Vera Iaconelli > A paternidade cria chances para uma nova masculinidade Voltar
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Linda reflexão
Fico abismado com o tipo de homens que a articulista encontrou na sua vida, familiares, professores, amigos. Que azar que ela deu, que exemplos traumáticos.
Verdade! E as imagens que ilustram o artigo são hilárias, parecem propaganda identitária.
Quanto menores os filhos mais as mães cuidam deles. Afinal a biologia não é uma ficção e as fêmeas dos mamÃferos cuidam das crias. A partir dos 2-3 anos, quando o filhote passa de bebê a criança, a divisão de trabalho tende a ser muito mais social que biológica. Quando pai e mãe trabalham, a solução é creche ou babá.
Queria aproveitar esse espaço pra me desculpar por ser homem, hetero e privilegiado. Rs
Os homens precisam aprender a se libertarem das expectativas femininas e viverem pelo seu bem estar. O homem que encara a formação de uma famÃlia e seu sustento como sua razão de existir deve saber que não terá qualquer reconhecimento pelo seu sacrifÃcio.
Ser pai não é ficar comodamente na janela observando, cobrando e julgando o incansável esforço e abnegação da mulher nos cuidados e educação dos filhos. Ser pai é colocar a mão na massa, se disponibilizar, se fazer presente e atuante na difÃcil e gratificante tarefa de formação de filhos para se inserirem na sociedade, sem, contudo, abdicarem de sua essência, autonomia e individualidade.
Como pai de primeira viagem, há quase 3 anos, adquiri uma máxima sobre todos os outros homens: a paternidade revela-nos aquilo que realmente somos: preguiçosos e descompromissados, ou zelosos, cuidadosos e com senso de responsabilidade. Um filho é um bom indicador e irá maximizar um dos dois extremos desses adjetivos.
Eu me reconstruà por completo com a paternidade. Tinha varios planos que se diluÃram e perderam o sentido na prática. Cometi excessos, mas percebo que o próprio filho faz seus reajustes não me levando muito a sério. Agradeço profundamente a oportunidade de criar um filho.
Na primeira frase do texto já deu pra entender a paulada que viria. "Todos os homens" estão em maus lençóis.
Situação complicada pois, muitas vezes, são as mulheres que escolhem seus parceiros e educam seus filhos e elas costumam preferir e educar homens com o perfil pegador, independente e dedicados ao trabalho. Imagino que isso tenha origem na seleção natural e no inconsciente feminino mas acaba formando um ciclo vicioso de individualismos, desencontros, frustações e infelicidades. Mas o mundo está mudando com as mulheres sendo chamadas a assumir mais responsabilidades paO vitimismo não ajuda em nada
Irresponsáveis, abusadores, opressores. Só alguns merecem o tÃtulo, embora sejam também opressores. Não sobra nada, pelo visto.
Morremos cinco anos mais cedo, Vera. Muito provavelmente, produto do estresse no trabalho, que tem origens simbólicas. Se você perder seu emprego amanhã, será uma desempregada. Se eu perder o meu, não serei ninguém. Você será acolhida. Eu serei humilhado. Você terá alegrias e decepções amorosas. Eu serei invisÃvel. Seus amigos a convidarão para festinhas. Os meus, irão sumindo. Você trabalha pela cenoura do sucesso. Eu, pelo pavor do fracasso. Por isso morremos antes: para não morrer em vida.
Bem colocado, faz sentido. Cabe uma ressalva sobre a expectativa de vida cinco anos menor para os homens. Salvo engano, deve-se à prevalência de mortes violentas entre os homens jovens.
Verdade, Daniele. É uma boa hora para construirmos, todos, uma empatia ampliada. Não há mais felicidade ou virtude circulando pelo mundo hoje do que houve ou haverá em qualquer época. A imensa maioria dos homens e mulheres do passado eram exatamente como nós: seres humanos capazes de generosidade e baixeza, um misto de coragem e covardia, de criatividade e conformismo, de sabedoria e impulso. Esse é o lado transformador da ideia de "pecado original": a humildade ética.
Que comentário estúpido.
Fiquei sensibilizada com esta opinião e gostaria de propor uma perspectiva um pouco mais abrangente: não há quem não se sinta mais sozinho do que o indivÃduo com demandas opressoras para sua existência. É de fato um lugar assombroso. Do lado de cá, sou uma mulher que só tem a si mesma para lidar com a dureza da vida e o pavor do fracasso, além de toda a misoginia incutida nas mais diversas relações, e sei que para pessoas LGBTQIAPN+, sobretudo trans, é mais dificultosa e marginalizada ainda.
É João VergÃlio... Morremos antes e nos aposentamos depois; julgam o todo por alguns, então somos chamados de estupradores e opressores. Obrigado pelo comentário preciso e conciso.
Perfeito, João. Nada mais. Inclusive já comentei com colegas de trabalho mulheres, alarmadas com suicÃdos e infartos agora também de colegas mulheres em comum: A vida fora de casa é muito pior do que se imagina. Louros, há para poucos. Para os mortais que lutam para trazer sustento à sua casa, só estresse e humilhação.
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