Alvaro Machado Dias > Cultura se torna mais homogênea com avanço da IA Voltar
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Em suma, uma distopia que não faz feio a nenhuma obra de ficção. Na verdade não há nada de novo, a IA só catalisa um fenomeno que desde a popularização da internet já vinha se intensificando a proliferação da burrice. Nunca houve tanto gado e continua a aumentar. É um filme de terror
São ótimos pontos, em particular a ideia de que todo conhecimento humano, mesmo o mais básico, é em essência coletivo. Eu tendo a, no entanto, ser um tanto mais otimista no que se trata da excepcionalidade. Já houveram, ao longo da história, muitas tentativas deliberadas de padronizar o pensamento que não impediram pessoas excêntricas de aparecer. Um movimento de homogeneidade não deliberado não terá chance contra nossa esquisitice.
Genial professor Alvaro. Assinei pra te ler. Quero outro assim na semana que vem, viu?
Gostei muito da reflexão que o texto propõe. Para mim, parece um paradoxo incrÃvel. Como que inteligência individual, gerada a partir da coletiva, pode adicionar e elevar essa inteligência? Tanto para nós humanos quanto para IAs. Um conhecimento que é gerado por treinamentos e modelos computacionais está realmente fadado a apontar para a mediana. Acredito que a beleza da IA seja justamente auxiliar a elevar essa mediana, oferecendo-nos seu poder bruto de processamento.
Muito bom. Como o consciente coletivo de Jung. Mas a boa formação dos neuronios e herença genética ajudam. No final, alguem vai ter de saber e apertar o botão liga/desliga.
Quando se procura criatividade em moda, não vai a um shopping center de ricos. A periferia fornece a capacidade criativa das pessoas com poucos recursos que adaptam o que tem para parecerem mais bonitos e descoladas. É por isso que ninguém se emociona em torno dos abonados, mas se emociona de imediato no meio dos pobres. Essa vida pasteurizada, medÃocre (que persegue a mediana) é depressiva. O maior exemplo é o nosso lÃder polÃtico que ocupa o status de maior lÃder do planeta. Veio da miséria.
"Inteligência coletiva é o termo usado para descrever como nenhum indivÃduo, por si só, consegue produzir algo simples como um lápis..." É curioso como sem trabalho coletivo não há riqueza, mas por outro lado a organização coletiva atrapalha o bem estar. Uma pessoa, ou pequena empresa pode trocar um sifão danificado comprando um novo numa loja próxima. Numa grande empresa há todo um procedimento burocrático envolvendo setores de suprimentos, conservação e contas a pagar.
Ótima análise. A inteligência coletiva e a estupidez coletiva são ambas potencializadas pela inteligência artificial. O médio em excesso vira medÃocre. A vida se torna homogênea, cultura vira o instagram. Ainda bem que vivi para conhecer um mundo que era diferente.
Sobre uma das conclusões da matéria: “formas fixas de construir raciocÃnios são entronizadas” , acredito que muito antes da Inteligência Artificial esse já é um problema do debate público. E tem muito mais a ver com ideologia do que com tecnologia.
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