Giovana Madalosso > Homens que correm com lulus-da-pomerânia Voltar
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Simplesmente maravilhoso. Acho que muita gente ficou com a impressão de estarem contando sua história, como foi meu caso.
A piada é velha, mas é boa. Rua Oscar Freire, fim de tarde. Granfina peruissima, hipnotizada frente à vitrine. Nossa, que rasteirinha mais chique! Nem em Paris! Na mão coleira de strass, segura na ponta princesa Lulu da Pomerania, lindaaaa, fitinha, perfumada, lacinho, luzes cor de rosa, uma graça. Dog tombador de lata, magro, sujo e kfajeste, acompanhante fiel de catador de papelão,não acredita. Nunca viu tanta lindeza, e sem aviso, súbito, num atimo, crau na beldade!
Continuação do emocionante capÃtulo anterior. Assustada e envergonhada, a granfina pede a um passante: O Senhor pode segurar a Sophie 5 minutinhos, enquanto eu entro nessa loja? O passante, recém chegado da área rural de quinta em Trás-os-Montes, conhecedor dos fatos da Vida, responde: Segurar, eu lá seguro, o Pa, mas isto não é f pra 5 minutos, ai qui não é!
O Ãndex do Vaticano da Folha, bloqueou a primeira parte, que não tinha nada demais, e deixou passar essa.
Não existe esse negócio de tutor de bicho. Quem tem tutor é gente. Animal doméstico tem é DONO.
Exatamente. Lulu da pomerânia que puxa o dono tem sérios problemas psicológicos. Ansiedade de separação é só o menos grave.
Gato ou cachorro não tem dono; tem funcionário.
O que é a crÃtica literária se não uma forma de correção dos "deveres de casa" dos escritores?
Ótimo texto. Só quem vive a experiência pode de fato saborear a empatia. A minha pequenina foi a mais fiel companheira na terrÃvel depressão que atravessei recentemente e foi por ela que pude manter o afeto que reestabeleu pontes para a vida. Bravo Giovana!
Homens que correm nas ruas com lulus-da-pomerânia não são homens.
Tá. E vc viu se ele estava vacinado?(o dono do cão, digo......)!!!!!!!!!!
Ainda há uma tênue esperança na humanidade, graças aos não humanos.
Amo los perros, adoro alimentar e dar carinho pros caramelos dos sem tetos, e nao julgo ninguem por camisetas
Sou eu, correndo com minha cachora do tamanho de uma lulu (mais barriguda, pq não aguento seu olhar de pobre coitada qdo eu como). O problema é q me falta fôlego, então treinei a pequena selvagem pra correr sózinha no parque, sem sumir de vista. Homens sedentários não acompanham nem lulus. É a "evolução".
PS: Meu porte nada tem de ameaçador, já a carranca depende do dia.
Meus pets são os Sem Tetos:as minhas crianças aladas! Aparecem aqui para o café da manhã , almoço e café da tarde:sanhaço, bem-te-bi, sabiá, sebinho, maritaca ; beija-flor e pica-pau de vez em quando. Na boca da noite, o notÃvago: morcego.
Nesta semana , mais três cicatrizes apareceram em meu corpo. Fui mordida por uma criança peluda. Eu , coração mais enorme do que os das Santas Madre Paulina e Tereza de Calcutá juntas, fui entregar um pacote que estava no chão da entrada do prédio, para a vizinha . Apertei a campainha e a senhora ao abrir a porta, saiu a fera e voou na minha perna direita. Que saudades da Nina Maria rotweiller que vive em Balneário Camboriú. Saudades do saudoso Fufu meu companheiro de bar, também lá.
Ao ler sua crônica, por um instante, lembrei de mim. Os cães e os humanos são muito parecidos quando se trata volubilidade.
Não gosto de cachorros, mas essa crônica é deliciosa. Os animais domésticos como agentes de sociabilidade...isso é real.
IncrÃvel que as crianças precisam e querem muito um pet e isso as fazem se interagir com esse mundo fantástico, já tendo um grande amigo e depois os idosos precisam de ter um pra poder sair pelas ruas, se movimentar e acabam por fazer uma rede de amigos! E com tanta gente morando sozinho é a salvação contra a solidão, principalmente das grandes cidades! O tal sujeito da camiseta de quem nao ouso falar o nome, tem ao menos uma qualidade, amor aos animais! Quem saiba ainda possa aprender algo..
Que triste, não? Precisar de um pet para parar. Não parar para ler um livro, apreciar uma paisagem ou simplesmente não fazer nada tornou-se uma raridade. Ainda bem que temos os pets. O texto é engraçado e real. Também obtive a explicação de porque tantos machos musculosos estão a correr com seus cachorrinhos haha
Prefiro ser dono de um cachorro. Nada de pet e tutor. Frescura pura
Gostei.
Ótimo texto! Observações sensÃveis e divertidas de como é cuidar de um cachorro.
Adoro a Vira-latinha que minha filha adotou. Descobri a delÃcia de caminhar, de descobrir belezas no bairro onde moramos. Adotamos a cadelinha Polly um pouco antes da pandemia e foi a Polly que me tirou de casa uma vez por dia e me afastou da depressão . Um doguinho por perto nos torna humanos melhores, isso sim.
Muito bom. Assim vamos nos humanizando ao conviver com animais domesticados. Sua crônica complementa a d Becky S. Korich, Cachorro não é filho, 29 jul 2024, q causou latidos, digo, comentários d humanos raivosos. Gracias.
Sua majestade, o pet!! FrancamenteÂ…
A coluna da Madalosso é a principal razão pela qual eu assino este jornal.
Em um mundo que gira cada vez mais rápido, onde a conectividade nos envolve em uma tela inescapável de notificações e demandas, o simples ato de caminhar, com ou sem um cão, é um refúgio. Vivemos tempos onde a produtividade é glorificada, e o movimento constante é sinônimo de sucesso. No entanto, é justamente nesse movimento incessante que perdemos a capacidade de observar, refletir e, eventualmente, nos encontrar. Interromper o fluxo - essa é a essência do passeio. Sejamos todos peripatéticos.
Obriga pelo texto tão inteligente e gostoso de ler. Nunca entendo como um texto desses possa provocar comentários tão ex tópidos (péssimo ter que ficar procurando jeito de driblar o robô da censura da Folha).
Que delÃcia encontrar Haraway assim por acaso logo de manhã. Ótima coluna. Sou companheira de dois pequenos cães, um deles metido a vereador que adora cumprimentar desconhecidos na rua - parece ter predileção por bêb4dos e m4lucos em geral. Vivendo juntos nos tornamos um pouco cães, assim como eles se tornam um pouco gente. Ainda não mordi ninguém mas confesso que à s vezes tenho vontade.
Ótimo comentário. Bah!
Adorei o seu texto! Não tenho cão mas observo a perfeita simbiose entre tutor e pet.
Giovana, não era pra sua filha ser a tutora da pet? Ou ela é muito novinha?
O dono da tal camiseta se entregou.
Pelo que entendi do (ótimo) texto, e me parece que o mesmo não ocorreu com o senhor quanto a algumas das sutilezas dele, é exatamente a transformação vivida pela autora. Ela começa dizendo que não nasceu para tutora. Tente reler. Há outros recadinhos gostosos nas entrelinhas.
Gente é gente e está bem além da cor da camisa
E quem falou em cor? rsrsrs...ela escreveu "estampa"...e, pelo jeito, deve ser com alguma daquelas frases estúpidas, que "certos" autoritários (tb estúpidos) adoram. E esse povo, desculpe, não dá para chamar de gente e interagir na rua, colocando-se em risco, assim como, o seu pet.
Um texto que prometia tanto, mas pecou nos detalhes pra valer a pena.
Detalhes ? Afinal você está lendo uma crônica para se divertir ou corrigindo um dever de casa ? Que bom que ela pecou.
Hein?
Mas, cachorro é cachorro e gente é gente. Sem entrar no mérito de qual é melhor ou pior.
Sempre houve controvérsias sobre isso. Um ministro do Collor, q mandou levar seu cachorrinho a algum lugar em um carro oficial, ficou indignado qdo a imprensa lhe apontou o dedo. Sugerindo discriminação, disparou: "Mas cachorro é um ser humano como outro qualquer!". Naturalmente se poderia contra-argumentar q o ministro era uma anta como outra qquer, mas o debate não foi em frente.
No mais das vezes o cachorro é melhor.
Luiz, não acho que você esteja errado na sua afirmação. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Mas sugiro, se tiver tempo e vontade, que dê uma olhada em Quando As Espécies Se Encontram, de Donna Haraway. Talvez você descubra ou concorde que nessa distinção há mais confluências e influências do que parece a princÃpio.
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