Hélio Schwartsman > Livro mostra relevância de Gérard Lebrun Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Precisa ter muito miolo para perceber lá nos anos cinquenta que o comunismo era uma farsa! OrasilDemocracia!
E o capitalismo perfeito.
Ah, meu caro, é uma delÃcia gente que tem tamanhos bons estofo e miolos que pouca diferença faz o apito que tocam. Minha Chefa, num doutorado que não defendi, embora o tenha terminado, era uma pessoa assim, respeitada por gregos e troianos: uma cientista de altÃssimo calibre, horrÃvel na lida com subordinados, mas um Norte admirável. Pô, não é magnÃfico e raro? Já vou, imediatamente, procurà rd o livro do seu Gérard. GratÃssimo da dica!
Talvez a velha máxima tenha se aplicado ao filósofo retratado: se o cara não é de esquerda até os 40 anos, ele não tem coração, se continuar sendo de esquerda depois dos 40, ele não tem cérebro. Ou algo assim.
É exatamente assim, Nilton, e é uma excelente blague. Mas é uma proposição de Herda, se usada para avaliar a realidade.
Faz muita falta mais intelectuais assim
Lamentavelmente, a lente reducionista de esquerda versus direita desfoca aqui o notável intelectual que foi Lebrun. Suas reflexões sobre Kant, por exemplo, não aparecem, dão lugar a uma resenha do livro de textos de divulgação...O autor se apresenta como ex-orientando, mas nos omite o que deve se ouvir até hoje nos corredores e salas do Departamento de Filosofia da USP, Lebrun foi um professor de filosofia incomparável, cuja influência segue viva na práxis de quem filosofa em terras brasilis.
Bem colocado, xará ao quadrado! Lembro que se estendia esse imperativo a toda a lÃngua portuguesa: não só não haveria filosofia brasileira, como ainda não teria surgido nenhum filósofo que pensasse em português (salvo, talvez, Espinoza por ser de famÃlia lusitana...Mas, escrevia em latim, então não dá pra bater o martelo). Nos anos 1990, havia uma proposta interessante: a filosofia entre nós estaria na literatura, não nos departamentos de filosofia. Machado de Assis seria nosso maior "filósofo".
Bom comentário. O unico reparo segue na ideia de que se filosofa no Brasil. Não é o caso. O que se tem aqui, particularmente nas universidades, não é filosofia, mas burocracia. A faculdade de filosofia da USP não passa de um curso preparatório para a licenciatura na area. Nada de remotamente original é produzido
Foucault que festejou a chegada de Khomeini ao poder no Ir.
Parabéns para Annette Schwarstman pela ilustração de Gèrard Lebrun! Captou muito bem o professor olhando por cima de seus óculos para ver se estávamos seguindo a argumentação. Objeções à esquerda e à direita eram refutadas pelo posicionamento de Lebrun. Sua preocupação em ensinar-nos a pensar bem levava a essas imagens paralisadas em nossas memórias.
"...que suas inclinações ideológicas tampouco o impediam de pensar bem."
Sobre o comunismo revolucionário, do qual Lebrun se exaltava, a discussão seguia para os frankfurtianos, no qual via um certo obscurantismo. A crÃtica ao iluminismo dos frankfurtianos era vista como uma visão da ciência positivista que ninguém na ciência defendia. O que eles têm para pôr no lugar? Lebrun contribuÃa para que colocássemos mais qualificações na discussão. Gostava de nos convidar a ir a restaurantes caros onde não podÃamos pagar. Pagou uma vez recusei outras por ficar constrangido
CarÃssimo Marcos, sua Mestra ajudou-o a pensar bem cientificamente, um tesouro. Lebran ajudou seus alunos a pensar, filosoficamente; a criticar tanto à direita quanto à esquerda, pelos equÃvocos. Ele fez me entender que Mill é importante para a defesa da liberdade individual contra o Leviathan do Estado. Não torço nem pela direita nem pela esquerda, mas pela defesa dos direitos do homem.
Ah, outro sortudo que foi aluno desse Mestre hein? A inveja meu caro Vito, é uma herda! Será que eu devia ficar com vergonha da minha? Hahahahah!
O Avesso da Dialética é o q se poderia chamar de fracasso charmoso. Diferente de Deleuze, Lebrun sabia q era de direita e tinha clareza do q preservação com seu nietzscheanismo. Nunca escondeu sua afetação aristocrática. Perverso, sim, porém honesto.
Fui aluno do Lebrun, na pós-graduação na Unicamp. Às vezes ele pegava carona no meu carro até a USP. DiscutÃamos sobre comunismo. Ele trabalhava em história da filosofia. No curso sobre Kant falava sobre a importância dos interlocutores. Um dia voltamos de ônibus; ele ao meu lado falou que um dos equÃvocos da união soviética foi a coletivização da agricultura. Gostava também de se posicionar. Fora convidado a lecionar na Unicamp por ser um dos melhores historiadores da filosofia na época.
Muito bom! Grato pelo testemunho.
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Hélio Schwartsman > Livro mostra relevância de Gérard Lebrun Voltar
Comente este texto