Juliana de Albuquerque > Amós Oz apontou papel do questionamento de verdades no judaísmo Voltar

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  1. Fabiana Menezes

    Comentário muito oportuno diante dos impasses diálogicos nesse mundo com fake news e governo s que funcionam mais pelo estômago do que pela razão e bom senso. Juliana, o Amós de “Judas” também traz perspectivas sobre qual paz (ou o preço dela) deve ser preservada. Queria te ouvir sobre isso.

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  2. Erico Pinto

    Adorei o texto. Lembrei automaticamente do livro o Guia dos Perplexos de Maimonedes .

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    1. Fabiana Menezes

      Maimonides e os ensinamentos de Avicena, tempos outros e luminosos com o melhor do dito oriente . Sábios com culturas diversas cujas obras dialogavam.

  3. José Cardoso

    Já conhecia essa história dos rabinos, mas ela ganha com um certo suspense. Quando Deus intervém, a princípio há uma estupefação geral, e só depois de algum tempo um dos rabinos se arrisca a questioná-Lo timidamente. Deus retruca, outro rabino lembra outra passagem da Lei, e a discussão prossegue como antes, só que agora com Deus sendo mais um debatedor... É um delicioso exemplo de humor judaico.

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  4. LUIS PASSEGGI

    Observar a diferença das colunas: esta, de Juliana, filosófico-literaria e aquela outra, de hoje, que diz “A bunda quer ser apenas bunda e quer que a queiram enquanto bunda” (vejam bem, também gosto muito delas). Estou só dizendo. Viva a folhinha!

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    1. Leonilda Pereira Simoes

      Vejam só, ele só está dizendo que existe uma diferença enorme em termos conteudísticos (para ficar no contexto desta coluna), de profundidade, de conhecimento do assunto. Soberba pouca é bobagem.

  5. Alexandre Oliveira

    Lendo a coluna, foi inevitável a lembrança de outro filósofo que escreve nessa Folha. Que diferença no trato com o leitor e com a própria filosofia! Parabéns pelo texto e pela referência apresentada.

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  6. Benedicto Ismael Dutra

    Um problema grave das novas gerações em geral é que tudo contribui para aumentar a cegueira em relação ao significado e finalidade da vida. Os seres humanos acabam não sendo o que deveriam ser.

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  7. Alexandre Marcos Pereira

    A discordância surge, e a maioria dos rabinos decide contra a opinião de Rabi Eliezer, que defende a pureza da fornalha. Mesmo com milagres e vozes celestiais apoiando seu ponto de vista, os outros rabinos insistem que a decisão deve ser tomada pela comunidade humana, não por intervenções divinas. A história culmina com a famosa declaração: A Torá não está mais nos céus, enfatizando que a autoridade religiosa se baseia na interpretação coletiva e humana dos textos sagrados.

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  8. Ricardo Knudsen

    A sério, a postura dos rabis não é muito diferente do q se viu em outras religiões, em que sacerdotes trazem para si a exclusividade na interpretação dos textos sagrados. A igreja católica fez o mesmo. O otimismo de Oz o faz trazer essa interpretação para a inteligência humana. Outra interpretação é de que a autoridade passa de líderes místicos para funcionários de carreira, os "sábios", q seriam os sacerdotes, mas não o homem comum, não ungido como "sábio".

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  9. Ricardo Knudsen

    Pô, me engaram. Desde criança me disseram q Deus era onipotente e onisciente. Ou seja, todo poderoso e sabedor de tudo. Aí, na estória Ele é derrotado por um par de humanos, q ainda desdenharam dele, chamando-o de "uma voz q vem do céu"! Reduziram Deus a locutor de rádio celestial. E Deus, o onisciente, se surpreendeu, não esperava por essa. Essa estória é antes ou depois do dilúvio?(desculpe-me a ignorância). Se foi antes do dilúvio, explica muita coisa.

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  10. Lis P Junqueira Safra

    Interessante. Vou ler o livro.

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  11. Maria Cristina Holanda Sato

    Que texto mais elucidativo! A maioria das pessoas ditas inteligentes identifica a as religiões com o obscurantismo e desconsidera o rico aporte ético, tecido no imaginário literário dos textos sagrados. A autora traz esses elementos para o seu ofício e para a vida. Como budista, me identifiquei e aprendi muito hoje. Vou também ler esse livro de Ós. Obrigada

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    1. LUIS PASSEGGI

      Muito importante sua colocação “como budista”. A autora traz sempre análises literarias e filosoficas, pautadas pela sua tradição judaica (ou uma delas). Os protestantes/crentes/evangélicos já tem 2 espaços na Folha: a coluna de Spyer e o blog Evangelicos de Melina Cardoso. Bem que a FSP poderia ter uma coluna de Religião/Espiritualidade, ampla e respeitosa, acolhendo as diferentes tradições. É pedir demais?

  12. CARLYLE VILARINHO

    Otima refexao, Juliana. Possivelmente , é esse "Os judeus e as palavras" o melhor livro que li nesse ano. Particularmente, referencia a imporancia que os autores, pai e filha, dão a formação educacional nas comunidades judaicas, por mais simples e humildes que fossem. "O segredo era ensiar-lhes muita coisa nos primeiros anos, e sabiamente empanturrá-los de doces para mastigar com o primeiro alfabeto." Penso que cheguei a ese livro por indicação sua.

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  13. Vito Algirdas Sukys

    No judaísmo há uma outra palavra para denominar o dinheiro (kessef), é o dinheiro moeda (maot). Então a literatura e a filosofia seriam uma face dessa moeda, a outra face seria a filosofia e a ciência. O estudo, o debate e o questionamento não podem ser verificados sem a face da moeda que estuda a filosofia da ciência. A literatura sozinha não dá conta de tudo no âmbito cognitivo, epistêmico e da verdade.

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  14. LUIZ LEAL

    Já que a articulista tocou no assunto, pergunto a ela se o judaísmo apoia o que o governo de Ismael está fazendo.

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    1. Leonilda Pereira Simoes

      Pode até parecer claro que ela e Oz são contra ações do governo (não do povo) de Is ra el contra os palestinos. Uma coisa não teria nada ver com a outra, se não fossem mais de 45 mil mortos, maioria crianças, que não poderão ler textos bíblicos nem avaliá-los, crianças que não têm nem o que comer, quanto mais estudar como as das grandes cidades is ra e len ses. O livro, a história, a civilização é negada a um povo inteiro, atacado dia e noite. E isso não tem nada a ver? Só tem.

    2. LUIZ LEAL

      Para quem não conseguiu entender meu comentário vou desenhar: A Falha se omite vergo nhosamente na cobertura do geno cídio em curso e não perde oportunidade de trazer matérias simpáticas ao "povo escolhido", ao mesmo tempo em que tenta confundir críticas ao regime sio nista com anti sem itismo. Como as matérias sobre a atuação creme nosa de Ismael são escassas tenho que aproveitar cada oportunidade para tirar a máscada da Falha. Fui claro?

    3. Marcelo Brum

      Amos Óz tem um excelente livro sobre o fanatismo. Fanáticos só vêem o que querem, sua obsessão, seu fantasma existencial.

    4. Claudio Luiz da Cunha

      Você não entendeu o texto.

    5. CARLYLE VILARINHO

      Não tenho porocuaração da articulisa para responder por ela mas penso que o Senhor não entendeu o texto por ela escrito. Afinal, o que em a ver peixes com guarda-chuvas?

  15. Vito Algirdas Sukys

    O Sinédrio ou Sanedrim é um tribunal supremo, sempre de71 membros que especifica as condições de funcionamento do reino, levando a uma jurisprudência. No Sinédrio estuda-se, debate-se e questiona-se. Os juros "nechekh" (mordida) são proibidos no seio da comunidade, nela o empréstimo é solidariedade entre irmãos, não um comércio. Isaac e Jacó confirmam a necessidade de enriquecer para agradar a Deus. Temos que considerar os judeus, o dinheiro e o mundo, a filosofia, a literatura,e a ciência.

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  16. Vito Algirdas Sukys

    As guildas de artesãos só admitiam cristãos para os judeus restou o empréstimo de dinheiro (kessef) a juros, atividade proibida aos cristãos pela Igreja. Os judeus elaboraram os princípios da especulação intelectual e do discurso científico. Estudo, debate, questionamento. O Talmude tem a Mishná e a Gemara, discussão da lei. O Sinédrio é um tribunal supremo. Além da relação literatura e filosofia, é interessante a relação ciência e filosofia. Poincaré avisa que o cético de tudo é superficial

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