O Ricardo sempre preciso e necessário.

Quando me aposentei minha mulher saiu da zona de conforto...

É preciso cuidado para não se confundir "zona de conforto" com zona de segurança. Se uma pessoa sai da zona de conforto (se é que seja possível existir alguma para a maioria da população), para crescimento individual, é louvável. Mas se ela confunde zona de segurança com zona de conforto, e sai dela para "crescer", seria o mesmo que suicídio involuntário.

Ó pá, alguma coisa colocou Portugal e Brasil em descompasso, Ricardíssimo! E justamente naquilo que é Mundial, ou quase: o blá blá blá corporativo! Pelo que me lembro, "sair da zona de conforto", aqui na Brazucolândia (Terra prima do Brasil Colônia, só que dominada pelas múltis) veio antes de "pensar fora da Caixa. Aqui, ninguém paga sequer meio euro por sair da zona de conforto; pensar fora da caixa, por sua vez, ainda deve dar um trocadinho. De tanto fazê-lo, ora!, vi que é tudo uma Herda!

Quem nunca fechou os olhos e foi para dentro do próprio coração pode ter perdido tempo na vida, muito tempo. Muita gente não sabe o que realmente quer e perde a conexão consigo. Faz décadas que ter conexão está (ainda) mais ligado à buscar fora, pois sem conexão não se têm celular, GPS ou computador. A conexão pessoal com o próprio coração dista e difere da busca externa, útil mesmo para vender items desnecessários. Tens coração, sinta-o, respire e sinta-o. Há.

Ricardo, diria que a própria vida é uma relação permanente dessas duas relações. Bem, tenho 60 anos, e estou experimentando esse desconforto tão aclamado. Finalizei minha profissão na universidade, me divorciei, e estou fazendo, uma viagem econômica pela Oceania e logo Europa! E quero dizer, que me pergunto? O que estou fazendo, todos os dias? Obviamente, não é apenas, o sentimento do desconforto, mas talvez mais existencial e claro, uma apologética narrativa desse sistema que vivemos.

Prefiro ir na contramão e, sempre que possível, ficar na minha zona de conforto.

Acordar de manhã as seis. Sair pro trabalho. Almocar ao meio-dia. Voltar pro trab e esperar o relogio marcar cinco da tarde. Voltar pra aquele ambiente tão cotidiano. Jantae a meama comidinha e no fim da noite fazee aquele sexo- avião. Ainde o aeroporto abre a pista e derramamos os passageiros srm saber se o voo foi plenamente atendido. E amanha tudo igual. Isso se chama zona de conforto. Pra quem ?

Caro Ricardo seu texto é hilario ao expor esse show de incoerências da vida moderna,onde os parâmetros se aproximam da era da pedra lascada,apesar da brutal evolução tecnológica.

Genial!

Rssssss. Muito bom!

A minha zona de conforto deve ser demasiado pequena, e demasiado confortável... Agora a sério, adorei o texto