Hélio Schwartsman > Deus nas Olimpíadas Voltar
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Os Deuses não brigam.
Se Deus for corintiano, está começando a se arrepender.
É um comportamento supersticioso, como vestir uma determinada roupa, ou outro tipo de ritual.
Mesmo sendo filósofo, acho você, Hélio, o melhor jornalista do paÃs.
"Mesmo sendo filósofo" é ótimo, hihihi.
Não sabemos o que os atletas pedem quando oram a Deus antes de "entrar em campo", seja o gramado ou a arena da ginástica olÃmpica. Mas intuo que grande parte deles não pede a derrota do adversário, mas pede que ele mesmo não se machuque, que tenha foco, força e tranquilidade para dar o seu máximo. Sem ser religiosa, penso que essa oração inidividual, silenciosa é tocante e bonita. Está dizendo: nem tudo depende de mim, não sou onipotente.
Não creio que seja assim. Veja a entrevista a dos jogadores de futebol após as partidas. Você descobrirá que há um deus para cada time de futebol, que altera a direção da bola, dependendo de quem chuta. Chega a ser engraçado .
Você só pode conhecer o seu pai se tiver intimidade de filho com ele. O mesmo vai ser a sua relação com o seu filho. Para conhecer Deus só tendo essa intimidade de filho, o resto, é perder tempo escrevendo. Escolha o que você quer pra você!
Não quero intimidade com gente estranha, disse deus.
Eu, que sempre fui cético, vendo cada atleta olÃmpica que me aparece, à s vezes duvido do me próprio agnosticismo.
Pô, é meio fácil perceber que o atleta que crê não está necessariamente buscando provocar a predileção de Deus. Não é um jogo de preferências, como se o mais devoto pudesse puxar a sardinha para o seu lado em oposição à quele que não foi lá muito crente no passado. A idéia é simplesmente se escorar em Deus para apoio e suporte, para perseverar no momento crÃtico da competição.
"competidor abraâmico que entra em campo pedindo proteção especial está negando o próprio caráter universal de seu Deus." O deus abraâmico pode não ser contra o Palmeiras e favor do Corinthians, mas definitivamente era contra os egÃpcios, os filisteus, e tantos outros no velho testamento. Lendo a bÃblia fica claro que este deus tem lado sim, e não é nada universal. Acho que os chineses são cristãos escondidos, pela justificativa que os atletas cristãos que ganham usam na vitória.
A religião, como tudo o que é humano, tem um lado externo e outro interno. Externamente, cantar um hino, vestir um uniforme ou rezar é sentir-se integrado a uma É não se sentir sozinho. Não é útil, mas é reconfortante. Como um sofá. Internamente, Deus não está próximo nem distante. Ele não tem lugar. Ele não age como age um homem. Mas tampouco pode repetir um mantra. Deus é feito à minha imagem: o resÃduo necessário de qualquer naturalismo atento. Ele só volta no Final do Tempo.
Se ajuda de Deus (ou Deuses) ajudasse nos resultados esportivos, Bahia x Vitória acabaria sempre em empate. E nos resultados PolÃticos, a extrema direita neopentecostal ganharia todas!
Oh Sergio! É um chiste do Emerson. Uma variação do " se macumba funcionasse, campeonato baiano terminaria empatado."
Corroborando com o seu raciocÃnio, onde está escrito que Deus tem o compromisso de dar vitória a quem o tem como Deus. Se assim fosse, esse grupo também não morreria?
O segundo mandamento já fornece a resposta a essa polêmica: Não pronunciarás em vão o nome do Senhor teu Deus, porque o Senhor não deixará impune aquele que pronunciar em vão o seu nome” (Ex 20,7; Dt 5,11). Coincidência apenas?
Acho que Deus não está mais dando bola para esse mandamento. Cansou de fiscalizar. Já virou bagunça.
Os deuses gregos comportavam-se como humanos.
Todos os deuses foram inventados por homens. Nada mais natural que se pareçam.
Na minha modesta opinião, a coluna e a maioria dos comentários estão equivocados. Os Atletas não agradecem a Deus por dar uma "mãozinha" para eles ganharem, o que de fato serria inadmissÃvel para um Deus Universal. Eles agradecem pela força que eles acham que Deus deu a eles, para a sua luta, que deve ser grande, para permanecer focados em se preparar para enfrentar uma olimpÃada. De forma semelhante, eu agradeço a Deus por ter conseguido formar uma famÃlia, e viver em paz!!!
Qual a justificativa para os atletas da mesma religião que não tiveram a mesma sorte? Não estavam tão focados?
Aceitemos ou não, o sol ilumina a todos e todas. E a morte também virá sem discriminação.
sem contar que aquela cambada das deusas e deuses gregos eram todos safados/as e malvado/as. não podiam ver uma cueca e/ou uma calcinha, se é que tinha isso naquela época.
Poi Zé, Hélio, foi tema do Juliano ontem também, né? Dado que a crença na capacidade pessoal é fator determinante da motivação inicial e de sua sustentação ao longo do tempo, traduzindo-se em resiliência (a rigor, sem vulgarização linguÃstica), é de se imaginar que a crença numa entidade que favorece a pessoa, fornecendo-lhe oportunidade, capacidade e resistência é capaz de ter efeito semelhante. Quanto à s questões de coerência das escolhas desse Deus, conceitualmente, a noção de mérito resolve.
O vencedor de uma modalidade esportiva, é em geral um por competição, isso significa que se a vitória vem através da ajuda de Deus, esse Deus castiga a maioria dos atletas. Será que um boxeador agradece a Deus após perder a luta com a cara quebrada?
Deus é muito ocupado e não tem tempo de atender aos atletas. A prioridade seria evitar o assassinato de crianças, as guerras, as catástrofes naturais.
Comentário esquisito.
Então Deus não está sendo competente em proteger as crianças. Uma criança desprotegida, pode ser devorada por um urso, pisoteado por um elefante, ou engolido por uma sucuri, e o Deus adorado pelo humanos nada fará para salva-la. Muita gente já morreu suplicando a Deus para continuar vivendo.
Vou mostrar para o meu pai, de 90 anos. Falou isso a vida toda! Perfeito
Mas se até a Folha, que era um jornal ateu, agora vem descaradamente se tornando um jornal pentecostal, os atletas faz parte.
Não é só segundo Hume. Segundo o Michaelis também. Superstição: crença ou sentimento sem fundamento racional, que induz a confiança em coisas absurdas, ao temor a coisas inócuas e imaginárias e à criação de obrigações falsas ou indevidas, sem relação alguma entre os fatos e suas causas
É tanto inútil proibir quanto permitir pois não vai mudar em nada os resultados , se Deuses favorecessem resultados esportivos os treinamentos seriam feitos em templos .
Quando eu ganho, meus deus é mais poderoso que o seu. E quando eu perco? Meu deus é menos poderoso que o do outro?
Para David Hume a religião não passa de uma superstição.
Huma estava certo. A religião externa é superstição. Mas se você tirar todas as rezas, todos os ritos, todas as diferenças, todas as esperanças mundanas, a superstição terá ido embora. A religiosidade, não. E se você disser uma única sentença, ela continuará ali, mas será inaudÃvel. Ponha todas as superstições de volta. E ela continuará ali. A religiosidade é o lugar da religião. É nela que está o sagrado, e nada podemos dizer sobre o sagrado sem profaná-lo. A seu modo, Hume estava certo.
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