-em sua resposta ao Sr.Joabe. No entanto, as pessoas não dizem que não querem a existência de cristãos, o que dizem - esse é o cerne do debate- que os cristãos não devem ter opiniões a partir de suas crenças. Esse é o problema!
É isso Joabe! O paradoxo de popper - paradoxo da tolerância - fala sobre isso. Não há liberdade para um discurso anti-democrático. E considerando que o conceito de democracia vai necessariamente considerar a diversidade de existência, não há porque conversar por isso ... Mas vale registrar que até agora não ouvi nenhum agnóstico, laico ou alguém que professa religiões não cristãs dizer que a existência dos evangélicos não deveria ser tolerada, mas o contrário ....
Por serem contramajoritários, os direitos e garantias individuais estão entre aquelas normas da Constituição que não podem ser alteradas (cláusulas pétreas), o que os protege de maiorias conjunturais que os queiram extinguir ou reduzir. O paradoxal dessa discussão é que a laicidade estatal é uma garantia justamente à liberdade religiosa - incluÃda aà a liberdade de não professar nenhuma religião.
Eu também achei absurda a ideia de se combater evangélicos. Por um lado, acho que falta uma defesa mais coesa e humana do ateÃsmo, mas não é está a questão aqui. Se preserva na esquerda uma tolerância seletiva. Se alguém fala um A do sacrifÃcio de animais ou de dietas para orixás, causa um rebuliço. Atacar evangélicos e ouvir de volta que a prática é cristofobia é tratado como mimimi. Um grupo identitário deve saber respeitar o outro, é o mÃnimo.
Entendo e concordo com você, Dilmar. Acho que o ponto principal é refutar a ideia de combate, que não é algo agregador.
Entendo perfeitamente o argumento, que reflete uma ambiguidade no posicionamento de alguns setores da esquerda apegados ao discurso politicamente correto. Contudo, não se vê umbandistas ou membros de outras religiões praticando a intolerância com que alguns pentecostais, justamente os mais estridentes entre eles, promovem. Acho que os evangélicos que se opõem a está comercialização e politicagem religiosa em seu meio deveriam ser mais atuantes.
Parabéns, pelo seu posicionamento! Infelizmente as pessoas perderam o respeito pelas opiniões que não sejam do grupo ao qual pertençam!
Hoje é praticamente impossÃvel não ter um amigo evangélico, assim como não dá para não ter um amigo corinthiano. Estão em toda parte. Fale a verdade, seu amigo é um fundamentalista radical tipo homem bomba?
Respeita o corinthiano, estamos sofrendo!
Eu sou cristão espÃrita kardecista e progressista. Eu, posso ser conservador em minha vida diária. Isso não quer dizer que eu vá fazer projetos de lei para impor minha religião ao resto da sociedade. Os evangélicos tentaram proibir até mesmo o casamento civil igualitário, pelo amor de Deus!
perguntar não ofende : Quando a FSP deixará de rotular de Evangélicos esse segmento de fanáticos ? Evangélico é todo cristão, pois aceita o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo .
Excelente texto. Obrigada Juliano.
O "desafio dos 'setores esclarecidos' " é impor - sublinhe-se, impor - a evangélicos e não evangélicos a observância à laicidade estatal. Laicidade não como permeabilidade do Estado a todas as religiões indistintamente, como já li nesta coluna, mas como princÃpio de não contaminação da atuação do Estado (e isso inclui o Poder Legislativo) pela religião - qualquer religião.
Agora só falta escrever outro artigo avisando os evangélicos que conservadorismo não é fundamentalismo.
Hahaha. Muito bom!
Não deverÃamos permitir religião misturada com polÃtica , assim como policiais , delegados e sabe se lá mais o que na polÃtica Â… essa mistura só bagunça ainda mais a situação do congresso
Perfeito! Esse é um bom caminho
O problema são os polÃticos neopentecostais, todos com problemas éticos, muitos desonestos. Um amigo que frequenta uma igreja neopentecostal disse que foi constrangido a “doar” dinheiro ao final de um culto. Foi cercado por dois seguranças fortes e teve que “doar” 50 reais. Isso é espiritualidade?
Qual é o problema ético da Marina?
Peça a seu amigo que chame a polÃcia, pois isso não foi uma doação, foi um roubo. Mas não devemos julgar o todo pela parte, e a pior parte!
Meu amigo é evangélico porque estava fora da cidade dele entrou em outro templo da mesma corrente em outra cidade.
quem entra onde não deve entrar, sofre a consequência . Eu nunca entrei num desses supermercados da fé .
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