Bruno Boghossian > Não é preciso normalizar a ultradireita para encarar o fenômeno Voltar
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Ótimo artigo , um certeiro contraponto à coluna de outro analista que também escreve na Folha em que argumentou pela normalização dos extremismos de direita através do voto , já que uma maioria assim teria decidido. Vimos de perto em que resultou da decisão da maioria por Bolsonaro, e novamente poderá ocorrer o mesmo nos EEUU
O artigo está correto, o tema precisa, porém, aprofundamento de debates. O erro dos partidos democráticos é não considerar o sistema como um todo, com seus benefÃcios, mas, majoritariamente , seus malefÃcios. De todo modo, acredito que não se deve permitir à extrema direita botar a cabeça de fora. Ela já mostrou o que é há menos de um século.
Geralmente não concordo com o articulista , mas desta vez gostei do artigo.. Importante é manter os direitos individuais acima de qualquer governo de ocasião.
Quem escolhe o cardápio polÃtico são os eleitores.
Não dá prá explicar o crescimento da extrema-direita apenas pela disseminação de pânico moral e pela instrumentalização de preconceitos. Os partidos centristas, à esquerda e à direita, que tem se revezado no poder, sustentaram um processo de empobrecimento da população, inclusive cultural e cidadão, que agora cobra seu preço.
Poi Zé, Bruno, mas o fato das pessoas entenderem "direitos humanos" e "instituições democráticas" como coisas a serem removidas ou enfraquecidas tem a ver com a educação que recebem, não? Com a vida que têm desde miudinhos, os exemplos que vêem em seu entorno, a forma como os problemas são (ou não) solucionados. A normalização ocorre na pequenas e cotidianas coisas e oportunidades, parece-me. "Tablet ou não-Tablet" é capaz de ser a menor questão das salas de aula,a despeito da fedentina do Fedee
Ser contra a imigração ilegal não é extrema direita. Defender a famÃlia tradicional é ser conservador, nada mais. Tudo dentro das regras democráticas. Aliás, essa é a direita mais pacÃfica da história.
As mentiras, as distorções dos fatos, a violência, o ódio, o ataque à s instituições, a negação da eficácia das vacinas, a bomba a ser detonada no aeroporto de BrasÃlia, as estradas bloqueadas no dia da eleição, a invasão e depredação das sedes dos três poderes, a tentativa de instalar o caos no paÃs e outras tantas barbaridades não devem ser normalizadas, esquecidas e amenizadas. Mas combatidas e devidamente punidas.
Extrema Esquerda igual ou pior.
Mai ondé que tem "extrema esquerda", Zelis do céu? Cuba e Venezuela? Onde mais? Extrema direita carcando o pé, tá cheio pelaÃ.
A dita extrema esquerda não se utiliza de golpes para vencer as eleições ou para permanecer no poder. Um presidente da ultradireita, ao conquistar o poder, sabemos quando entra, mas não temos certeza quando sai.
Não, mas é necessária seriedade e não adjetivação histérica. Não, não há ultrahipermegadireita embaixo da cama e ter idéias opostas não fazem alguém ser de ultradireita, ultra esquerda ou do sÃtio do pica-pau amarelo. Passou do tempo da imprensa recobrar a seriedade e o equilÃbrio.
Concordo Anete, o mesmo pode se dizer dos demais ditos revolucionários da época, ler e instrumentalizar o descontentamento das massas. Essa é uma metodologia consagrada desde que o mundo é mundo: nós contra eles, não tem partido, esquerda ou direita, nem ideologia, bastando oportunidade e um sociopata de plantão, sempre com o apoio conveniente de alguns oligarcas mais ambiciosos.
Alberto, a discussão não pode ser limitada e os erros devem ser apontados com rigor, mas a torcida organizada, o tendencionismo, tem de ser bem filtrado. Mais técnica, menos opinião fariam muito bem para fornecer um quadro preciso ao leitor. A incapacidade de perceber que direita e esquerda mudaram, ao menos lá fora (aqui só quando destituirmos a oligarquia e declararmos a republica), é assombrosa e desastrosa.
Alberto, extrema, ultra, supra, não faz diferença. Ser um Imbecil não o torna o 4º Reich, assim como não torna o governo atual uma excrescência da URSS, apesar de maiores afinidades. O hábito da imprensa cultivar a histeria coletiva a torna co-responsável por muitas das mazelas que vivemos, ao inviabilizar o debate. Preguiça, poos é mais fácil simplesmente seguir a maré? Precisamos mais que isso e, felizmente, temos exceções.
Não se trata de adjetivação histérica sr. Alexandre. Bolsonaro conspirou claramente, com setores das FFAA e da sociedade civil, para a tomada violenta do poder.
É democrático sim, sr. Paulo. E a imprensa não pode tratar igualmente quem afronta a democracia e quem se submete a suas regras. Ela não pode impedir fisicamente que essa pessoa participe do jogo democrático, isso cabe a justiça quando condena à inelegibilidade, p.e, ou à prisão, como fez com Lula. Mas pode, ou melhor, te, o dever moral, de tratá-lo como pária no debate.
Caro Ricardo, não é democrático dizer que determinada corrente polÃtica é incompatÃvel com a democracia e não pode disputar o poder. Quem tem que decidir isso é o eleitor.
Ricardo, a questão é o comportamento autômato, da mesma forma que vimos em outras circunstâncias, acertadamente criticado por outros cronistas da Folha. Meramente desqualificar não ajuda na discussão e, ideologia por ideologia, terÃamos que discutir os amásios de Stálin, por conta dos obtusos que pairam sobre a carcaça da república, qualquer que seja a orientação do incompetente afeito à narrativas convenientes.
Não se trata de ideias opostas, mas de um sintoma, um fenômeno de massa, em que os envolvidos passam a ser conduzidos apenas pelos afetos. A razão, a lógica, o pensamento, a reflexão são descartadas. Hitler não inventou o fascismo, foi algo que já se encontrava latente na sociedade. Ele apenas soube aproveitar o momento. Apresentou-se como o lÃder infalÃvel e poderoso, disposto a eliminar todos os inimigos, os culpados por todas as mazelas pelas quais passavam o povo alemão.
Alex, não foge do tema, Bozo e Le Pen, e os movimentos q lideram, são ultradireita ou não? O bozismo e o lepenismo devem ser normalizados, ou são incompatìveis com a democracia, e deve-se manter o "cordão sanitário", como se fez na França?. Pra quem te conhece deste espaço, sabe q o seu desejo era escancarar "Viva TarcÃsio, nosso extremista moderado"! (hein?).
Vejo totalitários de esquerda babando de satisfação neste espaço de comentários com as ideias estapafurdias e antidemocraticas desse "jornalista" da FSP. A sÃntese dessas ideias é que a "direita" pode até chegar ao Poder pelo voto popular mas não poderia governar se não aplicasse as ideias socialistas, tambem chamadas abusivamente de "progressistas, tão caras à ideologia da esquerda. Alguma semelhança com Cuba e Venezuela? Maduro ja deixou claro que se a "oposição" ganhar não vai governar.
Votamos exatamente em quem odeia o voto.
Ele falou de extrema direita e não dá direita tradicional. É a primeira coisa que o eleitor precisa diferenciar. O mesmo se diga com relação à extrema esquerda. Nem a direita, nem a esquerda, bem o centri pretendem aproveitar da democracia para destruÃ-la. Ou aprendemos diferenciá-las ou fracassamos no nosso sagrado voto. Viramos exatamente em quem não gosta do voto.
´´... que o lucro que o Brasil teve no comércio com a Venezuela, apenas em 2012, quando o superávit com aquele paÃs foi de 6 bilhões de dólares - ou quase 20 bilhões de reais, com tudo o que isso representa em termos de empregos - lÃquidos - em nosso paÃs para possibilitar a exportação de bens nesse valor ( O TCU e os ''prejuÃzos'' do Brasil na Venezuela e em Cuba. No blog de Mauro Santayana, um prêmio à inteligência).
Poucas vezes li tanta bobagem em tão poucas linhas, parabéns
O Joel foi poluir a Globo News, mas o Bruno ainda está ai. Diz não é preciso normalizar, normalizando. Como se as massas não fossem enganadas pra votar em gente como Bolsoguedes, como se a elite do atraso não fosse responsável por deixar a estrada pronta com a farsa da lava jaro, golpe e prisão, como se o esgoto não vertesse de fake news e jagunços de bilionários da grande imprensa, como se fosse uma simples opção do povo, pelos genocidas, pelas privatizações fraudulentas e pelos juros.
E por que a Folha não condena o bolsonarismo? A condenação não pode ser feita antecipadamente, existe uma fraqueza inevitável em regimes abertos. Mas Bolsonaro já mostrou claramente o que pretende. A interdição do polÃtico só poderá ser imposta pelo judiciário (condição em que a personagem já se encontra), mas cada ator deve explicitar o que julga inaceitável, aquém dos parões mÃnimos, em vez de fazer cara se paisagem.
Minha maldade nem começou. Primeiro, quero deixar claro de que a condenação que a Folha deveria aplicar a Bolsonaro é no campo das ideias: precisa excluÃ-lo do debate. É difÃcil o diálogo com mÃnions. Bolsonaro está inelegÃvel após ser processado e condenado no TSE, não está preso. As condenações de Lula foram anuladas pela quarta instância, não existem mais. A condenação pela imprensa não seria antecipada depois de quatro anos de assedio à democracia e independe da justiça.
Que maldade Alberto! A FSP faz o maior esfôrço para parecer imparcial e vc a critica por não condenar antecipadamente o Bolsonaro por conta de uma fraqueza "institucional" dos regimes abertos? Por sua vontade a "interdição" do politico ja deveria ser feita pelo Judiciário antes de seu julgamento. Lula só foi preso depois de condenação confirmada na Terceira Instância e vc acha que Bolsonaro não teria o mesmo direito? Não cabe aos meios de comunicação condenar ou absolver alguem em uma democracia
A Folha censura minha resposta a mim mesmo!
Por outro lado, encarar o fenômeno é inevitável, normalizado ou não, como o fizemos de 2019 a 2022.
Os comentários de Boghossian sobre a extrema direita ( corretÃssimos) , pecam por se referirem exclusivamente à extrema "direita". Ora, esses comentários óbvios (até simplórios) se ajustam tanto à extrema "de direita" quanto à extrema "de esquerda". Trata-se de um texto pretensioso, porém elementar e pobre
As liberdades sobreviveram apesar de Bolsonaro, porque na democracia o chefe de governo e de Estado não pode tudo. Se queremos preservar a democracia, Bolsonaro precisa ser excluÃdo do jogo polÃtico.
Nem o governo Bolsonaro foi de "extrema direita" - as liberdades democraticas nunca foram tão amplas - quanto o governo Lula que, embora não queira ser considerado de "extrema esquerda" é simpático à censura, principalmente aquela praticada pelo STF contra os seus adversários politicos. Estamos mais longe da democracia hoje do que estivemos no governo anterior. Essa fantasia de "golpe de estado" para prender manifestantes contrários aos eu governo é apenas uma piada de mal gôsto!
Albert só repete a grande imprensa, absorveu bem o que nossa elite do atraso quer, igualar a extrema direita a uma tal extrema esquerda, que associam ao governo progressista, igualar o Bolsonaro ao Lula. A grande imprensa é uma máquina de interesses privados, que manipula notÃcias de interesse público. No Brasil, todos da grande imprensa são bilionários, no caso da Folha, além de bilionário da imprensa, banqueiro.
Se, por extrema esquerda, o sr. toma o atual governo, então não conhece nada de polÃtica.
Aberrações monstruosas já conseguiram maioria eleitoral , como aconteceu com o bigodinho e com o estrupicio facista aqui. E máquinas de propaganda como a folha de sp tem ajudado bastante esses monstros.
Sim, as aberrações monstruosas conseguem as vezes Apoio eleitoral majoritário. Como foi com Hitler e aqui com o estrupicio facista. A massa , quando doente sociologicamente , abandona padrões mÃnimos de decência . O sujeito não raciocina mais adequadamente. E máquinas de propaganda inescrupulosas , como a folha, partem para auxiliar golpes , como aqui em sessenta e quatro e em dezesseis último.
A opção de olhar, ver e enxergar é a opção de continuar olhando, vendo, enxergando, e optando. Para induzir a massa a optar por nunca mais ter opções, o fascismo cria histórias de fantasmas, assim distraindo a massa e a amortecendo em meio ao adensamento do lusco-fusco até a escuridão total do abismo.
Normalizar o que? Boghossian tem medo de dar nome aos bois. Porque Boghossian não apresenta as propostas da ultradireita uma por uma. Depois poderemos dizer a ele que não dá para normalizar nada disto.
Prezado cronista, use o termo correto "extrema direita", não adianta rebatizar à sua vontade.
A folha está se tornando árdua defensora da extrema direita. Agora na tentativa de rebatizar o movimento para jogar para baixo do tapete seu radicalismo.
Chamar a extrema direita de ultradireita induz à normalização. Ultra é mais brando e tolerável que 'extrema'. É mais 'comercial'. Será que trocarão extrema esquerda por ultra-esquerda? Quem sabe superdireita fique melhor ainda, ou mega direita; o presidente argentino poderia finalmente ser definido com gigadireita...
Vc está enganado, ultradireita e extrema-direita são sinônimos. Veja em um dicionário o significado do prefixo ultra. O presidente da Argentina já tem a sua melhor definição, El Loco. Imbeccil q consulta espÃrito de cachorro tbém lhe cai bem.
Ficam passando pano umido no pó da extrema direita e esse mesmo pano é o que será usado no garrote contra a democracia, a liberdade e os direitos humanos.
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