Deborah Bizarria > Será que aprendemos a lidar com outsiders? Voltar
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Ôôô, Deborah, minha cara, operar à margem do sistema polÃtico tradicional, é uma coisa; diferentemente disso, estamos fazendo escolhas de gentes que operam à margem da civilização. Não poucos, aliás, porque o legislativo tá um lichxo. O seu Youssouf, da Unicef, em seu artigo de hoje menciona "crianças e polÃticas". Eu fiquei pensando nas crianças e a polÃtica, porque é necessário discutir com elas a polÃtica representativa, não é possÃvel deixar mais uma ou duas gerações no escuro. Ou nóis sifú.
Não temos que aprender a lidar com outsiders e com seus efeitos maléficos. O melhor seria questionar as causas dessa doença que atinge milhares de indivÃduos. São os que se apegam a um lÃder oportunista tosco e oco, como a uma tábua de salvação. Será a evidente falência do sistema capitalista, que gera desesperança/ressentimento. Ou a destruição pausada e continua do sistema educacional, parte de um projeto muito bem estruturado. Trata-se da proposta de educar apenas para o mercado de trabalho.
Ôôô , minha cara, creio que ambas as coisas. Mas o desmonte educacional como projeto, embora não centralizado e declarado, boto a maior fé: criemos umas gerações de zombies, o que dá menos trabalho e ainda rende uns maus votos, que podem vir para nós. Por acaso você se lembra quem falou o "subdesenvolvimento é uma tarefa de séculos", ou algo semelhante? Poi Zé.
A ascensão dos outsiders não é um fenômeno isolado, mas sim um sintoma de uma crise mais profunda de confiança nas instituições democráticas. Governos, partidos polÃticos, sistema judiciais e a mÃdia têm enfrentado uma crescente falta de credibilidade junto ao público, o que abre espaço para o surgimento de figuras que prometem uma ruptura com o status quo. Esses outsiders se apresentam como a antÃtese da velha polÃtica, utilizando retórica que apela ao sentimento de insatisfação e alienação.
As pessoas escolhem uma figura outsider, que ira "romper o sistema" e eu até compreendo, mesmo ciente que fazem da forma errada. Mas basta olhar o Senado e a Camara dos Deputados, parece que estamos nos anos 90, nada mudou, o mesmo jeito de fazer politica, elitista e majoritariamente branca e masculina
Ôôô, VinÃcius, que mardade, mudou sim: piorou pacaramba.
Cara colunista, o aparecimento de outsiders na polÃtica tem a mesma raiz que uma pessoa que se declara publicamente evangélica ou qualquer outra crença e por definição falsos especialistas falando de coisas que não entendem ou entendem mal. O artigo deve ser auto irônico, não é possÃvel. Deve ter algum viés comportamental que explique, que tal falar disso?
A desconfiança polÃtica existe e está pulverizada em todas as camadas, adesão ao outsider é por não querer pensar, nos tempos de rede social a preguiça de pensar se espalha como normal. Se pensar um pouco não haverá aderência.
Não é desconfiança. É estupidez mesmo
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