Bruno Gualano > Medo e ciência na polêmica do gramado sintético Voltar
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A coluna é ótima na visão cientÃfica, mas há mais a dizer sobre futebol e vida. Sabe-se que futebol e uma horda de reacionários, assim não é estranho o saudosismo, não à toa sempre são os veteranos que reclamam, até quem nem jogam mais profissionalmente. Futebol tem mudanças usuais, de táticas, materiais, regras etc. que demoram a ser aceitas, há quem prefira bola de capotão até hoje. Usar a Europa de parâmetro é absurdo, logo quererão monarquia, cerveja em temperatura ambiente, chá das 5 etc.
Não parece difÃcil notar que em breve a FIFA cederá ao sintético, é até mais civilizado, pois o verde tem muito a fazer pelo mundo, e a mudança será natural, como foi no tênis com a mudança das gramas para artificiais dos torneios de grand slam da Austrália e Estados Unidos já feita há mais de cinquenta anos, só a tradicionalista Inglaterra continua com grama em Wimbledon. Mas o tempo fará a transição lentamente, notem que já está começando.
Variáveis tangÃveis talvez respondam por perguntas objetivas, mas quando se trata do mundo metafÃsico, vida real, pouco adiantam, pois a vida não é laboratório. O simples fato de não haver correspondência estatÃstica com aumento de lesões, pode se dever à forma reticente como o gramado é enfrentado. A ciência responde perguntas especÃficas e objetivas, quando é possÃvel o isolamento de variáveis em um ambiente de laboratório, mas ela para por aÃ.
Como o próprio colunista reconhece, inúmeras variáveis não foram controladas nos estudos citados. E não temos estudos da América Latina. Por enquanto, talvez o melhor fosse termos bons campos de grama natural.
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