Ruy Castro > Caretas e tatuados Voltar
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No meu entender, tatuagem é mutilação permanente.
Hoje sou um contestador sem fazer força: sem piercing, sem tatuagem, sem religião, sem bicho, sem filho, sem brinco, sem cordão, sem roupa de marca.
Moderno e contestador e não ter tatuagens nem argolas no corpo. Tempos interessantes.
Tbm depende do lugar. A revolução ou o modernismo são questões geográficas. Em alguns cantos do Brasil, ainda estamos Antes de Cristo. Em outros, estamos no pré iluminismo ...
Sempre tem que existir os que arrombam as portas da vanguarda. A primeira bi cha da famÃlia conservadora...
A primeira bi cha conservadora da famÃlia.
Olha, Ruy, meu comentário é clichê e sentimentaloide, mas, desculpe, ainda assim vou dizer "a vida já é cheia de dores inevitáveis, podendo escapar de algumas já considero lucro. Tatuagem é uma delas".
Risos... com argolas adornando narizes, mamilos e umbigos das seguidoras da dona Micheque.
Se estou selecionando candidatos para uma vaga na empresa, pessoas com piercing ou tatuagens poderiam perfeitamente entrar, mas teriam que ter um currÃculo mais forte que os demais para compensar isso. Acho uma desvantagem na competição.
Virgem SantÃssima, Ruy, total: depois que um monte de boleiro começou a rapar a cabeça, ninguém mais perguntou sobre a minha careca luzidia. Tempos atrás, meu sobrinho falou "tio, pode sair com a gente, ninguém saca que você é velhão só olhando". Falei "Mano, eu não tenho nenhum desenho no corpo e fumo cigarros que queimam: isso é coisa inequivocamente de véio". Como, aliás, falar "inequivocamente". Devia enfaixar o corpo inteiro, abandonando as roupas tradicionais: já virei uma múmia mêmo...
A luzidia virgem santÃssima inequivocamente permitem cravar a década de seu nascimento, Benassi. Interjeição, adjetivo e advérbio que dispensam até o vislumbre do escalpo falto de fios para denunciá-lo.
Não tenho tatuagem e tenho bigode, não gostei da comparação
Pelo bigode, ninguém nota nada, Paulo: tá cheio de moleque moderninho aà com os mais variados bigodinhos e costeletas, à s vezes bem ridÃculos - combinados com as tatuagens, parecem aspirantes a proxenetas - e circulam tranquilamente pelaÃ. Cê tá na moda.
Na época do efêmero usar tatuagem é pra vida toda, paradoxal. Pior é quando a pele velha tenta sustentar uma tatuagem antiga. Mas este modismo d mau gosto ainda não atingiu as belas russas, bielossússas, letonianas, tchecas, sulcoreanas, singapurenses, chinesas. No Japão ainda tatuagem é coisa d bandido d Yakusa. Usar o corpo como quadro d pintura é baratear o corpo ou o quadro? Tatuagens é parente d pichação feia ou vazia q vemos por a�
Raymundo, essa Herda de sençura eixcrotofrênica da phôia tá KHagando e andando pro debate e convivência aqui na Ãgora: faz 5horas que fiz uma consideração ao seu comentário e nádegas. Aliás, nádegas bem sujas, se levarem o mesmo tempo pra limpar o próprio rabo após defecar.
O capilatismo transforma tudo em produto, até o Che Guevara....
Foi ao Adorno buscar a pérola, colega. O nome é mercadoria!
Além do Che, o capitalismo transformou Jesus d Nazaré em objeto d consumo.
Isso sem contar o jeans, que era uniforme de operário, e seu uso era por isso afronta à alfaiataria vigente, e hj em vitrines reluzentes, ainda que rasgados custando milhares de reais....
O capitalismo absorve tudo é transforma em mercadoria negociável no mercado! Logicamente anulando totalmente seu componente rebelde original! Até quando vamos alimentar este monstro insaciável? Deve ter um limite...
O capitalismo nada mais é do que o comportamento humano.
O problema é quando o sistema possibilita a monetização de agentes anti-sistema. O mundo anda tão louco que o sistema agora financia os que querem derrubá-lo.
Viva a liberdade! Cada um faz e desfaz o que quiser com seu corpo. Os limites são os danos que o ato individual pode causar no coletivo, que é protegido pela legislação e, na sua ausência, pelos novos disciplinamentos que a sociedade estabelece através dos canais da democracia. Podemos e devemos resistir ao capitalismo, para aperfeicoá-lo. Mas é difÃcil superá-lo, sob pena de cairmos no autoritarismo de Estado.
Interessante a troca de ideias. Mudaria o termo "aprisionado" por "alienado" no comentário do Luiz abaixo.
Liberdade para ou liberdade de?
Paulo, seu discurso liberal está todo certinho... De fato, cada um faz do seu corpo o que quiser - você incluiria o consumo de drogas? - até rabiscá-lo com garatujas incompreensÃveis. Mas você já pensou que esta "liberdade de escolha proporcionada pela sociedade capitalista" não é liberdade coisa nenhuma, é um tipo de imposição como "se você não fizer como todos estão fazendo você estará fora". O capitalismo tem a grande habilidade de manter as pessoas aprisionadas, mas pensando que são livres.
Usa quem quer...
Usa quem, se é do gosto tudo bem. Mas acho agressivo, nunca usaria.
Como eu faço pra enviar uma charge que eu fiz sobre este tema para o Ruy?
Verdade, filhinhas e filhinhos de papai se vestem de hippies para ficar na moda.
Faltou assunto, seu Ruy?
Uai, João, desde quando a crônica precisa de pauta?
Parece que sim. E olhe que tem a barrigada da Folha contra o Moraes pra comentar...
Faltou você, o pauteiro do Ruy, rs.
Contanto que sem exageros, acho tatuagem lindo... no corpo dos outros. O que me toca fundo, eu prefiro tatuar no coração.
Bem, a rejeição a tatuagens caiu, cedeu. Antes comprometia até a empregabilidade. Ainda incomodam as argolinhas no nariz, aquelas que retêm secreções e melecas ressecadas. Podem ficar interessantes em mamilos jovens de peitinhos bem delineados. Que tara! Agora, depois que absorveram o Jecanaro, para o charlatão Marçal falta pouco.
A contracultura há muito está pouco inspirada, seus mentores envelheceram e não há substitutos. O sistema vem se fortalecendo e moendo qualquer indÃcio de rebeldia.
Adorei os bolsominions gratiluz virando doidinhos de bairro, huahuahuahua!
E mói mêmo, sempre que daà sair algum dinheirinho. Mais o "bolsominion gratiluz" foi ótemo, queria era ver isso tatuado em alguém, Cid! Hahahahah!
Viraram doidinhos de bairro, bolsominions gratiluz.
dai vem aquela expressão - hippie de boutique. O sistema irremediavelmente capta. Aquela roupa rasgada punk, ver dona de casa burguesa a trajando chega a ser triste e hilário.
O sistema absorve tudo, mastiga e devolve tudo com apelo sexual, em geral. E o gado de todas as linhagens compra a salsicha do sistema e ainda se acha original, o cara, o tal. Sistema poderoso, hein?
Poderosa é a salsicha, caro FabrÃcio, que, mesmo sendo a Herda que é, ainda convence a lÃngua e é consumida. Não falo olhando de fora, com superioridade, não: duas, três vezes por ano, compro umas salsichas e como, feliz da vida; idem ao Big Mac, com muita mostarda e ketchup (este último, só ingiro nessa circunstância). Eu sou um cinquentão consumidor de drogas variadas. Hahahahah!
Exatamente, Ruy!
Tatuagem. Chico. Obrigado Imortal Ruy !
Sensacional!!
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