Antonio Prata > A acurácia dos afetos que nos atravessam Voltar

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  1. Diogo Rizzato Lara

    Bom tema para falar sobre (que comeu o “a respeito”). Esse não desce nunca…

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  2. Lasaro Camargos

    E quando nem tradução tosca fazem? Na minha cidade já não se fazem entregas, apenas delivery, e consultas médicas são nos Medical Centers. Em um prédio recém construído vi placas identificando os espaços como Family room e coworking, que o síndico insistia em chamar de cow working… se bem que este era até apropriado

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  3. Fabrício Schweitzer

    Harris é um bom anglicismo.

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  4. Nilton Silva

    Perfeito.

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  5. Marcelo Innecco

    Lembrei de Psalm, que quer dizer Salmo em Português nativo. Da mesma maneira que se pronuncia Sam do Tio Sam, fala-se Sam, e escuta-se Sam, quando se quer dizer Salmo Bíblico nas Igrejas. Esse anglicanismo não pegou por aqui. Agora, imagina ir para a Igreja e ficar escutando cada número de tio quando se é criança! O Salmo 23, a criança escuta, o Tio 23. O Salmo 46, a criança escuta, o Tio 46. E aí vê na TV, vira e mexe, um Sam apontando o dedo que chama de Tio Sam. Na Igreja! Que canseira!

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  6. filipe moura lima

    Faltou citar a "galera", mas essa crônica deixou o cronista ainda mais "empoderado".

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  7. Eduardo Antonio Pereira de Freitas

    Evidência é algo maior que pista. Evidência é uma prova de alguma coisa.

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  8. José Bernardo

    Eventually riremos!

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    1. Rique Mariotto

      Esqueceu do "estaremos rindo"

  9. Maria Ines Polotto

    Hoje tu superaste!

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  10. Vera Luz

    Excelente texto, sinto exatamente o mesmo e compartilho da mesma raiva. Isso para não falar das das palavras importadas diretamente despejadas em nossas conversas do dia a dia como “advocacy”. Quem quiser que busque o significado. Roberto Gervitz

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  11. SILVIA MARCONDES BOLIVAR

    Que birra eu tenho c9m os falsos cognatos. Sou leitora voraz e a toda hora vejo eventually ou sympathy traduzidos errado. Não só em livros. Aqui na Folha também.

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  12. Rique Mariotto

    Genial. Escreveu tudo o que eu sempre quis dizer e evitei para não criar caso. Sou intérprete simultâneo e tenho pequenas raivinhas e arrepios quando ouço essas coisas. Te devo uns chopes por esse texto!

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  13. Alberto Melis Bianconi

    Somo a esses exemplos, o fato de ninguém mais ser resistente, somos todos resilientes.

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  14. Frederico de Souza Cruz

    Foi "eventualmente" muito engraçado.

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  15. MARCELO DAWALIBI

    Perfeito o texto! De todos os anglicismos, talvez o mais irritante seja o “não é sobre” (uma tradução bizarra do “it’s not about”). Já virou até música (“Trem Bala”) que embala propaganda de banco (ou de operadora de telefonia, sei lá). Da coluna, tiro uma frase lapidar: o humor nasce do mau humor. Pura verdade!

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  16. CAMILLA ROCHA SCHAHIN

    Excelente! Me representou! Essas traduções literais e iletradas de hoje (com “é sobre” até em música brasileira!) sao as novas versões do “estarei fazendo” dos atendentes de telemarketing de antes!

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  17. daniele carolina lima

    quem diriaÂ… eu me junto ao prata.

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  18. Rodgers Camargo

    Dei muita risada… acho tão cafona “é sobre”; “atravessado”; … ri bastante

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  19. Virgínia Oliveira

    Tanto em saladas quanto em textos, acidez demais estraga.....

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  20. Ricardo Knudsen

    Pô, eu demorei anos para entender pq eu não conseguia assistir ao BBB. Minha sìndrome de repulsa se chamava "vergonha alheia". Eu "não me sentia confortável" (eu sei, um anglicismo eufemìstico) vendo as pessoas "embaraçando a si próprias" (outro, eu sei) e me sentia "embaraçado eu mesmo" (Oops, mais um, e pleonástico). E agora, como vou chamar a minha "condição" (Tá!)? Como se diz "vergonha alheia" em português? What the f..!

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  21. Cristina Murta

    Na teoria das medições, acurácia e precisão não são sinônimos. A precisão refere-se ao valor numérico de uma medida, por exemplo, se uma linha é medida em metros, cm, mm. Já a acurácia refere-se ao quanto a medida corresponde à realidade. Diferenças irrelevantes para a crônica e a linguagem do dia-a-dia.

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  22. Florentino Fernandes Junior

    A imagem de sao sebastiao atravessado com flechas etiquetadas foi genial

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  23. Marcos Benassi

    Orra, Pratípodas, tenho que dizer que essa Herda de sistema da phôia, pra meu Pratispanto, deglutiu meu comentário! Craro, você poderia lê-lo e achá-lo Pratético; eu, o dono, fiquei Pratônito. Enfim, segue um resumo: contra esse linguajar que só entendo como vazado do corporativês, a saída é, "eventualmente", a vingança neologística. Pode ser na ofensa ("seu estribúrcio de Herda"), na base da soberba ("eu morei em Nenhureshire e nunca ouvi isso"), não importa. Neologismo salva, Pratafulo.

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    1. Ricardo Knudsen

      De fato, o corporativês tem muita leverage sobre o mindset do mainstream.

  24. Vanderlei Vazelesk Ribeiro

    E o "Vou estar fazendo, vou estar caindo". Na história se fala escravizados e não escravos. Caramba: os escravos já tinham sido escravizados em Ãfrica, antes que os portugueses e o sárabes chegassem por lá. Vida dura.

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    1. Vanderlei Vazelesk Ribeiro

      Não. Não é um raciocínio sacana. Procura-se falar em escravizados já no Brasil. Acredito que se queira deslegitimar a escravidão, tudo bem, mas as fontes mostram claramente a escravidão como já estabelecida nos territórios africanos. Não precisamos mudar o nome das coisas para mostrar o sentido delas. Eram escravos, infelizmente se reconhecia como propriedade e eu, tendo nascido cego, corria o risco de ganhar escravos de presente, como negros de ganho. A sociedade legitimava aquela situação. Mud

    2. Marcos Benassi

      Professor Vanderlei, tenha piedade dos ignorantes: ajudai-me a compreender esse seu comentário. Ou, se for o caso, avise de for só um racioSímio sacana pra nos confundir.

  25. Alexandre Marcos Pereira

    Imagina um leitor americano bilíngue, que entenda o portuguesa, ler pérolas como: Costumava morar em Nova Iorque. Esse leitor hipotético há de ficar perplexo e perguntar a si mesmo: Então, ele não mora mais? Ele só costumava? Se o leitor hipotético for um investigador nato (graças a influência do Scooby Doo), talvez decida indagar sobre essa expressão enigmática: é algo filosófico? Talvez existencial? Quem sabe adotar costumes dos new yorkers enquanto lá vivia? Aí existe um mistério, Scooby.

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    1. Marcos Benassi

      Meu caro quasi-xará, se for a influência do Scooby, acredito que isso possa, eventualmente, acontecer. Todavia (acho tão lindo "nevertheless"!), caso a influência seja do maligrino Conan, que enfeitiça o vizinho Milei com seus eflúvios cinéricos, Sodeu tudo: não investigará nádegas e investirá contra o mistério, gritando que é coisa de comunista!

  26. Alexandre Corrêa Leite

    E coletivo ao invés de grupo?

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    1. Marcos Benassi

      Não há mais favelas, Alexandre, só comunidades.

    2. Marcos Benassi

      Hahahahah, Vanderlei, minha primeira gargalhada do dia. Muito grato, muito grato.

    3. Vanderlei Vazelesk Ribeiro

      Se alguém me chamar de visoprivo, em vez de cego, eu processo.

  27. ingrid muller xavier

    Relaxe, olhe para as nuvens, tome um sorvete, brinque com um gato, mau humor encolhe a vida. Texto azedo querendo ser divertido. O ódio só faz mal a quem o sente. Coitado de você, sentir ódio de anglicismos? Você deve ser muito infeliz

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    1. filipe moura lima

      Leia pondé e deixe o prata em paz e pra nós.

    2. ingrid muller xavier

      Maria, por isso mesmo recomendei um gato

    3. Maria Lopes

      Ingrid, recomendo um gato, relaxa muito.

    4. Marcos Benassi

      Gostei muito da sugestão, absolutamente antípoda ao meu afeto pela análise.

  28. Haymone Neto

    Caro Prata, eu apliquei para um curso de anglicismos, isso explodiu minha mente e agora estou num ponto de não-retorno, é sobre isso!

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  29. MARIO RAMIRO

    De angicismos estamos bem servidos por todos os lados. Deixando de lado os pet shopps a riqueza agora aflora nos folhetos da verticalização imobiliária que oferecem pet place, lobby, coworking, lounge, beauty care, gym, kids place, rooftop, master closet, personal home, hall, living, fitness, dual flush...

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    1. filipe moura lima

      Nada mais brega do que estrangeirismos linguísticos.

    2. Marcos Benassi

      Nossa, dual flush? Isso é pra cccaagalhão imperialista? Creda! Hahahahah!

  30. Gustavo Aguiar Fernandes

    Hahahahaha muito bom. nas redes sociais, no momento, é a vez do “genuíno” e derivados. estão empenhado em acabar com a palavra, assim como em substituir o “complexo” por “muitas camadas” hahahahaha o pior é que é pra demonstrar um vocabulário inexistente, tragicômico…

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  31. Fabiana Menezes

    Fui atravessada por várias gargalhadas altas e inconvenientes . Confesso que ter ficado nessa mesma página do mau humor cumpriu a função social de partilha do riso, coisa, que não funciona para todo mundo. Afinal, rir da piada do adversário era o outro normal, coisa de gente datada.

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  32. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

    Não acreditar em tudo que sente é uma noção que alguns praticam, pois estes em algum momento suspeitaram da acurácia dos "afetos" que os desafiam. E as outras pessoas? Elas tomam por real o que é falso, transitório e eventual. Isso talvez ocorra por acreditarem que são "atravessadas" por emoções/sentimentos que vem de fora e pouco podem fazer a respeito. Elas não só esquecem que mandam emoções/sentimentos para fora, mas também que não perceberam que elas são como plataformas de trens.

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  33. Marcos Correia

    Houve um tempo em que escrever de forma simples era o suprassumo da elegância. Agora, o próprio ato de escrever algo que vá além das interjeições "TikTokicas" já parece coisa de intelectual hermético e inacessível. Como decaímos tanto?

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  34. André Jalles Monteiro

    Tem coisa bem pior do que o anglicismo: a propriedade privada, a filosofia grega e, como o pior de todos, o calendário gregoriano. Trocamos a comunidade por pedaços privados de terra, ou até mesmo a posse de pessoas; temos que trabalhar as idéias básicas como se estas fossem privadas e fulano de tal foi quem disse; trocamos a percepção natural dos ciclos lunares por Julius e Augustus como marcadores do tempo. Precisamos resgatar nossa competência e dignidade.

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  35. Marcelo Innecco

    Durex foi meu primeiro encontro. Minha primeira década de vida no Canadá. Pedi um durex. Como poderia imaginar que é camisinha? Outro dia, passeando no elevador de um Shopping, um senhor me olhou com olhos arregalados. Eu, nos meus 10 anos, andava pela cidade com uma camisa da Ellus comprada no Brasil. Em letras brancas sobre uma camisa vermelha estava escrito, bem enquadrado: Help, a virgin loves me. O velhinho ficou doido. A bateria no samba quando atravessa erra. Sambo na Suécia é liberdade.

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  36. MAURO ZILBOVICIUS

    E "endereçar", que se tornou "dirigir-se", ou atacar alguem e algo? E "realizar"? Vc nao percebe mais nada, só realiza...

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    1. Vanderlei Vazelesk Ribeiro

      Vixe! Brigado. Essa é nova para mim. Realiza de Realize.

    2. Sandra de Amo

      Tem também "desenhar" para dizer "projetar".

  37. Inez Carvalho

    De fato, este é bem seu lugar de fala. #contemironia)

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  38. carlos campos

    Tanta acuracia e pitadas de acidez , que precisei ler e reler várias vezes o texto pra conseguir entende-lo. Confesso, não entendi lhufas....

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  39. francisco xavier de azaredo neto

    E o que dizer dos jornalistas esportivos que viraram projetistas? É um tal de vamos projetar o time, projetar o jogo.

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  40. Maria Dagmar N P de Castro

    Que acurácia para escrever !!! Você é demais , Prata . Atravessada pelo texto … e rindo …

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  41. Pedro Luís de Godoy Machado

    Tudo isso não é só na imprensa. Já cansei de ver os mesmos erros de tradução em livros, e de todas as editoras.

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    1. Raymundo de Lima Lima

      Num fragmento d filme d tv Ghost writer foi traduzido por Escritor Fantasma. Como diz a pesquisa 70% dos brasileiros são analfabetos funcionais, talvez imaginaram q o escritor era fantasma mesmo, um filme d terror.

    2. Ricardo Knudsen

      Vale lembrar q o romance de época "The Physician" foi intitulado no Brasil como "O Físico". Muitos ficaram decepcionados pq não havia nenhum Newton ou Einstein na história.

  42. Marcia Alves

    Total concordância, e acrescento, o verbo " continuar" sumiu dos textos, principalmente os jornalísticos, e foi erroneamente substituído pelo verbo " seguir". Um modismo que reflete a falta de compreensão da língua portuguesa.

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