melhor dizer : Parte das esquerdas, e não A esquerda. Senão, cairemos novamente num simplista dualismo.

"Identitarismo rompe com qualquer critério de justiça e igualdade" perfeito! O identitarismo é tributário do fascismo, advoga segregação com base em inserção corporativa no capitalismo, por isso classica-lo como esquerda é um contrassenso, sua base política é a da extrema direita anti liberal, usa os mesmos parâmetros invertendo as motivações, o resultado é o mesmo !

Muito muito bom!

Corroborando os argumentos do texto, uma pergunta simples e objetiva: quem está conseguindo angariar mais votos das camadas de baixa renda, a esquerda identitária ou a direita fundamentalista?

Polícia hermenêutica é o melhor que o raquitismo universitário pode oferecer. Tony Judt? Em q pese a fragilidade epistemológica de alguns exageros decoloniais e minorias fragmentárias, o professor passou longe uma crítica consistente.

excelente texto! um dos melhores que li neste Folha nos últimos tempos.

Sou de esquerda, mas isso não me faz um tapado. Para mim, a esquerda se afastou das demandas sociais ao se preocupar em demasia com debates sem fim sobre quem está certo. Suas diversas correntes a impedem de se concentrar na solução mais imediata dos problemas sociais como, em nosso caso, a questão da segurança, da saúde, da educação, da moradia e da infraestrutura. Lula ganhou a eleição porque Bolsonaro conseguiu ser o pior presidente da Nova República... por pouco!

Identitarismo é a cloroquina da esquerda. Todo mundo sabe que é um erro, mas insistem no erro!

O estranho é que a esquerda tem ganhado eleições no mundo todo. Por outro lado, a crítica ao Identidarismo geralmente vem de pessoas que não votam na esquerda.

Críticas às críticas a parte. Fato é que, a esquerda não consegu mais ser escutada pela maioria do povo.

Identitarismo divide o proletariado, enfraquecendo a luta por divisão mais igualitária da renda, é falsa esquerda.

Vejo dois grandes problemas no identitarismo. O primeiro é tomar o todo - o que somos - pelo particular - o que vejo/veem de mim; o que desejo/sinto -. Assim, cor, sexo,religião etc são expressões particulares do sujeito que não abarcam o todo, isto é, quem ele é. Há sempre um inapreensível que foge à categorização/identificação. O segundo é fragmentar o campo político em tantas identidades quantas existentes, cada qual com suas pretensões de poder/direitos/exigências morais.

Dr. Avritzer trouxe dois autores para defender sua perspectiva, mas quem é o teórico do "identitarismo" q vc critica? Pq, se ñ dá para simplesmente colocar Fanon, Du Bois, Lélia Gonzalez e Aníbal Quijano no mesmo balaio ao falar da luta antirracista, quiçá juntar sob o mesmo rótulo de "identitárias" Carneiro, Davis, Butler, Beauvoir sem uma compreensão de suas lutas. Sua crítica genérica, sem nomes, corpos ou obras, demonstra um privilégio q não temos: criticar sem citar os criticados/as/es.

Desculpe-me, mas não dá para passar em branco a referência a Tony Judt. Recomendo uma nova leitura sobre o welfare state no pós guerra.

Jorge, desafio vc a desenvolver cada uma das críticas esboçadas aqui para além da mera repetição de títulos midiáticos. Só sua menção a uma "ideologia de gênero" mostra que seu conhecimento a respeito do assunto não passa do WhatsApp.

A esquerda, com suas obtusas teses econômicas e defesa da forte intervenção do estado na sociedade, já era muito ruim. Para piorar ainda mais, a esquerda incorporou as sectárias, insensatas e altamente agressivas teses do identitarismo, cultura Woke, teoria crítica da raça, idelogia de gênero e outras aberraçôes.