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  1. Rogério Pena Siqueira

    Nossa! Viva a arte! Muito melhor CARLOS D. De ANDRADE, que a reportagem! Demais parabéns pra quem publicou também. Um resgate da arte, do pensamento. E da originalidade! Coisas difíceis dd ver nos dias atuais! Saboroso o comentário, obrigado!

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  2. Alexandre Fonseca Junior Matos

    O cão com dois corações vagueia pela cidade: um coração de artifício e o coração de verdade. Exulta a ciência, que obrou tamanha curiosidade: metade é glória da URSS, do Brasil a outra metade. Se o cão é a doçura mesma em seu natural, que há de mais carinhoso que um cão de dupla cordialidade?

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  3. Alexandre Fonseca Junior Matos

    ALTA CIRURGIA. O cão com dois corações vagueia pela cidade: um coração de artifício e o coração de verdade. Exulta a ciência, que obrou tamanha curiosidade: metade é glória da URSS, do Brasil a outra metade. Se o cão é a doçura mesma em seu natural, que há de mais carinhoso que um cão de dupla cordialidade?

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  4. Alexandre Fonseca Junior Matos

    Não pára aí, no propósito de servir à humanidade, a cirurgia moderna, gêmea da publicidade. Já pega de outro cãozinho com a maior habilidade (não vá um gesto fortuito lembrar o Marquês de Sade). Na carne do bicho abrindo uma vasta cavidade, implanta-lhe outra cabeça, que uma não é novidade.

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  5. Alexandre Fonseca Junior Matos

    Cão bicéfalo: prodígio que nos infla de vaidade. Nem o cérebro eletrônico o vence em mentalidade. Se nos furtam dois ladrões, dois latidos; acuidade maior, rendimento duplo: viva a produtividade. Dois cães que valem por quatro, “preparou” a Faculdade, sem perceber entretanto do Brasil a realidade:

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  6. Alexandre Fonseca Junior Matos

    tanta gente sem cabeça merecia prioridade, e ao cão, que já tem a sua, essa liberalidade. E o coração, esse, é pena dá-lo ao cão, que é só bondade, quando os doutores do enxerto tinham mais necessidade.” (por Carlos Drummond de Andrade)

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