Opinião > O poder e o professor Antonio Delfim Netto Voltar
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“Tecnocrata sedento por poder antes de um defensor ideológico do autoritarismo” é de um malabarismo linguÃstico incrÃvel!
A teoria da mão invisÃvel do mercado, na forma q descrevia Smith, foi pulverizada pela economia comportamental de Kahneman e Thaler. Delfim provavelmente morreu sem abandonar Smith, como tantos outros economistas liberais e neoliberais q negam a ciência. Faltou-lhe antropologia para entender as bases da economia.
Inteligência e conhecimento não absolve ninguém. Criminosos sempre clamam inocência, mas não existe ninguém que colete dinheiro para uma Operação Bandeirantes, sem saber o que fazia e o que se fazia nesta operação. Coletar dinheiro significava explicar aos doadores a finalidade do dinheiro. As metamorfoses de Delfim, talvez se expliquem pela sua obsessão sempre em estar nas altas rodas do paÃs. Sempre quis ser um Czar da economia.
Em uma entrevista Delfin disse que não sabias das atrocidades do regime a que servia. Será? Também fez pouco da crise do petróleo de 74, continuando as grandes obras com empréstimos que afundaram o paÃs.
Quem assinou o AI-5 não podia desconhecer, até pq ajudou a criar as bases da opressão. Também havia muito na imprensa, apesar da censura, como o assassinato de Herzog. Nelson Rodrigues negava desonestamente a tortura, o q ao mesmo tempo levantava a bola pra sua existência pra alguém como Delfim. Na melhor das hipóteses, não quis saber. E por falar nisso, suprimir a democracia já não é uma atrocidade?
Em uma entrevista Delfin disse que não sabias das atrocidades do regime a que servia. Isso é nos chamar de idiotas. Também fez pouco da crise do petróleo de 74, continuando as grandes obras com empréstimos que afundaram o paÃs.
No final da noite da ditadura, um amigo disse que ia ficar rico com o detergente que inventou para lavar biografias. Seria o poderoso "De Mortuis Nil Nisi Bonum", do qual a Folha tem estoque já que Delfim Netto grudou na ditadura "antes por afã de comandar economia que por autoritarismo". Funciona bem depois de tantos anos, caramba! A maioria ignora o que foi o AI-5, a descida ao Inferno sem freios. Só um crápula assinaria o famigerado papel e ele o fez. Desculpe, não guardei um frasco.
No obituário da Folha me chamou a atenção a vontade dele de ser governador de SP, pretensão vetada pelo Geisel. Especulei um cenário (distópico?) em que ele se tornaria um ditador civil como o Salazar, que também começou a carreira como economista de um governo militar em Portugal.
Nojo de todo signatário do AI-5.
E o falecido nunca sequer cogitou pedir desculpas por isso. Mas é do PT e da esquerda que a imprensa brasileira sempre exige um mea culpa.
Vivi já adulto o perÃodo da ditadura militar, que cometeu atos antidemocráticos, mas é importante lembrar que o mundo caminhava para o comunismo soviético e neste sentido o golpe brasileiro foi uma criancinha perto das atrocidades do Stalin! OrasilRepúblicaDemocrática!
Essa foi a desculpa da extrema direita para implantar a ditadura. Na verdade, a esquerda revolucionário no BR nunca teve força para sequer chegar perto de assumir poder, qquer excesso poderia ter sido suprimido por governos democráticos. Justificar a ditadura no BR por causa de Stalin é ignorância ou má-fé.
Parabéns , a Folha é um dos mais importantes do Ocidente! OrasilCaipira!
Orasilapoiaditadura!
OrasilOBajulador!
A Folha "passando pano" para um dos signatários do Ai-5, o ato mais brutal da ditadura. "Preocupado com a economia." Hum run...
Editorial tÃpico de uma empresa golpista. Pega um Goebbels da ditadura e defende como se fosse um santo. A elite brasileira não é democrata. Os órgãos de imprensa apoiaram o golpe I e o golpe II. O que faz falta é direitos humanos - que estas elites e imprensa golpistas repudiam. Delfim não faz falta nenhuma.
Delfim era a direita q lia, mas não chegava a ser culto, mas lia livros, comprava livros aos montes em N.York, mas a direita atual se orgulha ser ignorante. Zema, MG, não sabia quem é Adelia Prado. Pablo Marçal nem sabe quem foi Machado d Assis. Entrevistadores parece combinados para não revelar a ignorância dos candidatos. Mas há eleitores q se identificam com ignorantes orgulhosos d sua ignorância. Que fazer?
Muito peculiar tantos loas a Delfim...
A Folha omitiu a participação de Delfim Netto na Operação Bandeirantes, que recolhia dinheiro entre os empresários paulistas para financiar grupos militares que agiam para sequestrar, torturar e eliminar supostos terroristas. E a Folha omitiu porque ela também foi parte da Oban, cedendo veÃculos do jornal para operações camufladas.
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Delfim Neto foi muito importante para o projeto ditatorial , arrochou os salários, trouxe de forma brilhante a precarização salarial para a classe trabalhadora , as familias faziam e olhe lá o necessário para alimentar , a inflação durante a ditadura era galopante!A concentração de renda foi sua obra -prima ! por isso é lembrado pela elite financeira e a mÃdia corporativa brasileira !
Nas palavras sobre sua morte sempre está a ressalva sobre a concentração de renda, algo que é inevitável em perÃodos de crescimento. Nada foi dito sobre outros males do nacional desenvolvimentismo: alocação ineficiente, socialização de prejuÃzos, prevalência de fatores polÃticos sobre econômicos na escolha de projetos e abertura das comportas para a corrupção.
Por mais que se tente dourar a pÃlula, Delfin Neto será lembrado por apoiar não somente a ditadura, mas o mais perverso ato institucional durante esse nefasto perÃodo da história brasileira recente. Tortura, mortes, sofrimento de um lado e enriquecimento de pouquÃssimos por outro. O tal milagre econômico foi pago, somente pelo povo, pela inflação posterior que na teoria nos fez perder uma década, mas que na prática arruinou definitivamente a vida de milhares de pessoas.
Ele sabia conversar, era um teórico, dizia que não mais haveria empregada doméstica devido o aumento de renda dos mais pobre. A hiperinflação surgiu justamente na sua época de ministro, nunca conseguiu debelá-la. Respeito o falecido, mas não chegava nem aos pés de Pedro Malan (o pai do plano Real). Fato.
DÃvida contraÃda pela ditadura era ilegÃtima, pois o governo era ilegÃtimo. Ditadura é sinonimo de corrupção, pois não tem em sua gênese a legitimidade conferida pelo voto. Mesma coisa que falsificar assinatura em contrato. Sobrou para quem pagar por isto? Minha geração, que cresceu nos 70 e 80, herdou o paÃs falido dos milicos e seus apaniguados, que estão por aà ainda atravancando nossa sociedade vestidos de amarelo. Saudades do FMI, será?
De pleno acordo.
Essa mão invisÃvel é tóxi-ca e costuma roubar muito se não tiver limites impostos pelo Estado.... É melhor colocar uma luva nessa mão para identificar a ganância de certos agentes privados
O fato de Antônio Delfim Netto ter servido à ditadura militar e aconselhado um governo social-democrata, preocupado com os direitos de todos, mostra algo em comum: a defesa da intervenção do Estado na economia. No primeiro caso, ajudou a criar a infraestrutura para o grande capital se desenvolver, no último, também a favor do capital, dos trabalhadores e dos excluÃdos sociais. Afinal, o sistema econômico vigente é o capitalismo e mesmo um governo de esquerda não consegue superar esse limite.
A folha indiretamente faz auto defesa. Também apoiou a ditadura por supostos bons motivos. A diferença eh que Delfin transitou por diferentes visões de mundo , exercitando democracia. A folha se enraizou num anti lulismo rançoso como o do gado ignaro.
"Tecnocrata sedento por poder antes de um defensor ideológico do autoritarismo". Seis antes de meia dúzia? Que esforço inútil para limpar a biografia de um Ãdolo! Parceiro da ditadura militar e de Maluf, só diferiu da extrema direita de hoje por ser estudioso e ter bons modos. Na essência, o mesmo.
Achei engraçado o trecho "Nem todos foram igualmente beneficiados nos anos de prosperidade". Essa habilidade da Folha de suavizar a informação é tão seletiva! Jornalismo imparcial e objetivo
Os que o criticam não estão à altura da sua compreensão da conjuntura e da marca que deixou. Acredito que tenha contribuÃdo muito mais do que prejudicado o paÃs, e fará falta mesmo.
Pra quem gosta de ditaduras presumo q seu comentário poderia fazer um certo sentido. Ocorre q tbém na economia o desastre foi gde. O artigo não fala q o modêlo econômico da ditadura criou enorme e insustentável dÃvida externa, q levou o paÃs de joelhos ao FMI.
Me inclui dentre os incapacitados de compreensão. Estou aquém do nÃvel de percepção da conjuntura. O perfil social do paÃs é retrato das decisões do passado. É o suficiente.
Quem tem mais de sessenta anos sabe o que ele fez no verão passado...
O que ele deixou foi a hiperinflação.
Olha, o pessoal que tem 60 e um pouco mais deveria ter direito a terapia porque na época do ilustre falecido, nós pedÃamos um picolé para o pai e ele dizia: não posso por causa da dÃvida externa. Todas as misérias das famÃlias era por causa da dÃvida externa do Brasil. E, agora, onde está a dÃvida? Quem acabou com ela? Vá apresentar sua ficha a quem de direito...
Delfim contribuiu para aumento brutal da divida externa e hiperinflação. O picolé citado era um preço de manhã e de tarde era remarcado pra cima.
Ministro responsável pela dÃvida externa brasileira, na épica, e pelo processo inflacionário que assolou o paÃs por mais de 10 anos.
Pode ser um pessoas altamente capacitada, não questiono isso, todavia gerou insatisfação, há mérito? O bolo cresceu, para poucos, veja a desigualdade acachapante neste paÃs. Outra apoiou o AI-5, neste caso sem comentários. Talvez o maior economista deste paÃs, mas pactuou e atuou na ditadura, um perÃodo sofrido no qual alguns que não a conheceram pedem sua volta, coisas da querida (sem ironia)América Latina.
Para uma empresa que nunca se desculpou por ter apoiado um regime autoritário não causa nenhuma surpresa passar pano para um dos seus arquitetos.
Com certeza fará muita falta para os poucos selecionados a usufruir do bolo, construÃdo pelo povo e jamais compartilhado. Diga-se de passagem que ele chamou as empregadas domésticas de animais.
So a folha mesmo para passar um pano para o cara que detonou a economia do paÃs com o seu bolinho para a burguesia brasileira. Que ele se aqueça grandemente com o vovô Fields no Andar de Baixo. Inimigos do povo brasileiro.
Nada positivo à registrar nos arquivos da vida.
No entendo, foi elemento chave de um civil na ditadura e esto tentando descola-lo disto.
Fará falta a que e a quem? Outra frase do czar é: "eu faria a reforma agrária amanhã, desde que me dessem dois japoneses para trabalhar ao lado de cada brasileiro." Mostra muito bem o sentimento de despreso que nossas elites tem por nosso povo.
Virou santo. Procurem aquele parecer de cem milhões da usina elétrica com ajuda de um sobrinho.
Na linha “mors omnia solvit”, a Folha se mostra condescendente com o servo da Ditadura Militar, perdoando a conduta e atuação antidemocrática do economista, cuja atuação contribuiu para sucessivas crises econômicas brasileiras. E pensar que hoje em dia a Folha é tão incisiva contra as “Fátimas Tubarão” da vida, muito menos nefastas do que o “Professor”…
Não vale nada!
Não vale nada
A reportagem omite a roda da elite do empresariado nacional, a mesma do golpe civil-militar que abarrotou os cofres com as obras contratadas pelo governo. A mão invisÃvel do mercado era o AI-5, sem a qual não teria como fazer o que bem entendesse. Os 100 mil volumes de sua biblioteca, de impossÃvel leitura e legitimação imprescindÃvel, foram doados a quem de direito - a USP - pela inescrutável fortuna em adquiri-los. O capitalismo endividador de Delfim Netto foi o ovo da serpente militar.
Foi tarde!
Será que você fará falta quando morrer?
J
a última frase foi mesmo necessária? a que ela não faria falta nesse editorial. saudosismos?
Vanderlei fez a melhor frase do dia.
É só uma maneira de ratificar o discurso. Como todos os economistas encheram a bola dele, ficou difÃcil fazer uma matéria honesta.
Morrer não faz de ninguém uma pessoa boa. Morrer só faz de alguém uma pessoa morta.
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