Giovana Madalosso > A velha ressaca da América Latina Voltar
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Para onde vai a América de baixo? A julgar pelos governantes pouca coisa boa podemos esperar. O provável é que algum dia os controladores ponham um termo no Estado nação e seus maiorais, nivelando a população em nÃvel inferior, sem liberdade até para pensar.
Ressaca não só por não seguirmos em frente, mas por desejarmos retornar sempre aos mais detestáveis, absurdos, abjetos lugares. A escolhas de tiranos como saÃda das crises, muitas vezes induzidas, fabricadas, como ocorreu aqui, e que serviu de mote para a deposição de Dilma. Aécio, Cunha, Moro, Temer, Bolsonaro, Lira, militares, milicianos.
Eita, Giovana, que nunca nos faltem o Malbec, os amigos e os abraços. Bozo e outros eixcrotos autoritários, podem extinguir-se, não haverá problemas nisso.
A maior parte do nosso continente está em construção, com seus elementos ibéricos, africanos e americanos. Os EUA e Canadá são exceções, uma espécie de Europa simplesmente transplantada. Estamos como a Europa ocidental na idade média, que provavelmente tinha um complexo de vira lata em relação à estabilidade do império romano, que continuava em Constantinopla.
Só um reparo: a fraude eleitoral na Venezuela foi praticada por bolivarianos, os neocomunistas do século XXI, com amplo apoio do Lula e do PT.
Cada estup1dez que aparece...
Ôôô, eu ia responder, mas creio que basta agradecer ao Ricardo.
zzzzzzzzzzzzz......
Neocomunistas do século 21? Rárárárárárá. Qdo pensamos conhecer os limites da estupidez humana, eis q nos surpreendemos com comentários como esse. Tragicômico.
Bah... Crônica excelente...! Para sentir, um pouco, isso tudo, indico o "Dias e noites de amor e de guerra", do Eduardo Galeano...
Será que na Venezuela e na Nicarágua atual as coisas estão ocorrendo diferente?
Um fantasma gigante e perverso. Diante do nosso silêncio sepulcral em relação aos abusos da classe polÃtica, tenho a forte impressão que, inconscientemente, não nos atrevemos a enfrentá-los por puro medo. Vivemos em eterno semiaberto.
Muito tocante sua crônica, Giovana. Tenho o mesmo sentimento. Um fantasma ronda a América Latina. Um frio na barriga me lembra que o fascismo nunca morre. Que o apagamento da história insiste em viver. Triste.
Nunca em tempo algum no Brasil, a covardia foi tão explÃcita e acintosa. Qualquer ditadura é triste e desumana. Sacrifica um povo todo para deixar um ditador e sua corja dormir com os delÃrios do seu poder.
Belo texto, mas triste, particularmente pra quem é da minha geração e acompanhou essas ditaduras em tempo real. Haja Malbec.
Em tempo, Ricardo, boa resposta, a tua, ao Henrique Marinho, he, he... É bem isso mesmo... Os EUA, como sempre, tentaram tutelar a região que consideram "seu quintal e horta"...
In vino veritas: o malbec. Mas igualmente o vermelho de sangue: será sempre necessário? Derramamos por nós ou por outros? O vinho e o queijo são produtos da terra local, carregam essa noção francesa de terroir, uma terra apropriada para aquilo que se é. Os guaranis chamam a isso de tekoá. Enquanto insistirmos em sermos estrangeiros ou seguirmos ideias estrangeiras, estranhas a nossa gente, vamos continuar sem saber com que roupa vamos acordar.
Ela escreveu provavel fraude? Provavel? Serio? Uma escritora progressista?
Não entendi a parte do Malbec, alguém pode me explicar?
É que eu não bebo e conheço apenas a marca de perfume da Boticário "Malbec", muito obrigado pela explicação.
O que, Alexandre...? O vinho, de sabor maravilhoso, o qual não degustarei mais por ter parado de beber álcool? É, só, um sÃmbolo do prazer de estar com amigos que se entendem... Mais nada...
Descobri a causa da miséria econômica e polÃtica da América Latina quando fazia a pós graduação nos EUA, décadas atrás. Num documentário do canal PBS, um repórter americano, depois de visitar e entrevistar dezenas de paÃses e moradores, concluiu que a causa de nossas agruras é o fato de nós abandonarmos nossas responsabilidades. Hoje, como então, isso é verdadeiro.
Aos colegas Frederico e Ricardo, grato!
Henrique nós não abandonamos as nossas responsabilidades, somos abandonados por elas. Nossas elites agrárias continuam, a burguesia industrial jamais fez sua revolução industrial, apenas se associou a outros capitais, ou simplesmente se tornou burguesia financeira. Enquanto isto todo dia os estratos menos favorecidos trabalham duramente, pois a responsabilidade é sobreviver não pode ser abandonada. Este repórter é apenas um reporter americano.
Descobriu a matéria de um xenófobo racista. A conclusão certamente foi feita no script inicial, aà foi só buscar as entrevistas e as imagens q a "confirmavam". Esse tipo de ideologia é popular nos USA, eu a chamo de "Blame the victim theory", assim em inglês, pra vc dar mais valor. Pena q nem fazendo pós nos USA vc desenvolveu capacidade de dicernimento e acabou assim "colonizado".
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