Vera Iaconelli > Escolas de elite: segundo round Voltar
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Parabens pela abordagem corajosa; a bolsa por si so nao supera o abismo cultural e social entre elite e periferia; a negacao da diversidade e da equanimidade em lugar de "assistencialismo". Acho q as escolas privadas tem um grande onus de abordar as questoes sociais quando a familia nao o faz; é uma barreira dificil de transpor.
Vamos lá(sem especialistas ), escola privada visa lucro, não é ONG. Escola pública com uma "média" (cada vez mais decadente) de quarenta alunos por sala, uma diversidade de capital socio cultural dentro da mesma, associado a professores desmotivados, os quais boa parte( não generalizando)estão ali por falta de opção é complicado, hipocrisias a parte, o que move o planeta é dinheiro, tem que se investir "pesado" no ensino público caso o contrário estabeleceremos o caos neste paÃs a médio prazo.
Considerando o baixÃssimo nÃvel do ensino no paÃs, a prioridade é a qualidade da educação que essas escolas proporcionam. Aliás, os pais pagam muito exatamente porque avaliam que a formação de seus filhos será de boa qualidade. O convÃvio com crianças inteligentes de baixa renda contribui para essa formação.
Na minha experiência , verifiquei que os alunos bons, inteligentes e de destaque, sempre encontraram um caminho que levaram à realização de seus ideais, porque são competentes, apesar de tudo e de todos. O difÃcil é transformar e inspirar os outros.
Em qual escola pública você atuou? Pois as que atuo estão tão distantes disso aÃ...
Com certeza sua experiência não leva em conta o contingente desmedidamente maior de jovens inteligentes e estudiosos cujas imensas dificuldades financeiras, situações familiares pesadas, e toda sorte de empecilhos não permitiu que tivessem igualdade de oportunidades, fundamental para uma concorrência leal. Você conhece a exceção da exceção!
Essas escolas usam bolsas para diminuir os impostos e fingir que são inclusivas. Portanto, devem atuar para merecer os incentivos e tratar de bullying e tudo o mais que implica. A Band não fez isso. Merece as crÃticas. E já tiveram problemas antes, dois. E a escola pública deve ser boa o suficiente para incluir a classe média. O clube atrair professores das classe média, os que ensinam nessas escolas. Como acontece na Europa, Condé escola e em geral boa e professores tem boa formação.
Os casos anteriores não tiveram nada que ver com bulliyng. O 2o foi um caso tÃpico de Efeito Werther. Há um aumento dos casos em todo o mundo e já houveram casos não noticiados em várias escolas de elite de SP. O Band oferece 130 bolsas por ano, gasta 7 milhoes com isso, não recebe benefÃcio fiscal. Precisa refletir sobre a fatia de sua responsabilidade no que ocorreu, mas torná-lo o único culpado por algo tão grave, sem saber o mÃnimo sobre o assunto, é no mÃnimo covardia.
Moça, escola privada não é casa de caridade, que nossos governantes se virem para dar escola de qualidade para o povo, lamento pelos que nao podem pagar, mas nao é função da iniciativa privada resolver im problema do estado q vc tanto defende.
Quem pensa a inclusão como "caridade" não entendeu nada do papel socioeducativo da Escola. E é isso que a nossa sociedade reproduz: a alienação da realidade e a violência da exclusão!
Será que os ricos estão preocupados com isso? Estou sentindo que não ligaram muito para o ocorrido. Diferente da outra vez, quando quem tinha se matado era "um de nós". Acho que alguns até pensam que seria ingratidão do garoto e da famÃlia o desperdÃcio da oportunidade oferecida. Será que estão preocupados com isto? Quem é o do gueto não liga para o quê acontece fora dali.
É provável que as escolas de elite escolham só alunos muito promissores para essa inclusão. O caminho indispensável é subir a qualidade na escola pública, sabendo que é muito difÃcil.
Aqui em Juiz de Fora ocorreu algo relacionado ao tema com alunos bolsistas do Colégio dos JesuÃtas. Ainda bem que sem esse desfecho trágico, no meu ver, no mÃnimo culposo! Mas as elites não querem sujar as mãos lidando com pessoas com necessidades especiais. Ah, esses cristãosÂ…
Dada a segregação dos estudantes em escolas públicas e particulares é possÃvel pensar a inclusão, ainda que a discriminação se dê por racismo ou orientação sexual?
A douta colunista supõe a possibilidade de se educar dentro do aquário. Contradictio in adjeto. Não há possibilidade fora de uma Escola Pública e Universal ( única, para todos e para tudo). Todo papo edulcorado visa apenas melhorar o aquário.
O douto comentarista, não leu o artigo corretamente
Não há lugar seguro para uma criança preta, pobre, periférica, LGBTQIA+ hoje
Parabéns pelo texto . Lúcido , foi ao essencial .
A resposta foi dada en passant: educação pública de qualidade em que todos estudem na mesma escola. Quanto mais nos distanciamos dessa utopia, mais criamos bolhas de pessoas que ignoram os problemas sociais do paÃs. A realidade é que temos hoje escola pública de baixa qualidade que não atrai a classe média, que acaba matriculando seus filhos em escola particular de baixa qualidade. Por fim, uma minoria insignificante de ricos matriculam seus filhos nas chamadas escolas de elite.
Quando aparece um assunto interessante que suscita um debate vocês "moderam" as pessoas. Isso é broxante, deixa rolar.
Moderação...Eu não ofendi ninguém, só queria entrar no debate, porque a "moderação"?
Vera tem razão. A educação de elite gera cidadãos despreparados para a vida real que, no Brasil, é desoladora e causa de desesperança. Entra governo, sai governo e as diferenças e desigualdades só se acentuam. Vanilda Souza Leitora da Folha há 42 anos
Bravo!!!!
“Um projeto pedagógico que forma alunos ricos sem encarar a realidade nacional reproduz uma legião de pessoas despreparadas para a vida em sociedade”? Creio que a missivista descobriu uma solução para a realidade que desconhece e traduz, sob sua ótica limitada, em uma salada de preconceitos genéricos. Se fosse em 1917 na Rússia ou na década de 30, na Alemanha, seus preconceitos encontrariam eco e “rico”, por ela indefinido, seria substituÃdo por outros pejorativos.
Confesso que nao assimilei
A moderação obriga concordar sem opinar?
O diagnóstico é teórico e muito claro. Na prática, como implantar?
Quais são as propostas práticas para implantação, do poder público, do setor privado, das famÃlias?
para se resolver um problema complexo, o primeiro passo é reconhecer que ele existe. Creio que o artigo fala sobre isso.
Moderação prévia para o meu comentario. Jóia!!!!!
E da� Quem vai cobrar? Quem vai fazer? Vai acontecer? Antigamente não tinha nada destes mi mi mi e a coisa andava. Hoje é esse mi mi mi e não sai disso. Tudo muito lindo mas e solução? Cadê?
Antigamente a coisa andava? Onde e quando? Problema é antigo mas agora as pessoas reclamam mais, os pretos não aceitam mais o lugar que lhes era destinado pelos escravocratas. E estão certos.
Ótimo texto, Vera! É sempre um prazer ler sua lucidez! É preciso preparar quem vive na bolha para que a inclusão seja menos cheia de fricção. Esse episódio enche todos nós de tristeza e pessimismo em relação a um futuro menos desigual!
Novamente, o mesmo problema da coluna anterior: "Desde que a classe média abandonou a luta pela escola pública de qualidade...." e aà parte para o problema da inclusão do(a) aluno(a)"preto(a), pobre, LGBT nas escolas de elite. O cálculo é simples. Na melhor das hipóteses, qual o maior número de alunos excluÃdos pode ser absorvido por estas instituições? Não precisa ir muito além para concluir que o único real caminho de inclusão é o do saneamento básico e das escolas públicas de qualidade.
Na real, os ricos têm o direito de construir as escolas-bolhas de 8.000,00/mês com tudo o que cabe, inglês, mandarim, grego e russo, balé e tudo mais. Achar que eles serão bacanas e vão incluir os "outros" nessas bolhas, é ingenuidade. Incluir os outros é dever do Estado! Não podemos nos esquecer disso. Tem que haver uma maneira de fazer o Estado encarar a questão da educação de vez. Mas eu não imagino nossos polÃticos fazendo isso.
Excelente, Vera! Artigo impecável!
Cara prof.Vera Iaconelli texto lúcido e realista,acolhimento de fantasia ,esse paÃs já está saturado,tentar polÃticas públicas ou privadas na área de educacao que venham a mudar esse status quo relatado em seu magnÃfico artigo, ja exigem mais seriedade e compromisso.
Belo artigo.
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